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MANDA UM!




Abriu o whatsapp para ler as mensagens, e viu, logo de cara, a do seu editor: “o conto, cadê o conto?”. Manda um! Com bom humor: “manda quatro, manda cinquenta e sete!”.


Estava devendo. Não era de descumprir compromisso, mas, depois de tantas publicações, procurava um novo tema, Estava escrevendo, na sua maioria, sobre Copacabana e seus personagens. O bairro fornecia uma variedade deles: na praia, no calçadão, nas ruas e avenidas, nas lojas, nos bares e botequins. Inesgotáveis, mas, por incrível que pareça, nenhum deles vinha, agora, para a sua mente.


Ocupou o resto do dia com sua atividade de professor: aulas on-line e correção de trabalhos. Tudo acompanhado, vez por outra, por uma ou duas mensagens do whats: “o conto? manda um.”. Não era pressão não. É que ele, além de editor, os curtia como leitor, sempre com um comentário elogioso e bem-humorado.


Terminados os trabalhos do magistério, dirigiu-se para aquele que, na sua opinião, poderia ser a sua tábua de salvação: o botequim da esquina. A chuva fina e o frio tinham descartado as outras opções. Sabia que, lá, encontraria inspiração entre os seus personagens, as suas conversas, as suas piadas, as suas dores de corno...

Encostou no balcão, pediu um chope (dois dedinhos de espuma, por favor!) e observou os clientes, esticando o ouvido para, com a máxima falta de educação, ouvir algumas conversas. Quando solicitado, até dava uma opinião colocando fogo no papo. Frequentador antigo, tinha intimidade para opinar. Isso entre dois ou três whats lembrando: “o conto, já mandou? A página já está quase pronta!”.


Aos poucos, dando uma olhada, foi descobrindo, entre os frequentadores, duas possibilidades, entre outras, que poderiam servir de tema:

Maria Lúcia, ex-delegada da décima terceira, viúva, vascaína doente, linha-dura no combate ao crime. Seu sorriso doce encobria a mulher valente que enfrentava bandidos perigosos no tiro e na mão. Contava uma história do malandro que ciscou na sua frente e “dei-lhe uma bifa, que ele escorregou de cara no chão”. Ainda usava o termo “bifa” em lugar de bofetada ou porrada. Tradicional. Era temida por todos os vagabundos do posto seis, que, quando a viam, mudavam o rumo e seguiam, rapidamente, o seu caminho. Hoje, aposentada, curtia a vida com os netos e com o grupo de amigos e amigas da praia e de bar.


Naldinho era outra possibilidade. Frequentava o bar sempre acompanhado da esposa. Ex-jogador de futebol do Bangu, chegou à Copacabana através dela, que aqui morava. Gostava de contar como o namoro começou: um jogo de futebol feminino: ela defendendo o Botafogo contra o Bangu. Numa disputa de bola, machucou-se e Naldinho entrou em campo, fez-lhe uma massagem, retirou-a para a lateral, e, depois de uma conversa na cantina do clube, trocaram telefone. Começou aí. Mudou-se para o apartamento dela em Copa e já lá se vão trinta anos. Também contava como ele e Moisés, o xerife, limpavam a área, muito mais pelo jogo duro do que pela técnica. Formou-se em massagista, mas não abandonou o futebol: virou técnico do time de praia da garotada do posto três. Principal recomendação aos beques: nada de violência, na bola e com classe. Não dava pra entender. A idade?


Pensou: tinham histórias interessantes. Um dia escreveria sobre elas. Hoje, porém, não se sentia com inspiração. Mais dois sinais do whats: ˜Cadê? Tô aqui esperando.”. Decidiu: vou mandar um agora. Pronto. Já foi. Recebeu? Pediu a conta e, enquanto bebia a saideira, esperou a resposta do "Manda Um"


 

Cantoras Incriveis!




Samba.





 

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