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Foto do escritorLais Amaral Jr.

Dicró! A ironia, o deboche e o bom humor que cabiam num Samba.


Meu barraco no morro é caprichado, beleza pura é feito de jacarandá, quem quiser ir ver, vai lá, tem até ar condicionado, e que babado, e sinteco em tudo que é lugar”. Os versos de ‘Sonho de Besta’ circulavam de boca em boca nas esquinas mais descolados das coisas do samba em Mesquita e em Nova Iguaçu. O autor era um sambista ainda desconhecido do grande público.


Quem sabia cantava com prazer o samba, engraçado. Eu fui aprendendo aos retalhos. “De quem é?” Perguntei certa vez. O criador daquela brincadeira gostosa de cantar era um cidadão chamado Carlos Roberto de Oliveira, um animado pintor de paredes, mais conhecido em Mesquita e arredores, por Dicró. Grande Dicró. No próximo dia 25, faz nove anos, que abandonou a ribalta indo fazer pilhérias ritmadas no céu.


Mesquita que já comportava um ninho de bambas que tinha Elias do Parque, Romildo, Edson Show, Sérgio Fonseca entre outros, agora projetava para a fama o tal Dicró. E quando saiu o primeiro disco do homem foi um Deus nos acuda. Vendeu igual banana. E a gravadora encheu Dicró de carinhos. Logo já tinha apartamento na Zona Norte do Rio e mais tarde seria uma espécie de Cônsul de Ramos. Pra ser mais exato, da praia de Ramos, para a qual fazia apologias musicais conferindo um glamour inesperado e simpático à localidade. Mais tarde o ‘piscinão’ foi batizado com seu nome.



 

Escute essa Roda de Samba de Partido Alto!

 

Como pintor de paredes, Dicró era um dublê de compositor, conhecido nas rodas mais próximas, e o disco lhe abriu as portas para o estrelato quase que instantaneamente. Uma explosão. Quando estive com ele pela primeira vez o cara já era uma estrela conhecida nacionalmente. Eu escrevia uma coluna de coisas e artes no ‘Jornal de Hoje’, um diário de grande circulação na área metropolitana do Rio, sediado em Nova Iguaçu. Certa tarde o proprietário do jornal, Walcir Almeida, me chamou para registrar um evento em Mesquita. Era uma homenagem que fariam à mãe do Dicró, uma efetiva colaborada da comunidade. No caminho Walcir me contou a história que ocorrera tempos atrás. Trágica se não fosse cômica.


Como o sambista virara uma celebridade da noite pro dia, tirando o pessoal da Chatuba, pouca gente o reconheceria ao passar por ele na rua. Jornais populares, que disputam o leitor nas bancas, geralmente usam manchetes policiais. E confusões acontecem em qualquer ramo de trabalho. E assim, numa certa manhã a manchete de capa noticiando a prisão de um larápio, exibia a foto do Dicró como sendo do dito cujo e, na chamada da matéria de lançamento do disco, em vez da foto do sambista, estamparam a foto do meliante. Troca infeliz. O editor não foi demitido.


Chegamos ao evento e Dicró ao ver o Walcir se aproximou para cumprimentá-lo cheio de bom humor e simpatia. E o próprio sambista relembrou a bizarra mancada jornalística e riu junto com a gente. Sem um fiapo de mágoa ou rancor com o fato que seria fácil, fácil, mais um tema para um de seus sambas humoradamente demolidores. Ele que não perdoava nem a mãe da radiopatroa. Era o Dicró!


“Vou fazer um bingo Lá na casa da vovó O premio é minha sogra Sai numa pedra só Quem ganhou tem que levar Leva essa droga pra lá” (

Bingo – Dicró)


 

O que acontece de bom no mundo digital!?



Sambas da Pesada pra Cantar e Dançar


Evandro Lima canta parceria com Lais Amaral Jr.


MPB Esporte Fino, entre para esse clube



 

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