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Mediocridade-Ostentação, Talibã-Sertanejo e VAR nas eleições 2022


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A mediocridade saiu do armário, a partir da eleição de Bolsonaro em 2018, no Brasil.


Forças ideológicas e pessoas que não eram captados em nenhum radar foram catapuldadas a cargos de ministros de estado, secretários ou diretores de autarquias, em especial nas áreas da educação, cultura, turismo e saúde mesmo sem a menor experiência e representatividade nesses segmentos.


No congresso também foi grande o estrago: delegados, sargentos, coronéis e cabo, além de guardas de banheiros de manifestações transformaram o parlamento em um “exército de Brancaleone” com personagens de quinta categoria, alguns deles que emergiram das manifestações populares de 2013, que desaguaram no impeachment de Dilma Roussef, em 2016.



Ouça Bella Ciao, tema de Casa de Papel, com a banda brasileira Rockzy.



Esta tempestade política de extrema direita, trouxe à tona pautas-detritos que se imaginava mortos e enterrados, como volta da ditadura militar, do AI-5 e a Guerra Fria com ameaça do comunismo. Isso é exemplificado pelo alarmante número de grupos neonazistas e de extrema direita identificado pela imprensa e instituições como a Polícia Federal.


Tirando a hábil ministra Teresa Cristina, eficiente na agricultura e o burocrático Tarcísio Freitas, um tocador de obras já iniciadas em governos anteriores, o governo Bolsonaro é uma comédia de pastelão de quinta categoria, com toques fellinianos.


Ouça a playlist em homenagem ao Rio de Janeiro, na Spotify.


Damares, Weitraubes, o péssimo tocador de sanfona, do Turismo, os ex-ministros da cultura, pasta odiada pelo capitão, e da saúde, além dos maus ministros militares dão o tom geral do desgoverno.


O “fiador do mercado financeiro”, o granadeiro Paulo Guedes (“a gente bota uma granada no bolso deles”, frase pronunciada em reunião ministerial que mais parecia bate-boca em banheiro de estádio de futebol, transformou-se num fiasco.



A sanha golpista de Bolsonaro e de parte dos militares do governo, órfãos da ditadura militar, teve como ato mais explícito as manifestações “talibã-sertanejas” do dia 7 de setembro de 2021, onde, numa cena deplorável, tanques enfumaçados queimando óleo desfilaram em Brasília.


As eleições de 2018 no Brasil trazem preciosas informações, quando retrocedemos 5 anos e verificamos o que aconteceu na Europa e Estados Unidos e cruzamos informações de pessoas e instituições como Facebook, Cambridge Analitica, Robert Mercer, Steve Bannon e o portal Breitbart.


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Houve manipulação de dados e disparos em massa de fakenews de seguidores de redes sociais e serviços como Facebook, que foram determinantes para eleição de Trump nos Estados Unidos e WatsApp, e para a eleição de Bolsonaro, no Brasil.

A aprovação do Brexit, que tirou o Reino Unido da União Europeia, não seria possível sem a manipulação de dados feita pela Cambridge Analitica.


Depois da porta arrombada e do prejuízo causado, consertou-se o cadeado.


Na Europa e nos Estados Unidos, o Facebook recebeu pesadas multas. A Cambridge Analitica, empresa montada pelo bilionário do mercado financeiro Robert Mercer, prócer da extrema direita americana, decretou falência depois que o escândalo de coleta ilegal de dados de milhões de contas do Facebook tornou-se público.


Quem operou alguns destes esquemas foi o gênio da manipulação Steve Bannon, que trabalhou para Mercer e para Trump, na campanha e no governo.

Bannon, que foi condenado por fraude, preso e indultado por Trump, tem no Brasil como representante o deputado federal Eduardo Bolsonaro, no que chama de O Movimento, um grupo de extrema direita, autoconceituado como “alt-right”, ou direita alternativa.


Nesta floresta de informação, desinformação e manipulação, tanto na Europa como nos Estados Unidos e no Brasil, podemos notar alguns aspectos comuns: a valorização de outsiders, forasteiros, contra a política tradicional, ataque às instituições, à Imprensa, ao sistema eleitoral e a incitação à violência social.



Ouça a Playlist de MPB no Youtube.


Trump foi apresentado à população americana como um homem antissistema. Nos bastidores era considerado azarão, um blefador profissional. Não apenas ganhou a eleição, como continuou atacando as instituições, a imprensa e disseminando fakenews, culminando com a inimaginável invasão ao capitólio, no fim de seu governo.


Bolsonaro foi apresentado à população brasileira como um homem antissistema, mesmo tendo ficado 28 anos como um deputado federal medíocre, isolado, comandando um clã familiar obscuro, acusado de enriquecimento ilegal pela prática de rachadinhas com funcionários fantasmas.

Bolsonaro nao apenas ganhou a eleição, como ajudou seus filhos e continuou atacando as instituições, a imprensa e disseminando fakenews, culminando com a inimaginável manifestação golpista de 7 de setembro de 2021.


Bolsonaro tenta emular Trump, que continua a controlar o partido Republicano, nos Estados Unidos, mas foi derrotado nas eleições.


Bolsonaro será derrotado no Brasil?


O momento histórico de 2022 é diferente, com alguns pontos comuns à Europa, Estados Unidos e Brasil.


Primeiramente, haverá fiscalização e controle às mídias sociais e serviços eletrônicos de mensagens pelas instituições e pelas próprias empresas, que sofreram pesados prejuízos em suas ações negociadas em bolsas de valores, além das multas. A justiça eleitoral fará uma fiscalização mais acurada. A mídia, ao que tudo indicada, depois de ter sido atropelada pelas redes sociais, precisará recuperar terreno perdido em credibilidade, tanto em formação de opinião, como em curadoria de informações.


A atuação da grande imprensa que simplesmente "comprou" a versão do generalíssimo Moro e dos procuradores da Lava-Jato foi exdrúla e, diga-se de passagem, até o presente momento não houve a tão requisitada autocrítica.


Reunião de Pauta da Revista Criativos. Veja.


Moro comprometeu o processo eleitoral de 2018 e meses depois entrou para o governo que ajudou a eleger.


Todo esse processo parece um filme de faroeste, só que sem mocinhos, em lado nenhum.


As eleições de 2022 serão travadas não somente nas urnas eletrônicas, urnas estas alvo de uma campanha de difamação difundida por Bolsonaro, usada como uma reserva técnica para mais uma tentativa de golpe, em caso de derrota, mas também na guerra de narrativas. Porém desta vez teremos uma novidade: o uso de uma espécie de VAR (Video Assistant Referee, ou árbitro de vídeo, criado pela FIFA, para partidas de futebol).


Este "VAR" irá acompanhar todas as fases das eleições, com atenção redobrada das instituições, da mídia e das empresas de conteúdo digital, para coibir uso ilegal de manipulação de dados e disseminação de fakenews, com prejuizos à democracia.


As lições dos últimos 5 anos estão frescas na memória ou à distância de um clique em qualquer ferramenta de busca.


 

Nova Bossa Nova, na Spotify.



 

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