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VERDADE QUE SE DIGA


Paulinho do Cavaco


Saiu da faculdade e veio, com as colegas, andando pela Avenida Atlântica em direção ao posto seis. Moram próximas umas das outras e cursam Psicologia. Consequência natural: formaram um grupo que, aos poucos, transformou o coleguismo em amizade.


Enquanto caminham, discutem a frase de Freud com que o professor encerrou a aula: “Como fica forte uma pessoa quando está segura de ser amada!”. Opiniões contraditórias desprezam a chuva fina que cai. As que têm namorado concordam; as que não têm discordam: somos fortes por nós mesmas, dizem estas. Uma delas encerrou a discussão perguntando: quem é mesmo esse Freud? As risadas superam as discordâncias e elas seguem no caminho de casa.


Numa mesa do bar, vê seu avô, sozinho. Caneta na mão, caderno na frente, compenetrado, parece escrever alguma coisa. Ela o aponta pras amigas e diz orgulhosa: meu avô. Ele é poeta. As amigas olham, surpresas, deslumbradas e respeitosas, para o senhor idoso. Conheceram a poesia de Manuel Bandeira, Drummond, Cecília Meireles e tantos outros no Ensino Médio. Eles, porém, estavam nas páginas dos livros. Agora, de repente, na frente delas, estava um poeta de verdade e, pela postura, criando.


Ela pediu que as colegas esperassem, correu até o bar e, ainda afastada, disse: Oi, Vô! Surpreso, ele fechou o caderno, abriu os braços e recebeu o abraço caloroso da neta. Um beijo na bochecha. Tinha orgulho dela, agora estudante universitária. Ela, por cima do ombro, procurou as outras com o olhar e viu que observavam, deslumbradas, a cena. Explicou que ia passando com as amigas e o viu ali escrevendo. Deduziu: mais um poema.


Ele fez um sinal para que as amigas se aproximassem, quis saber o nome de todas, perguntou se queriam um refrigerante, agradeceram: tinham de ir para casa e não queriam atrapalhar a criação do poeta. Depois de alguma conversa, ela deu um beijo no Vô e as meninas deram um tchau coletivo. Pediram uma cópia do poema, testemunhas que foram da criação. Com autógrafo, uma delas disse.


Caminhando, comentavam o encontro: Um poeta! Que lindo! Ele podia recitar um poema! Ela sorria orgulhosa. O Vô, feliz com o encontro com a neta, pediu um outro chope e voltou a preencher o cartão da Mega-Sena, escondido dentro do caderno. Verdade seja dita: poeta também precisa de um dinheirinho!



 

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