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Arte e Boemia podem salvar as cidades




Outro dia reli um oportuno artigo do José Luiz Alquéres, publicado aqui na Criativos no final do ano passado. São sugestões estratégicas para a preservação do Centro da cidade do Rio de Janeiro. Alquéres centrou seu toque em três dimensões: habitabilidade, economia e sacralidade. E repensando a “questão viária” destacou a importância de uma revitalização da avenida Rio Branco, que seria destinada a pedestres, com uma intensa programação cultural que traga movimento mais adequado, mais nobre e com mais geração de valor para bares, restaurantes e outras atividades.”


A releitura do artigo foi motivada pela publicação da regulamentação da lei que visa revitalizar uma área central de São Paulo. É o chamado Triangulo Paulista, cujos vértices limitam o centro com seus prédios históricos no Largo São Bento, o Pátio do Colégio e o Largo São Francisco. A revitalização objetiva levar atrativos com base artística e cultural, música, poesia e outras manifestações, tornando a região, um forte destino turístico da Pauliceia. A lei recentemente regulamentada, autoriza inclusive o prefeito a reduzir IPTU, ISS e promover outros benefícios a estabelecimentos que se enquadrem no DNA da cultura, com arte e boemia. Por aí.


Arte e boemia são ferramentas civilizatórias importantes. Não há como negar. A cultura da boemia, tem tudo a ver com gente, e gente é que põe vida nas cidades. Cidades fantasmas não tem gente, óbvio. Impossível para mim não associar esse tipo de raciocínio à ressurreição da Lapa carioca. O bairro boêmio na minha adolescência era só uma foto em sépia da gloriosa história de outros tempos. Malandragem e prostituição também acinzentavam a vida passada do bairro.


Meu pai morou por uns tempos no Bairro de Fátima, vizinho da Lapa. A minha primeira lembrança do local era mesmo seu ar decadente. O tempo passou e eu já me tornara um freguês do Bar Brasil, da Adega, e do Lapazes, em noitadas com Monarco da Portela e o grupo Bem Brasil o que me enchia de satisfação. Antiquários instalavam bares no fundo das lojas. A música foi ganhando mais força. O bairro reacendeu. Claro que com a pandemia e crises seguidas ocorreram alguns baques, mas não dá pra negar que a arte e a boemia foram pilares na volta da Lapa.

E falando em Lapa, esse bairro que eu adoro, já serviu é serve de musa inspiradora desde sempre. É cenário de manifestações artísticas desde sempre. Moldura para a Cultura variada. Arte e boemia de mãos dadas pelas ruas do bairro. Tive um conto premiado em que o ‘Bar Brasil’ é um importante figurante. E tem a história do sujeito que levou um ‘bolo’. O encontro era em frente ao Rio Scenarium. Ele mudou o itinerário e saiu pelo bairro abraçado à boemia. Foi nos comes e bebes, seguiu para um samba no Democráticos e acabou amanhecendo com a saideira, feliz, no Capela.


Um elogio a essa mais que oportuna preocupação do José Luiz Alquéres, e umas leves desculpas por ter, a partir do seu trabalho, viajado para desaguar num samba. Inclusive, com um ar meio cabotino por ser um samba cuja letra é de minha lavra. Abraços!


“Deu onze horas, eu não vi a sombra dela

Arrumei minha lapela, já cansado de esperar

Adulterando meu primeiro itinerário

Dei um tchau para o Scenarium, e me pus a caminhar

Cheio de brio eu segui a Lavradio

Uma artéria desse bairro que é do Rio o coração

Passei por gente elegante e sorridente

A orgia bem contente estendeu a sua mão

Fui preparando a estrutura pros trabalhos

Uma empada no Belmonte um chucrute no Brasil

Uma branquinha de abrideira e já me espalho

Sinto-me mais belo do que alguém jamais me viu

E vou flanando para um Samba de responça

Democráticos apronta com uma dupla de primeira

Mestre Monarco junto com Moacyr Luz

É a Mangueira abraçando Oswaldo Cruz (...) (Saideira – Guido de Castro/Lais Amaral – no Spotfy, Deezer, Amazon Music)

 

Música, Arte e Cultura


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