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Memórias de uma cadetina depravada*



O primeiro cadete que tracei foi um “Catarina”. Um alemãozinho de olhos azuis da Arma de Engenharia. Ele estava no segundo ano. Deu-me um chá de paquera uma noite inteira num barzinho que era freqüentado por cadetes. Era um domingo, se não me engano. Simpatizei com seu jeito de me olhar. Aqueles grandes olhos azuis. Lindos. Sorri. Dei toda a pinta, e ele só de olho. Parecia um jacaré. A mesa cheia de cadetes. Todo mundo enchendo a caveira de cerveja. Ele só de butuca em mim.


Eu já tinha desistido e me despedira das amigas que estavam se arranjando com outros paqueras. Sai. Então, percebi pelo canto do olho que ele também se levantara. Escutei os passos dele na calçada atrás de mim. Quando cheguei num trecho mais escuro da calçada ele me abordou. Veio com uma abordagem boba daquele tipo de “já vai pra casa?”. Respondi fingido de tímida, que “sim, amanhã trabalho cedo”. Perguntou onde eu morava e pediu para me acompanhar. Eu disse que “tudo bem”, mas não poderia chegar perto da casa por causa do meu pai que era muito invocado.


Nas proximidades de casa eu parei numa esquina estratégica. Junto a uma enorme caçamba de lixo sobre a calçada. Pouca luz. Dava pra fazer umas coisas boas. Parei e fui dizendo “você tem que voltar daqui” e fingi que estar preocupada com o horário. Eu tinha que gerar dificuldades. Valorizar-me. Ele já ia ensaiando uma despedida e a marcação de um encontro quando eu pensei rápido e resolvi assumir o comando. Grudei um beijão na boca do cadete. Schneider era o nome dele. Da cidade de Lages, ele me disse. Até que não beijava mal, mas parece que só queria beijar. Custou a engrenar umas bolinadas. Inclinei-me fingindo olhar a porta de casa e rocei forte, as coxas na coxa dele. Senti a estaca dura. Fui encostando devagar. Não podia parecer vulgar.


Ele estava empolgado, mas era tímido. Ficamos naquele sarro por bem uma meia hora, quarenta minutos. No final ele já estava apertando os bicos dos meus peitos por dentro do sutiã. Eu já estava afogueada e toda úmida. De repente ele olhou para o relógio e disse assustado que tinha que “ir embora antes do portão fechar”. Ficou todo sem jeito ao ver que percebi o volume, endurecido, estufando a calça de tropical. Marcamos para o meio da semana. Ele poderia dar uma fugida na terça-feira. Foi para a Academia com os ovos doendo. E eu também fui dormir toda atiçada. Pensei até no meu padrasto, mas ele já era agora um marido fiel. Foram quinze minutos de masturbação em baixo do chuveiro quente, pensando no alemãozinho e torcendo para chegar logo a terça-feira.


* Que Delícia de Cadete – Memórias de uma Cadetina Depravada. Romance erótico publicado em 2017 pelo selo Birrumba, do Grupo Multifoco (contato@editoramultifoco.com.br).


 

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