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O Rio de Janeiro tem solução



A importância histórica e as belezas naturais, características de peso, não serão suficientes para salvar o Rio de Janeiro de uma degradação acentuada que se observa em toda malha urbana. Vamos viver querendo o velho Rio de volta, languidamente definhando, imerso em miséria econômica e moral, cercado pelo tráfico e milícia, ou vamos reagir e reinventar a nossa terra? O Rio tem jeito. É preciso brigar por isso. Podemos aspirar ser a capital do soft power, o poder de influenciar as pessoas e os negócios, o mais importante do século XXI, por meio da indústria criativa, da moda, dos games, do comércio eletrônico, da gestão de assets variados, da criação musical, dos eventos híbridos (virtuais/presenciais), do turismo de sensações e experiências únicas. Ser, como sempre, o hub de entrada no país, o destino preferencial das pessoas em busca das tendências em todos os campos do desenvolvimento cultural e pessoal. Ser a soft power house do Brasil. Lembro que o powerhouse pode ser traduzido como usina. Isso é exatamente que devemos aspirar: sermos uma grande usina de ideias e criações inovadoras. Tal propósito vem sendo discutido em vários fóruns e nenhum mais apropriado do que o "CRIATIVOS - Portal e Revista" para desenvolvermos o assunto. O primeiro ponto para atingir este objetivo que todos queremos, é nos dispor a fazer algum esforço extra para que isso ocorra. O esforço inicial é levar a sério a escolha dos nossos políticos. Temos uma péssima Assembleia Legislativa e uma Câmara de Vereadores talvez ainda pior. Quem conhece o funcionamento destas casas sabe que dez bons legisladores em cada uma delas faria grande diferença. Podemos começar a pensar nisso agora. Ano que vem teremos eleições que podem permitir fazer prevalecer a vontade coletiva de nosso Estado se realizar, de dar certo, como se diz. Vamos trabalhar pelos bons candidatos. O segundo ponto é tirar partido do que temos de melhor, o nosso povo. Precisamos apoiar as boas e honestas lideranças comunitárias. A habitação, a segurança, o saneamento e a redução da informalidade criminosa precisam ser encaradas. Tarifas sociais no transporte e nos serviços públicos. Obediência e cumprimento das posturas municipais. Deveríamos batalhar por um ambicioso programa habitacional, um dos maiores (se não o maior) do Brasil: o fim da sub-habitação em 10 anos. É possível. Poderia ser organizado um sistema de oferta de habitação a preços módicos na área recém modernizada da zona portuária/Museu do Amanhã e adjacências. A região ocupada por jovens criativos em início de carreira poderia trazer uma efervescência similar àquela vista no bairro novaiorquino do Soho, quando lá se deu processo análogo. Fixando gente boa, teremos mais centros de pesquisa, escritórios de consultoria, melhores centros de serviço e distribuição acoplados ao porto e aos aeroportos. Caímos então na questão da segurança pública, onde, talvez, o nosso Estado disponha de mais estudos do que qualquer outro, inclusive os recentemente produzidos no período de intervenção das forças armadas. Vamos modificar e votar leis (com aquelas bancadas que elegeremos contra a dos milicianos) que deem à polícia condições de trabalho e humanizem o tratamento nas prisões. Entramos numa espiral de violência que gera violência que não tem saída. Estudos existem, autoridades sabem o que fazer. Temos que cobrar delas. Sempre. Diariamente. Não precisamos falar da importância do turismo, que poderia ser explorado como atividade de ano inteiro e não apenas de réveillon e carnaval. Suas cadeias produtivas geram milhares de empregos. A perspectiva real de despoluição da baía de Guanabara que surge com a privatização da CEDAE nos permite imaginar muitas marinhas, centros de vela, indústria náutica e sua popularização. Hoje já dispomos de uma rede hoteleira moderna e diversificada. O Rio tem na música um de seus maiores atrativos e tem também teatros já construídos e muito mal explorados. Com pequenos apoios públicos, se poderia mobilizar eventos de alto significado. Soube, mas espero que não seja verdade, que o Rock In Rio vai se mudar para São Paulo. Precisamos ajudar o querido Haroldo Costa a fazer o seu tão sonhado Samba no Rio. Sem falar nas inúmeras casas de todos os gêneros musicais, do funk, do hip-hop, do jazz e das variantes do samba. Da música clássica, suas orquestras, mas também de música de câmara. Temos que registrar também que o esporte no mundo moderno é um negócio de grande porte e a formação de atletas, treinadores, clínicas e tudo que o envolve poderia beneficiar bastante o Rio. Sem contar a sede de grandes clubes de futebol de importância mundial. Quem não vai querer morar nesta cidade? Segura, por suposto, e com moradia acessível. O que estamos esperando com toda aquela área do velho porto semiabandonada que poderia se tornar este "bairro jovem"? Os nossos talentos alimentariam os nossos centros de pesquisa médica, farmacêutica, tecnológica, pois aí é que está o futuro: ter gente de qualidade morando, amando e vivendo a cidade. Em toda cadeia da inovação e da criatividade o Rio é imbatível. E tem não só muita coisa pronta, mas também uma boa mentalidade. Costuma-se denegrir o Rio dizendo: é, tem tudo isso mas o Rio vota mal. Permito-me discordar. É uma meia verdade. Acho que, no fundo, ao votar, queremos muitas vezes apenas delegar o que nos cabe para terceiros. E aí votamos no falso santo milagroso, o "político caô". Estamos aprendendo aos poucos, caindo na real, mandando embora quem não serviu. Precisamos não esquecer desta dura lição: votar bem é necessário, mas mais necessário é não abandonar o interesse público só por conta dos políticos. Devemos participar o tempo todo da vida pública, em vez de entregar nosso destino ao ungido. Votar e depois acompanhar, cobrar, gritar, criticar, aplaudir. Participar O Rio é o lugar da indústria verde, da cidade sustentável, da economia de baixo carbono e o maior centro influenciador do soft power para o Brasil, para as Américas e para o mundo. A bossa-nova foi um grande momento do Rio e do Brasil. Gera recursos até hoje. Começou junto com a indústria automobilística nos tempos de JK, mas certamente deu de comer a muito mais gente desde então e assim continuará quando a indústria automobilística terá dado lugar a outras. Valorizar o nosso soft power é comparar a abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio, que acabamos de ver na TV, com aquele momento único de orgulho, que foi a abertura dos nossos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, ao vivo, no Maracanã. Alí os brasileiros puderam sentir a pujança de várias manifestações da cultura do nosso povo, muito mais impressionantes do que Tóquio ou Londres mostraram. Há uma semana, organizei no PENSA_RIO da Casa Firjan, um debate com uma acadêmica que estuda o tema (Alessandra Baiocchi), um Secretário de Estado de Cultura (Sérgio Sá Leitão) e um superlativo empresário cultural (Luiz Calainho). Além da vibração dos três, há convergência do que precisamos para iniciar a virada da nosso Rio: mais segurança (não é dinheiro, é competência); menos burocracia e corrupção (não é dinheiro, é vontade de desmanchar igrejinhas); um bom calendário anual de eventos (não é dinheiro é liderança, planejamento e capacidade de coordenação). E, naturalmente, trabalho. Muito trabalho. Sempre por meio de projetos que promovam a maior igualdade social e a consciência de cuidar do espaço público.


José Luiz Alquéres, especial para CRIATIVOS!



 

Rio de Janeiro, Potência Criativa .



Maria Paula Carvalho, direto de Paris, para a CRIATIVOS!

Leia o Artigo AQUI.



Maré Alta, uma playlist de músicas em homenagem ao Rio de Janeiro e a seus amores e personagens!



O Rio de Janeiro e a Economia Criativa / Live Cedro Rosa.


Eliomar Coelho (Presidente da Comissão de Cultura da Alerj ) / Nelson Freitas (compositor e produtor), Didu Nogueira (cantor e produtor) e Antenor Oliveira (Coordenador de Cultura da Firjan/Sesi)


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