top of page
criativos 2022.png

EM MEMÓRIA DOS QUE PARTIRAM

ree


Aqueles 25 anos de regime militar instaurado pelo Golpe de 64 deixaram uma memória sofrida na vida nacional e uma sequela dramática no desencorajamento do exercício da cidadania e da participação política.


Violências e torturas praticadas pelo estado sobre um pequeno número de seus cidadãos repercutem até hoje através de reportagens, livros e manifestações de repúdio que continuam a influir no processo político brasileiro.


A memória daqueles fatos lamentáveis seguramente tem produzido efeitos políticos mais permanentes do que os próprios fatos causaram quando ocorridos. As maldades e barbaridades então cometidas foram tratoradas na ocasião por centenas de outros fatos do cotidiano e teriam acabado por ser integralmente esquecidas como as que marcaram o governo de Floriano Peixoto ou os anos mais duros da ditadura Vargas.


Esse Prólogo é apenas para lembrar que uma visão equilibrada da história deve procurar recuperar narrativas dos mesmos fatos vistas por diferentes ângulos de modo que fique bem claro que não é através de gestos extremados e radicais que uma sociedade evolui, e sim através do trabalho contínuo e da reflexão crítica de seus membros participantes do processo político que um verdadeiro desenvolvimento econômico, social e moral é conseguido.


Muitos dos artífices desse progresso, pessoas que ensejaram avanços no campo social, político ou científico, tendem a ser esquecidos e este artigo é escrito em memória de alguns deles que, entre altos e baixos, deixaram grandes contribuições.


No seriado “Caçador de Marajás” é apresentado um evento pouco lembrado: Collor procura Brizola para conseguir simpatia para realização da Rio 92. Brizola condiciona tal apoio ao governo construir 10 mil centros cívicos educacionais para a educação infantil. Apenas pouco mais de 400 destas construções foram edificadas por todo o Brasil, frustrando um dos sonhos do educador Darcy Ribeiro. Este é um exemplo.


Outro exemplo é o falecimento, na semana passada, de Luiz Oswaldo Norris Aranha, ex-presidente da Light e filho do grande chanceler Oswaldo Aranha. Em sua gestão a empresa levou a luz para 350 mil habitações em favelas, talvez a mais significativa ação de integração social de populações marginalizadas no universo urbano do Rio de Janeiro, especialmente porque alinhada com políticas sociais então lideradas pelo prefeito Israel Klabin.


Lembro aqui também dos 4 agentes da lei mortos na grande operação policial no Complexo do Alemão, no dia 28 de outubro. O nome deles mal é divulgado ou mencionado por uma população que deveria reverenciá-los.


Este artigo, repito, é para registrar que, anônimos ou não, devemos dar mais atenção ao cultivo da memória dos homens e mulheres com os quais convivemos e já partiram. Pessoas que - por meio de seus acertos e erros, dando exemplo aos que os cercam, carregando dentro de si verdades morais e crença que a grandeza do homem e da mulher se constrói no exercício da vida aqui na Terra - são as referências que caracterizam a nossa sociedade.


A Evolução Pela Base: Ciência, Cultura e Tecnologia na Praça Pública Digital


O artigo nos convida a uma reflexão essencial: a evolução da sociedade não reside em extremismos, mas no trabalho contínuo, na valorização da memória e na atuação dos artífices do progresso. Recuperar narrativas de avanço e resgatar a cidadania ativa, como a frustrada visão de Darcy Ribeiro sobre os centros cívicos, é um chamado constante. É neste contexto que a ciência, a cultura e a tecnologia aplicada se unem para redefinir o conceito de trabalho contínuo na era digital, gerando emprego, renda e desenvolvimento socioeconomico.


O Portal CRIATIVOS! , publicado há 5 anos, com a inestimável colaboração de intelectuais do porte de José Luiz Alquéres pretende ser uma "grande praça pública digital" para essa nova cidadania. Aqui, o debate crítico e a difusão de conhecimento encontram o palco com a agilidade e o alcance da tecnologia. Não se trata apenas de informar, mas de conectar o avanço científico com a economia criativa, gerando valor e equidade.


Um exemplo prático e factível desse novo ciclo é a iniciativa da Cedro Rosa Digital com a plataforma Certifica Som. Em parceria com a Faculdade de Tecnologia da UFCG (Universidade Federal de Campina Grande), o projeto atua na intersecção da cultura e da alta tecnologia. O problema é global: a falta de documentação faz com que uma parcela significativa (10% a 15%) dos direitos autorais se perca.


A solução da Cedro Rosa, apoiada por entidades cruciais para a inovação brasileira como a EMBRAPII e o SEBRAE, utiliza tecnologias de vanguarda, como Blockchain e Inteligência Artificial (IA), para certificar com precisão obras musicais. Essa aplicação da ciência garante transparência e segurança, assegurando o pagamento justo de royalties e fomentando uma economia criativa mais robusta e equânime para o criador nacional.


O reconhecimento desse trabalho alcança o cenário internacional. Com o apoio da APEX-Brasil, a Cedro Rosa levou a tecnologia e a cultura do país a feiras globais, como a GITEX em Dubai, promovendo a projeção do Brasil na inovação.


Assim como os artífices esquecidos, é o trabalho constante de quem aplica o conhecimento científico e tecnológico para resolver problemas reais que pavimenta o futuro. O CRIATIVOS! se propõe a ser o amplificador dessas histórias e a plataforma de conexão para que a grandeza do homem e da mulher, construída na vida e na ciência, jamais seja esquecida.


LEIA MAIS, SAIBA MAIS.


  

"Cultura, Sociedade e Outras Teses" / Siga conosco.


Comentários


+ Confira também

Destaques

Essa Semana

bottom of page