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O AMIGO INVISÍVEL  ̶  PARTE I



 

A decisão de artistas adotarem alter egos, heterônimos, pseudônimos e congêneres, não é novidade para ninguém. São muitos e muitos exemplos dos que se utilizaram, e ainda se utilizam desse artifício, ou qualquer nome mais apropriado: não, no meu caso, não. Tenho mesmo um amigo invisível (aos outros), que também não é um amigo imaginário. É invisível, tão somente. Juro de pés juntinhos: ele existe. Chama-se Everaldo Esteves, e o conheço desde os 40 anos, mais ou menos. Nunca perguntei-lhe a idade, e não mudou a aparência desde então. O médico do hospício disse que sofro de delírios, entretanto os psiquiatras calados sabem da vida da gente? Porque converso com alguém invisível, significa que não sou normal? Eu, hein!


O meu amigo invisível é bem real. Fala comigo em alto e bom som, pena que só eu consiga vê-lo e ouvi-lo. Tem poderes extrassensoriais, atravessa paredes, aparece de repente, mas há tempos deixei de me preocupar com detalhes dessa natureza. Gosta de beber umas (é segredo nosso), e quando está alegrinho, solta pérolas absolutamente impublicáveis. Sóbrio, já apresenta rabugentices bem apuradas, e quando toma uns gorós variados (sim, é eclético), se transforma num sujeito quase insuportável: reclama de tudo e de todos, é cem por cento politicamente incorreto, detesta as modas das redes, odeia esse estado de polarização da sociedade e enxerga a miséria humana sem vitimismos, como poucos dessa vida severina, visível ou não.


Everaldo Esteves, vulgo EE, venho notando, tem tentado, matreiramente, seduzir a minha pouca porção de bondade, a fim de que eu dê voz às suas inquietações. Acho que quer ditar uma crônica, porque dos poemas, já desistiu. EE, ao contrário de quem vos fala, é letrado, vividíssimo, culto, e inexoravelmente rabugento. Rabugentíssimo, diria. O verdadeiro Saraiva piorado.

Na penúltima vez que conversamos, perguntei-lhe, de soslaio, como quem não pretende nada, que se tivesse oportunidade de ser convidado para escrever uma crônica, o que responderia? Na maior cara de plasma, disse adorar a ideia e já teria temas prontíssimos e desenvolvidos em sua (dele) cachola translúcida.


Não quis ser invasivo, porque não sei dos sentimentos do mundo invisível, mas também não perguntei sobre os assuntos escolhidos. Fato, é que lemos juntos, há poucos dias, a crônica espetacular do Joaquim Ferreira dos Santos, em O Globo, vai entender a coincidência, falando justamente sobre o fenômeno de outras vozes do escritor, e cita o exemplo do jornalista Antônio Maria, cujo alter ego era o Adamastor, sujeito de sentenças, feito as de EE, quase não recomendadas ao conhecimento público.


Fiquei impressionado diante das similaridades entre EE e Adamastor.  E estou pensando seriamente em dar um espaço na próxima crônica ao EE, mas, confesso, com o meu pé atrás. Noves fora, o EE ter ficado animadíssimo da leitura do texto do Joaquim e, imediatamente, solicitar a sua oportunidade, de dez em dez minutos.


Resolvi deixar o EE escrever (ditar) as linhas e veremos o que pode sair.

Medo...


(continua)


 

"Tecnologia, Economia Criativa e Proteção de Direitos Autorais: O Impacto da Cedro Rosa Digital na Indústria Musical"



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