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Foto do escritorEduardo Brasil

Construindo o metaverso



Desde que o Facebook anunciou sua mudança de marca e posicionamento, passando a direcionar investimentos para o desenvolvimento do seu próprio ambiente virtual, a palavra ‘metaverso’ não sai mais dos noticiários e nem das redes sociais. Mas o que isso quer dizer? E quais as oportunidades que essa convergência entre os mundos físico e digital trará para os próximos anos?


Na prática, o metaverso proporciona experiências imersivas e interativas na Internet em ambientes completamente virtualizados. Imagine uma aula de história na qual os alunos colocam seus óculos de realidade virtual e se transportam para o século XIX, em um ambiente no qual eles conseguem se comunicar e ter um aprendizado completamente imersivo. Esta é uma das infinitas possibilidades que o metaverso pode nos trazer, integrando a vida real e a virtual.



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O conceito não é completamente novo. Em 2003 o jogo Second Life já explorava a ideia de um ambiente 3D interativo, mas a experiência ficou restrita a um nicho.

Aquilo que entendemos por mídias sociais fizeram com que muitas das nossas experiências físicas fossem transportadas para o mundo virtual. A expansão do metaverso irá dar mais alguns passos na virtualização das nossas atividades sociais – levando nós a todos nós para esse ambiente virtual.


O objetivo é ambicioso, mas já existem experiências de metaversos que nos mostram um pouco sobre o que nos espera no futuro.

O Facebook tem gastado bilhões de dólares por ano nessa empreitada. A empresa disse na última semana que o investimento em sua divisão Facebook Reality Labs (onde a empresa trabalha em VR e AR) reduziria o lucro operacional em US$ 10 bilhões em 2021.


Trata-se de uma soma bem significativa, mas o Facebook gera muito dinheiro, tendo em vista que o seu negócio principal é o de coleta de dados dos usuários para depois, cobrar dos anunciantes que querem ter acesso a essas pessoas com uma publicidade direcionada (focada em métricas como gênero, localização, renda, relacionamento). Através do Instagram, WhatsApp, Messenger e, claro, sua plataforma homônima, o Facebook gerou um lucro líquido de US$ 29 bilhões, no ano passado com base em seus 2,8 bilhões de usuários.

Mas será que o Facebook terá sucesso?


Por hora, é difícil imaginar pois a empresa tem trabalhado seu posicionamento de marca enfaticamente como uma empresa que luta – voluntariamente ou não – para conter o impacto prejudicial de seus produtos nos seus próprios usuários. De fato, no mês passado, o Facebook interrompeu o desenvolvimento daquilo que seria chamado o “Instagram Kids.”


Mark Zuckerberg disse que o metaverso levará 10 anos para ser construído. Após o anúncio de contratação de 10 mil funcionários na Europa para tornar este plano possível, Zuckerberg está buscando fazer do Facebook muito mais do que um conglomerado, apenas focado em redes sociais. Segundo o seu fundador, o projeto não é só seu e dependerá também de investimentos de outras entidades e companhias.


por: Eduardo Brasil para Criativos!



 

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