Lidas e amores de uma enlurada
Naquelas noites de lua
Ela brilhava igual.
Entrava em casa espalhada,
Já pensando no jantar
apertava o alecrim,
pra ele mais perfumar.
Na gata um carinho,
no cachorro um chamego,
na cozinha a pimenta,
manjericão e cominho,
cachaça e limão galego
pra distrair um pouquinho
Bem no final da tardinha,
naquela hora estranha,
quando a lua se anuncia
e o sol arde nas entranhas,
chegava a cria amada.
Chegava igual passarinho.
Cansado das letras e contas
só querendo seu carinho.
Carinho com cheiro de mãe,
com gosto de guaraná.
Carinho que alimentava
e botava pra sonhar.
Depois de beijar a cria
E garantir seu sossegar,
ela ia pro quintal
só pra ouvir o luar.
E de novo ela sentia
uma vontade de dançar.
E de dentro do baú,
um bordado ela tirava,
e sobre os quadris de rainha
uma saia ela inventava.
Pisava na terra molhada
e uma dança ela jongava.
Jongava como criança,
de forma tão natural.
Jongava como mulher,
acesa e sensual.
E nesse balanço jongado,
ancestral e abençoado
Sua alma também jongava
Completamente tomada,
pela lua incorporada.
E aí como num sonho,
ela pensou e lembrou
de alguém que num tempo distante
seu coração sincopou.
Mas a vida soberana,
por vezes muito tirana,
esse seu bem afastou.
Já não importava mais isso,
pois o amor tem mesmo um visgo
que nem cica de caqui,
e a vida se alinha
igual flor de buriti.
E essa mesma vida,
as vezes injusta e insana,
tecia por outras tramas
uma história e um final.
O homem tão festejado,
depois da lida, cansado,
no sono se deixa cair.
E num sonho já sonhado,
recebe da lua o recado
que a dona do seu sorrir,
se fez linda e enfeitada
e segue enamorada
dançando pra ele dormir.
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Roda de Samba. do Bip Bip, no Spotify.
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