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LISTAS DO OSCAR




Quem é que não gosta de uma lista? Eu mesmo já me impliquei muito com elas. Mas já não resisto a uma matéria dos dez mais disso ou dos dez mais daquilo. É quase um vício. O ser humano é, por natureza própria, um ser comparativo que sempre está de olho na grama do vizinho (que sempre terá algo que a dele não tem, mesmo que aquela seja mais feia e de menor qualidade). Não podemos fugir de duas de nossas características mais atávicas: a de comparar a nossa vida com a vida dos outros e a vida dos outros com a vida dos outros.


Por isso, uma listinha é sempre polêmica e serve para animar muitos papos. Liste, por exemplo, as suas dez músicas mais importantes de todos os tempos. Tente, então, provocar os seus amigos com a divulgação das suas dez eleitas e saiba: o pau vai quebrar. É bem possível que a sua lista seja sozinha nesse mundo. E a de filmes? E a de cantores e cantoras? E a de atores e atrizes? Vivos ou mortos? E a de filmes em preto e branco? Sambas? Jogadores de futebol?


Os americanos têm uma predileção muito maior do que a de nós, do hemisfério sul, pelas listas. A lista anual das dez maiores fortunas do mundo, publicada pela Forbes, é muito aguardada no meio. Se Elon Musk só ganhou R$ 20 bilhões no ano passado, meu Deus que vergonha! Perdeu a posição para Warren Buffett que amealhou míseros R$ 25 bilhões e ultrapassou o Carlos Slim. É um transtorno compulsivo. Eu mesmo não ligo para esse tipo de lista. Gosto, sim, de imaginar a lista dos dez brasileiros mais importantes, vivos e/ou mortos. Gosto também, sem sarcasmos, de saber qual seria a morte mais impactante para o povo brasileiro hoje em dia. Seria a de Roberto Carlos? A de Xuxa? A de Lula? Bolsonaro? A de Sílvio Santos? A de Chico Buarque? Qual, na sua opinião? Outro nome?


Essa lista dos dez brasileiros mais importantes de todos os tempos dá pano para a manga de muitas camisas. Vai deixar o Tom Jobim de fora? Ah, mas tem o Villa-Lobos! Vai deixar o Carlos Gomes de fora? Não, não, espere, não vai me dizer que você pretende esquecer de D. Pedro II e botar o Ruy Barbosa? Mas e o Oswaldo Cruz? E o Mário de Andrade? Cadê o Getúlio Vargas? Cadê o Darcy? E o Câmara Cascudo? Por onde anda o JK? Como você foi capaz de deixar de lado a Maria Lenk? E o Machado de Assis, meu Deus do céu? E o Di Cavalcanti? O Portinari? Vai colocar o Oscar? O Dorival? O Santos Dumont vai ficar de fora? E o Chico Mendes? E o Pelé? O Garrincha? O Glauber? O Orlando Villas-Bôas? O Guimarães? O Paulo Autran? A Marília Pêra? João Gilberto? Leonel Brizola? Betinho? Carlos Drummond? Ariano? Vinícius? Viu? Como canta o Djavan em Celeuma: é bronca para ninguém resolver…


Quando bebia umas cervejinhas com os amigos, de repente, lançava esta proposta e todo o mundo começava a pensar. Mas a minha proposição é bem mais simples do que os desafios aí de cima. Propunha que cada pessoa escolhesse uma lista absolutamente feita de critérios pessoais, cinco personalidades brasileiras, vivas ou não, que ela considerasse as mais significativas do país, historicamente. Aí continuávamos a beber cerveja e o papo rolava solto. Nas minhas anotações pessoais, há apenas uma unanimidade: Oscar Niemeyer. Figura em dez entre dez.


Impressionante como as pessoas não se esquecem de Oscar. Mesmo aqui na Baixada, que pouco tem dele, exceto num teatro em Duque de Caxias em que a sua obra ficou sufocada pela cidade, como bem observou meu dileto amigo e confrade Cézar Ray, numa ocasião do século passado em que conversávamos com o também amigo Lafayette, sobre espaços públicos e, evidentemente, Oscar.


Evoé, Oscar Niemeyer.


 

Cultura e Economia Criativa


Deputado Reimont e Tuninho Galante falam sobre Economia Criativa e Cultura, na Cedro Rosa Digital


A descoberta do potencial da Cultura e Economia Criativa para criar milhões de empregos e gerar bilhões de dólares ocorreu gradualmente ao longo das últimas décadas, à medida que o mundo reconheceu a importância da criatividade e da cultura para impulsionar o crescimento econômico. Países como os Estados Unidos, Reino Unido, França e Brasil têm investido significativamente nesse setor.


Playlist maravilhosa de artistas da Cedro Rosa, escute e compartilhe.



Cidades pequenas como Tiradentes, em Minas Gerais, transformaram sua economia após a implementação de festivais de cinema e artes, atraindo turistas e impulsionando o comércio local. Na região da Canastra, os queijos ganharam fama devido à qualidade e tradição, gerando um nicho de mercado reconhecido nacionalmente.



A Cedro Rosa Digital está revolucionando o mercado de música independente, certificando e distribuindo obras e gravações, permitindo que artistas independentes gerem renda e alcancem novos públicos, contribuindo para o crescimento da Economia Criativa no setor musical.

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