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Cinemas do Futuro: Salvador Recebe Mostra Gratuita com Joias Restauradas da África e Diáspora

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Memória e Futuro em Tela: Ciclo traz 24 obras da Cinémathèque Afrique, promovendo um debate crucial sobre as narrativas africanas e afro-diaspóricas no Brasil.


Salvador, Bahia — O calendário cultural da capital baiana ganha um destaque imperdível. De 6 a 9 de novembro de 2025, Salvador será o palco do ciclo "Cinemas do Futuro: Ciclo de Filmes da Cinémathèque Afrique", evento que integra a programação oficial do Festival Nosso Futuro Brasil–França: Diálogos com a África.


A entrada é franca, e a mostra promete incendiar o debate sobre as memórias e os futuros possíveis para o continente e sua diáspora.


Sob a curadoria da professora Morgana Gama (UFBA), o público terá acesso a 24 filmes africanos e da diáspora, divididos em dois eixos temáticos poderosos: Memórias para o Futuro (clássicos restaurados) e Histórias para o Futuro (produções contemporâneas). As sessões ocorrem na Sala de Cinema Walter da Silveira e no Cinema Saladearte da UFBA.


A Raridade Restaurada no Centro do Debate


A mostra é uma iniciativa do Institut Français e da Cinemateca da Embaixada da França no Brasil, voltada a valorizar o patrimônio cinematográfico preservado na Cinémathèque Afrique. Com um acervo excepcional de mais de 1.700 filmes, a Cinemateca tem investido na restauração de 50 obras africanas essenciais entre 2018 e 2026.


A sessão de abertura, marcada para 6/11, às 18h, na Sala Walter, apresentará uma joia recém-restaurada: “Njangaan” (1975), o raro longa-metragem do senegalês Mahama Johnson Traoré, que terá sua estreia inédita no Brasil.


O objetivo da curadoria é claro: “Reinscrever a Cinemateca da África no centro dos desafios contemporâneos de transmissão, educação, acessibilidade e diversidade de olhares,” conforme afirma a organização do Institut Français.


Diálogo Entre Clássicos e o Novo Cinema


O eixo Memórias para o Futuro traz obras-primas que definiram o cinema africano, questionando identidade, migração e o legado pós-colonial. Destaque para:

  • “África sobre o Sena” (1955), considerado o primeiro filme dirigido por cineastas africanos (Paulin Vieyra e Mamadou Sarr).

  • “Nacionalidade do Imigrante” (1975), de Sidney Sokhona, uma crítica contundente à exploração de imigrantes na Europa.

  • Clássicos de Djibril Diop Mambéty, como “Le Franc” (1994) e “A Pequena Vendedora de Sol” (1999).


Já o eixo Histórias para o Futuro apresenta filmes recentes e premiados, que imaginam novos horizontes, como o aclamado drama sudanês “Você Morrerá aos 20” (2019) e o vibrante marroquino “Casablanca Beats” (2021), que usa o hip hop como ferramenta de expressão juvenil.


Mesas de Debate Aprofundam as Teses


Além das projeções, a mostra promove a discussão do cinema como ferramenta de transformação social, com duas mesas-redondas gratuitas no Saladearte UFBA:

  • Mesa 1: Quais memórias para o futuro? (7/11, 15h) – Discute a importância da preservação e restauração do patrimônio audiovisual africano.

  • Mesa 2: Quais histórias para o futuro? (8/11, 15h) – Reúne jovens cineastas e estudiosos para debater estratégias narrativas, representatividade e inovação no cinema contemporâneo.


Ao celebrar as histórias e memórias cinematográficas que conectam Brasil, África e França, o ciclo “Cinemas do Futuro” convida o público baiano a refletir sobre a máxima africana do Sankofa: só é possível construir o futuro olhando para trás e aprendendo com a história.


Não perca!


Serviço: Ciclo “Cinemas do Futuro” – Ciclo de Filmes da Cinémathèque Afrique

Quando: 6 a 9 de novembro de 2025

Onde: Sala de Cinema Walter da Silveira & Saladearte Cinema da UFBA, Salvador – BA Entrada: Gratuita

Realização: Institut Français (Cinémathèque Afrique) e Cinemateca da Embaixada da França no Brasil.


Cultura, Tecnologia e o Emprego Global: O Fator de Integração Humanitária


A cultura é, inegavelmente, um dos mais poderosos fatores de integração humanitária. Ela transcende fronteiras políticas, linguísticas e sociais, servindo como uma ponte que conecta pessoas através de suas histórias, ritmos e expressões. Em um mundo marcado por tensões e diferenças, o cinema, a literatura e, especialmente, a música se apresentam como linguagens universais que promovem a empatia e o entendimento mútuo – um tema que ressoa diretamente com a necessidade de revisitar memórias para construir o futuro, como vimos na mostra “Cinemas do Futuro” em Salvador.


A arte nos permite enxergar o mundo sob a perspectiva do outro, fortalecendo a coesão social e servindo como um pilar essencial para a Economia Criativa.


Tecnologia a Serviço da Diversidade e do Criador


Para que essa integração funcione, o sistema cultural precisa ser justo e sustentável. É aqui que a tecnologia entra como aliada fundamental.


A Cedro Rosa Digital é um exemplo de como a inovação brasileira está impulsionando a cultura global. A empresa desenvolveu uma tecnologia proprietária de ponta para a certificação musical e gestão de direitos autorais em escala mundial. Este avanço, fruto de uma parceria estratégica com a UFCG (Universidade Federal de Campina Grande), com o apoio crucial da EMBRAPII e do SEBRAE, garante que criadores de qualquer parte do mundo tenham suas obras registradas e remuneradas com transparência.


Ao certificar músicas mundialmente, a Cedro Rosa não só fortalece a cadeia produtiva — que mobiliza roteiristas, músicos, diretores e técnicos, gerando emprego e renda para milhares de criadores — como também garante que a diversidade de vozes chegue ao mercado global.


Na França, o reconhecimento dessa tecnologia é chancelado pela representação da Cedro Rosa pela SACEM, uma das maiores sociedades de direitos autorais do mundo.


Investir em cultura e em tecnologias que a sustentam é investir na nossa capacidade de sonhar e de nos conectarmos. A arte é o nosso futuro comum.

 

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