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SER PEDRA



Havia dias em que as letras não lhe fixavam,

as músicas não lhe falavam,

e até a água, esquecia de beber,

preocupada que estava em entender suas tristezas.


Caminhava entre plantas e gatas famintas,

entre gatas e roupas por estender,

entres roupas e comidas por fazer.


Se levantava da cadeira e ia até a janela,

numa esperança vã por novidades.

A visão era bela,

de um distante mar batendo mais forte, mais fraco.

Sustentando céus azuis ou nublados,

desmanchando o sol, emoldurando a lua.

Tudo pleno de poesia,

mas uma poesia que se repetia, virava tédio,

pois até as poesias se cansam de poetizar.


E nesse marasmo repetido,

Uma, outra, e outras vezes,

lhe vinha à cabeça um desejo:

Como ela queria ser pedra.


Sim – como queria ser uma pedra.


Estar solidamente assentada

de frente ao vento, ao mar, ao luar,

espectadora do tempo,

rindo de sua a pressa,

da sua inexorabilidade – palavra difícil,

que pouco importa para quem é pedra,

pois a destruição,

ocorre aos poucos,

não no tempo,

mas no espaço,

nos volumes expostos do corpo pedra.


Mesmo assim,

como deve ser bom ser pedra!

Uma pedra nem grande, nem pequena.

Fincada o suficiente para não deslizar.


Somente uma pedra

pode observar as figuras momentâneas

costuradas lentamente pelas nuvens,

enquanto sente o ziguezague das gotas de água

nas ranhuras de suas veias de pedra.


Somente uma pedra

vê o rasgar da tarde pela lua,

ouve o farfalhar das folhas,

e reconhecer a chuva, não por sua intensidade,

mas pela elegância do cair de seus fios.


Somente uma pedra admira intensamente

a leveza de uma névoa qual organza na pele,

sente o peso aveludado da nevasca,

se perde no tule delicado da neblina,

e brinca com as rendas do orvalho.


Sim, era essa a solução: ser pedra.


E foi assim, nessa divagação solitária,

que ela saiu

e comprou uma máquina de costura.


 

A Música e a Cedro Rosa: Impulsionando o Desenvolvimento na Economia Criativa


Alta qualidade musical, artistas Cedro Rosa, no Youtube.


A música tem uma capacidade singular de moldar e transformar a cultura e a economia criativa, e a Cedro Rosa, uma gravadora independente, se destaca como um exemplo inspirador neste cenário. Neste artigo, exploraremos como a música atua como um motor de desenvolvimento, pertencimento, emprego e renda, e como a Cedro Rosa tem desempenhado um papel fundamental neste contexto.


A música transcende fronteiras culturais e linguísticas, unindo pessoas através de emoções compartilhadas. Essa conexão é um elemento essencial para o senso de pertencimento em uma sociedade diversa. Além disso, a indústria musical oferece empregos e oportunidades de renda para músicos, produtores, engenheiros de som e muitos outros profissionais.


Grandes cantoras brasileiras, artistas Cedro Rosa, na Spotify.


A Cedro Rosa se distingue no mundo da música independente por sua abordagem inovadora e compromisso com artistas independentes. A gravadora não apenas oferece suporte a talentos emergentes, mas também dá voz a grupos sub-representados, enriquecendo a cena musical de forma significativa. Este compromisso não só alimenta a expressão artística, mas também promove a inclusão social e econômica.


Grandes artistas Cedro Rosa, na playlist do Youtube.



Ao abraçar a música independente, a Cedro Rosa desempenha um papel fundamental no desenvolvimento cultural e econômico, fortalecendo a indústria musical e ampliando o alcance da expressão artística. Através dessa abordagem progressista, a Cedro Rosa prova que a música é muito mais do que uma simples melodia - ela é uma força que impulsiona o crescimento e a diversidade na economia criativa.

 

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