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Meu Bem, 30 anos quem diria! A alegria é a prova dos 9!



Dormi o sono dos justos nas semanas que seguiram ao carnaval de 2023. Sobram os motivos para justificar a calmaria e felicidade. O desfile do Meu bem, Volto Já! Bloco do Leme, foi ótimo!

O samba, resultado de uma parceria feminina, ficou lindo e foi cantado, com gosto, pelos foliões que acompanharam o cortejo. O bloco inovou no trajeto. Foi e voltou já, pela Av. Princesa Isabel.


A diretoria achou importante, nesse ano, mudar a volta. Não só fez jus ao nome da agremiação, como festejou o retorno à democracia ameaçada no mandato do futuro detento e nos atos golpistas do 8 de janeiro que hoje estão sendo julgados.


Algumas semanas depois acordei pensando na música do maestro Tom Jobim e Vinicius de Moraes: A felicidade. Só para lembrar, o samba começa assim: tristeza não tem fim, felicidade sim. Caraca mané, não há dúvida que leram Freud, o moço vienense que afirmou que a felicidade não nos pertence. Pronto, a calmaria se viu ameaçada. Tínhamos que começar a pensar no Carnaval de 2024.


E agora José? Felizmente, uma rápida consulta ao calendário e algumas mensagens trocadas no grupo de WhatsApp do bloco devolveram a tranquilidade. Uma das mensagens começava lembrando a primeira frase do samba de 2000: Maria calmaria, eu volto já meu bem… e continuava, alô rapaziada, no próximo carnaval o bloco cumpre 30 anos da sua fundação. Pronto, noves fora, tínhamos enredo! Marcamos rapidamente uma biritada para conferir, conjuntamente, os dados apresentados na troca de mensagens. Bom motivo para comemorar.

Tudo transcorria tranquilamente até o dia que deparei com o podcast da Ilustríssima Conversa. O episódio tem um título chamativo: Como Oswald de Andrade conheceu Vinicius de Moraes fugindo da guerra. Lá fui eu ouvir.  Lembrei então que a publicação do Manifesto da poesia Pau-Brasil, de autoria de Oswald, cumpriria 100 anos de sua publicação em 2024. Pronto, mais um motivo para comemorar.


O podcast entrevista o jornalista e compositor Mariano Marovatto, para falar do seu livro A guerra Invisível de Oswald de Andrade. Tomei conhecimento que o autor de Serafim Ponte Grande fora convidado para representar o Brasil no encontro internacional do PEN Club em Estocolmo, na Suécia.


Oswald e sua mulher, a pintora e poetisa Julieta Bárbara Guerrine, desembarcam na Inglaterra em agosto de 1939.  Em setembro, as tropas de Hitler marcharam sobre Polônia, a guerra virou realidade, o congresso em Estocolmo melou e o “barata voa” se instalou na Europa. O casal, que tinha viajado a Paris, iniciou a fuga para Portugal - pais que se declarara neutro – na intenção de conseguir voltar ao Brasil.


Lisboa era uma “Casablanca”, espiões e refugiados de tudo quanto é canto. Ali, encontrariam, numa das idas a embaixada brasileira, o jovem casal Vinicius e Tati de Mello Moraes. Parece que o estudante de literatura de Oxford, ficou fascinado pela “persona expansiva e errante” de Oswald. Trocando em miúdos, Vinicius de Moraes pirou.


Depois de um périplo épico de Paris a Lisboa, conseguiram embarcar, todos, no paquete Angola com destino Brasil. Numa parada na Ilha da Madeira, Julieta resolveu comprar móveis novos para o apartamento vazio no Leme.


Oi? No Leme? Pois é, o casal desembarcou com móveis e bagagens e se instalou no apartamento do décimo andar do número 290 da avenida Atlântica, prédio que tinha acabado de ser construído e que foi batizado de edifício Tietê. Curioso, o papa da antropofagia e da poesia modernista, essa pessoa expansiva e errante saiu da paulicéia para morar no Tietê. É como se não tivesse saído do lugar. Deslocamento Zero!


A tríade antropofagia, tropicalismo, carnaval se instalou na minha cabeça e a diretoria, novamente consultada, no lugar de falar deixa disso rapaz, falou, vamos nessa! Piada pronta não dá para desprezar!


Lá vamos nós, voltando mais uma vez, para balzaquiar na avenida e festejar o autor do Manifesto Antropófago!

Tupi, or not tupi that is the question.

Viva a Revolução Caraíba!


PS.: E o Vinicius? Pois é, apareceu novamente no início de janeiro quando o editor do blog Criativos, informou que a frase “a vida vem em ondas como um mar” que eu creditara a Lulu Santos é do Vinicius que a colocou no poema O dia da Criação.


Com tantas referências acredito até que dá para pedir música no Fantástico!


 

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