Aumento nos preços da Meta preocupa anunciantes e expõe falta de transparência da gigante tech
- Redação
- há 1 hora
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Os anunciantes brasileiros estão enfrentando uma nova onda de aumentos nos custos de publicidade nas plataformas da Meta, como Facebook e Instagram. A medida está levantando uma série de questionamentos sobre a política de preços da empresa no Brasil, especialmente em um momento de economia instável.
Segundo o advogado especialista em direito digital Francisco Gomes Junior, presidente da ADDP, a Meta atua com pouca clareza no país. “A Meta não é uma das empresas mais transparentes que temos no mercado. Ao contrário, ela atua ao bel-prazer, descumprindo decisões judiciais e a regulamentação brasileira”, afirma Gomes Junior, que aponta um histórico de embates da empresa com a justiça brasileira.
Justificativas tributárias são questionadas
Gomes Junior rebate a justificativa de que o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), parte da reforma tributária, seja a causa dos reajustes. “Justificar aumento de preço de anúncio com base em IVA é totalmente falso. Isso não existe”, declara. Ele explica que a implementação do IVA será gradual, até 2033, e que o objetivo do imposto é substituir outras cargas tributárias, não necessariamente encarecer produtos e serviços.
Para o especialista, os aumentos nos custos dos anúncios são reflexo de políticas internas da Meta, de flutuações do dólar e de outros fatores que não são divulgados. “A Meta reajusta e muda os preços de anúncios aleatoriamente, de acordo com a política interna deles, o fator dólar, e uma série de outras coisas”, diz. Ele ressalta que, infelizmente, a falta de transparência da empresa dificulta a compreensão do que está realmente por trás das mudanças de preço.
Grandes empresas e a legislação brasileira
O especialista também comenta que grandes empresas de tecnologia, as chamadas big techs, costumam arcar com multas em vez de se adaptarem totalmente à legislação brasileira. “As big techs em geral fazem um lobby muito grande e, obviamente, conseguem ter um bom resultado no Congresso Nacional para que nenhuma sanção e nenhuma regulamentação as atinja”, conclui.
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