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TRÊS ESTILOS DE LIDERANÇA

José Luiz Alquéres, conselheiro emérito do CEBRI-Centro Brasileiro de Relações Internacionais.
José Luiz Alquéres, conselheiro emérito do CEBRI-Centro Brasileiro de Relações Internacionais.

 

Uma revisão dos textos de administração empresarial e pública produzidos ao longo dos últimos 75 anos mostra quão dinâmica é a gestão de negócios. No início do período, os livros tratavam, geralmente, de problemas da estrutura das empresas, seus organogramas, suas linhas de comando e suas concentrações de subespecialidades. Logo em seguida, há um verdadeiro frenesi na busca da racionalidade e produtividade dos processos. A preocupação em se obter o menor custo passa a ser predominante.

 

O exagero das duas abordagens precedentes levou à era de difusão do conceito de “qualidade total”, ou seja, o importante era produzir com qualidade, quantidade mínima de produtos sem defeitos e sem perda de matérias primas. Foi um momento em que o Japão se livrou da pecha de produtor de segunda qualidade e, em duas décadas, ganhou a fama de estar produzindo o Lexus, o automóvel, na época de seu lançamento, de maior qualidade do mundo. Tudo isso no contexto de um acirrado mercado internacional para bens de consumo que explodiu na década de 80. A partir da década de 90 deu-se uma maior personalização ou customização dos produtos oferecidos pela indústria, especialmente para os segmentos de consumidores mais exigentes – o que exigirá novos tipos de liderança.

 

Fugindo das classificações tradicionais dos livros de administração, podemos obter preciosas lições para enfrentar os desafios do século XXI lendo sobre alguns grandes líderes do panorama geopolítico da segunda metade do século XX. O primeiro é Konrad Adenauer, que, a partir de 1945, tendo que administrar a metade de uma Alemanha comandada por 3 exércitos aliados e levando em consideração que havia outra metade controlada pelo estado soviético, optou por um modelo progressivo que podemos chamar “da humildade para a igualdade”. Com paciência e habilidade política, ganhou a confiança dos aliados, implantou com sucesso o Plano Marshall e fez com que a sua nova Alemanha democrárica criasse na Alemanha Soviética a vontade de a ela se unir. Ele encarna o valor PERSEVERANÇA. Não há precedente na História de fusão de estados ou empresas mais bem sucedida do que esta.

 

Outro líder inspirador é De Gaulle, assumindo discricionariamente o poder como líder de uma França livre que durante os anos de guerra mais existiu na sua cabeça do que em qualquer fórum internacional, ele ganhou a confiança dos franceses e resistiu à tentativas de defenestrá-lo propostas por Roosevelt, Churchill e Stalin. Ele devolveu o orgulho e, talvez, algo da arrogância perdida pelos franceses no período de ocupação e criou as bases para os “les 30 glorieuses”, período de 30 anos de desenvolvimento econômico iniciado em seu governo. Liderança, para ele, estava ligada ao conceito de “grandeur”, grandeza – a importância do papel da França na história. Ele representa o valor FOCO NO CAMINHO PRÓPRIO.

 

O terceiro tipo é de um líder que age dentro da grande corporação, nem sempre bem visto, ouvindo muita gente, um pouco lento nas decisões, embora, em política internacional elas tivessem se mostrado certeiras, configurando o mundo em que vivemos. É Nixon, que retirou os EUA do Vietnam, promoveu a paz no Oriente Médio após a guerra do Yon Kippur e impediu que o conflito entre Índia, Paquistão e Bangladesh evoluísse para o comprometimento militar das grandes potências: China, Rússia e Estados Unidos. Ele também promoveu a China para se contrapor à força militar da União Soviética. Ele personifica o valor RESULTADOS OBJETIVOS. O desfecho de seu governo, todavia, com o escândalo de Watergate, tirou a nitidez de suas conquistas.

 

Os estilos destes três líderes fornecem muitos ensinamentos para a ação dos líderes empresarias no século XXI. Seus acertos e seus erros estão muito bem descritos no livro Leadership, six studies in world strategy (Liderança, seis estudos sobre estratégia) que Henri Kissinger publicou aos 99 anos de idade. Este, aliás, não acreditava em etarismo.



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