CARMA
- Marlos Degani
- 3 de mar.
- 3 min de leitura

Mesmo que não procure muito adoro conhecer coisas novas em especial canções e poemas os momentos da primeira audição e primeira leitura são mágicos pois não há outra palavra que adjetive melhor as sensações advindas do primeiro contato com uma canção que você se apaixonará ou com aquele poema inesperado que toma seu dia de assalto é muito difícil para a gente entender que emoções em oposição extrema feito bondade e maldade ou amor e ódio têm um território compartilhado um istmo um momento em que os lados se tocam quando produzem uma amálgama algo que carrega características de seus polos diametralmente até então afastados que nas oposições mensuráveis seria o centro entre a esquerda e a direita ou o médio entre o alto e o baixo mais ou menos assim não acredito que haja nessa terra nada cem por cento alguma coisa tudo e todos nós somos mesclados frutos de antigas composições portanto ninguém é totalmente mau ou totalmente bom ou completamente burro ou inteligente todas essas reflexões servem pelo menos no meu caso para despressurizar a existência e assim perceber o tamanho da bobagem de nos levarmos a sério demais de nos preocuparmos excessivamente com coisas que não podemos interferir ou com o que os outros falam da nossa vida ou até mesmo sobre a opinião que têm de você e de seus atos na verdade a gente cria um monte de monstros na carcaça e eles aumentam a cada dia porque muitos de nós gostamos de sofrer e sentimos a maldita culpa embutida pela sociedade hipócrita e cheia de moralismos asquerosos a que fomos acostumados independentemente das variações sofridas com o decorrer dos tempos mas estamos em época de carnaval e eis que surge o Paulo Barros carnavalesco da Vila Isabel num depoimento dizendo que há uma exploração excessiva dos temas africanos no carnaval carioca especialmente às religiões daquela matriz eu realmente entendi o que ele quis dizer porque assisti a entrevista toda já que não existe em nenhum lugar manual que proíba o carnavalesco de escolher qualquer tema que lhe aprouver e que for de acordo com a escola que representa e que é óbvio que o carnaval bebe das fontes africanas mas todavia o cara mais uma vez foi massacrado pela patrulha esquerdóide míope e cem por cento identitária sempre pronta a apontar os dedos cheios de ódio e ressentimento chamando o cara de todos os nomes inimagináveis sinceramente penso que a esquerda deveria se preocupar com o preço dos alimentos e com a boca de privada de seu presidente que quando se pronuncia dez vezes diz onze asneiras um cidadão que se perdeu no tempo e não observou que o mundo mudou desde que deixou a presidência pela última vez com uma aprovação espetacular fico imaginando como o Brasil é azarado demais porque saímos de um entramos no outro pior os dois últimos presidentes são farinha do mesmo saco que só usam cores diferentes coitado do povo brasileiro que está rendido frente a esta polarização nefasta e controladora torço muito para que todos nós nos livremos desse carma pesado e que o povo dê uma chance para quem está pedindo há muito tempo estou curtindo as quaresmeiras de Teresópolis alô Portela…
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