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Viva o Choro! O Choro vive! Viva! (1ª parte)




Recebi uma postagem dia desses que reflete mais ou menos um tipo de insatisfação, mais uma, pelo qual estamos passando. Foi um meme daquela foto clássica da capa do Abbey Road, dos Beatles, com os quatro atravessando a faixa de pedestres. A legenda dizia: Bora ver as músicas que estão fazendo sucesso no Brasil. Abaixo vem a foto invertida, com o Fab Four retornando, atravessando a faixa de volta e a legenda lacônica: Misericórdia. Brincadeiras à parte, a sátira tem lá seu fundamento, não tem não?


Claro que tem música boa e música ruim sendo produzida. Sempre foi assim. E depende do gosto de cada um. Mas também entendemos que o gosto pode ser resultado de uma indução. Afinal, que música chega aos ouvidos das novas gerações? E chega em grande quantidade e por inúmeros meios. E seguia eu envolvido por essas incômodas reflexões enquanto me dirigia à Praça da Bandeira, no Bairro Campos Elíseos, onde acontece sempre no último sábado do mês, o ‘Chorinho no Bar da Rosa’, quando os músicos do grupo ‘Nós nas Cordas’ recebem quem quiser “chorar” com eles. Lá estão sempre João Paulo sete cordas, líder do grupo e mais, Gabriel Sampaio e Aldair Almeida nos cavacos, Carvalho no trombone, George na clarineta, e Vitor no pandeiro.


A sessão dessa música antiga começa às 10:30h e eu marco presença com fidelidade canina. Me agrada acima da média essa música instrumental, fina, harmoniosa, que faz carinho em nossa alma. Por vezes o tocante repertório do Chorinho me leva às lágrimas (sem trocadilho por favor), de emoção. Não de tristeza. É que sou mesmo uma ‘manteiga derretida’, como diria minha avó.

Valorizo muito a iniciativa desses chorões, porque Resende, apesar de estar ligada ao nascedouro desse gênero não dá muita bola pra ele. Aqui se houve mais o pseudo-sertanejo, essa música produzida em escala industrial e que parece encharcar todo o país. Além de alguns exotismos, “modernos”, com certos MCs não sei das quantas, cantando até coisas impublicáveis. Agora parece que vale tudo. Chega a dar saudade dos funks proibidões.


Mas essas manhãs de sábado, sempre me renovam as esperanças em tempos melhores. E que constato uma quantidade animadora de jovens que ao passar são surpreendidos por aquela música sendo executada ao vivo, e de graça, bem ali na praça. E muita gente madura que vai se chegando e se juntando aos mais velhos. E haja celular gravando o momento para replicar nas Redes. Que bom. E mais, as crianças que chegam com seus pais e se mostram magnetizadas pelos instrumentos. É animador, mesmo.


E o Choro está em seu lugar, embora seu lugar não lembre disso. O Vale do Paraíba é um dos berços dessa música maior. Alguns locais parecem ser mais fiéis às origens. Um exemplo é o município de Mendes, onde aos domingos o Alexandre Paiva e sua turma do grupo ‘Passagem de Nível’, há mais de dez anos leva na Praça João Nery o projeto ‘Choro e Samba na Praça’.


Semana que vem continuamos conversando sobre o berço do Chorinho, o Vale do Paraíba. Mostrar que tem coisa boa rolando em Conservatória (Valença), em outros locais e também na Capital, claro, como lembro na letra do Choro ‘Cariocando’, interpretado pela Cláudia Martins no álbum ‘Saideira’, do Guido de Castro, que pode ser ouvido via Spotify, Amazon ou Deezer.


‘Um dia o bom flautista matutou

Outro caminho para um som instrumental

Atalho novo pra chegar ao coração

Com sua flauta, um cavaquinho e um violão

Grandes talentos aderiram isto foi genial

Juntaram outros instrumentos deu num regional

Calado com a sua flauta faladeira

Impulsionou a nova moda brasileira

Então o Choro se tornou nossa matriz

É hoje a música maior desse país


O Rio de Janeiro a capital

Com tantos deuses num olimpo musical

De Pixinguinha, à Chiquinha e Nazareth

Do bom Waldir, de Altamiro e Radamés

O carioca e o Choro são um caso de amor

O toque é sério na Glicério e lá na São Salvador

Toca nas feiras e nos bares do Brasil

A melhor música da pátria mãe gentil

Felicidade que conheço e sei de cor

Vem desde a Época de Ouro de Jacó” (Cariocando –Guido de Castro/Laís Amaral Jr.)


 

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