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Médicos Brasileiros Preparam Ofensiva na COP30: Saúde no Centro do Debate Climático


Movimento pioneiro articula marcha global e plano de ações para colocar a medicina na linha de frente das discussões sobre mudanças climáticas em Belém




A saúde humana está prestes a ganhar protagonismo inédito nas discussões climáticas globais. O Movimento Médicos pelo Clima, uma iniciativa brasileira que já mobilizou mais de 15 mil profissionais de saúde em todo o país, prepara uma articulação estratégica para a COP30, que acontece em novembro em Belém. A meta é ambiciosa: transformar a conferência climática mais importante do mundo em um marco para as políticas de saúde planetária.


Criado em 2020 pelo Instituto Ar, o movimento nasceu com o nome "Médicos pelo Ar Limpo" e evoluiu para se tornar a principal voz médica brasileira no enfrentamento à crise climática. Agora, seus integrantes estão preparando um duplo movimento para Belém: uma marcha global no dia 11 de novembro e a entrega de uma carta com recomendações diretas para as lideranças mundiais.


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O Plano de Belém: Brasil na Vanguarda

Por trás da mobilização está o Plano de Ação de Saúde de Belém, uma proposta coordenada pelo Ministério da Saúde brasileiro para orientar como diferentes países podem fortalecer seus sistemas de saúde diante dos impactos climáticos. O documento, que contou com a participação ativa do Movimento Médicos pelo Clima, está estruturado em três eixos estratégicos.

O primeiro foca no fortalecimento da vigilância e monitoramento em saúde, preparando os sistemas para responder rapidamente a surtos de doenças transmitidas por vetores e aos impactos na saúde mental provocados por eventos climáticos extremos. O segundo propõe acelerar políticas baseadas em evidência científica, estimulando parcerias entre governos, universidades e sociedade civil. Já o terceiro eixo incentiva inovação e investimentos em pesquisa voltada às populações mais vulneráveis.


Trabalho Sob Pressão Climática

Dr. João Silvestre, embaixador do movimento e especialista em saúde pública pela USP, traz uma perspectiva que vai além dos impactos ambientais tradicionais. Para ele, os locais de trabalho estão se tornando novos epicentros da crise climática. "Quando temos aumento da temperatura, poluição atmosférica ou eventos extremos, esses fatores também se manifestam nos ambientes de trabalho", explica.


As consequências são múltiplas e já documentadas pela literatura científica: doenças cardiovasculares agravadas pelo calor, problemas renais, câncer de pele, complicações respiratórias relacionadas a queimadas, infecções em cenários de enchentes como hepatite e leptospirose, além do sofrimento mental de trabalhadores expostos a situações de alto risco.

O cenário é especialmente preocupante para trabalhadores rurais, da construção civil e do setor industrial, que enfrentam exposição direta a ondas de calor, chuvas intensas e mudanças na sensação térmica dos ambientes laborais. "As organizações devem se engajar junto à sociedade civil para melhorar tanto o meio ambiente em geral quanto o ambiente de trabalho", defende Silvestre.


Estratégia Dupla para a COP30

A atuação do movimento em Belém será dividida em duas frentes complementares. A Marcha Global Saúde e Clima, organizada em parceria com o Grupo de Trabalho Amazônico, promete reunir profissionais de saúde, ativistas e cidadãos de diferentes países para pressionar por compromissos urgentes das lideranças políticas.


Paralelamente, a entrega da carta de recomendações à Presidência da COP30 representará a voz técnica e propositiva do movimento. O documento, elaborado coletivamente, busca posicionar o Brasil como referência na integração entre políticas de saúde e ações climáticas, incentivando a adoção de metas claras e monitoráveis pelos países participantes.


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Histórico de Conquistas

O movimento não chega à COP30 apenas com propostas, mas com um histórico sólido de conquistas. Já em seu primeiro ano de atuação, conseguiu articular com mais de dez associações médicas e o Ministério Público Federal a defesa da implementação da fase P8 do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), que prevê redução de até 95% das emissões de material particulado por veículos pesados.

A fundadora do Instituto Ar, médica Evangelina Araújo Vormittag, resume a filosofia por trás da iniciativa: "Médicos e médicas engajados na causa ambiental, como porta-vozes da saúde diante da crise climática, têm responsabilidade e poder de influência para enfrentar esse que é o maior desafio para o futuro de nossas vidas".



Redes de Impacto

O Médicos pelo Clima integra importantes redes como a Coalizão Clima, Crianças e Adolescentes, a Aliança Global Clima e Saúde e o Grupo de Trabalho Saúde Única da Sociedade Brasileira de Pediatria. Entre suas publicações mais recentes está a cartilha "Como as mudanças climáticas impactam a saúde das crianças?", que apresenta os riscos climáticos por região do país e orientações práticas para pais e cuidadores.


Com 16 anos de atuação consolidada na conexão entre saúde, clima e qualidade do ar, o Instituto Ar transformou-se em uma das principais vozes científicas brasileiras na defesa de um ar e clima mais saudáveis. Agora, com a COP30 se aproximando, a organização prepara-se para seu maior teste: provar que a saúde humana pode e deve estar no centro das decisões climáticas globais.


O Movimento Médicos pelo Clima atua em três frentes principais: advocacy, produção e disseminação de conhecimento científico e mobilização da classe médica. Mais informações em www.institutoar.org.br

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