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Aventuras inesperadas na roça


Luiz Ingles_Bananal_2023

Ao vir morar no mato e iniciar convivência mais intensa com a natureza, nos deparamos com uma série de surpresas. Mas surpresas, por serem repentinas, nem sempre são incomuns, apesar de inesperadas. Algumas são corriqueiras, do tipo sapo na sala, aranha no quarto, filhote de passarinho que cai do ninho, carreiro de formigas, etc.


Mas outras são realmente surpreendentes, espantosas e verdadeiramente extraordinárias. Pois este foi a lance do “causo” que vou relatar.


Tenho na propriedade, um rio que se abre formando uma piscina natural extremamente convidativa ao banho. Este ribeirão nasce no alto da montanha e vem caprichosamente descendo sinuosamente pelo caminho pedregoso que forma ora pequenas e belas cachoeiras, ora uma queda de temperatura, quando passa pelo meio da mata. Estas águas acabam se derramando no espelho desta piscina que, com o revolver desta movimentação, oxigena mais ainda o fluido cristalino neste seu percurso rio abaixo.


Havia algumas pedras que afloravam. Uma delas em especial, era de bom tamanho para se deitar por ser também completamente lisa e plana. Gostava muito de me deixar cair sobre ela para pegar um sol gostoso nas manhãs calorentas.


E lá estava eu deitado com as costas recebendo um calor gostoso e quase dormindo com o barulho incessante das águas correntes. Em dado momento (por quê, não sei – instinto?) levanto a cabeça, que se apoiava em meus braços cruzados, dou de cara com uma cobra saindo do mato, a poucos centímetros do meu rosto. A serpente deslizava recuando de costas, buscando o apoio da pedra já que vinha de dentro da mata. O susto foi enorme. Mormente (existe esta palavra? Me veio à mente agora, depois confirmo no dicionário. Se ficar, é que existe...) Mormente porque – na época – eu tinha 10° de miopia, via tudo fosco, sem foco. Este detalhe foi fundamental porque sempre imaginava mais as coisas, do que via de fato.


Agora, pense em você refastelado numa pedra, pegando um sol gostoso, num rio de águas puras em plena Mata-Atlântica no interior da Serra da Bocaina e de repente ver sair de dentro da floresta, uma cobra que ainda não lhe viu, pois está deslizando em movimento de retrocesso. Seu corpo fazia um “S” sendo que o rabo e a parte posterior foram as que primeiro apareceram. E de repente, a cabeça da víbora surge de dentro das folhagens, se vira, e pela primeira vez nos encaramos. Vejo que tem à boca, um peixe! Foram segundos que se transformaram em séculos. E séculos que se passaram em câmera-lenta, lentíssima na verdade.


Antes de continuar, vamos tomar pé da situação, do momento dramático pelo qual passavam as três criaturas envolvidas neste encontro, por circunstâncias alheias ao controle de cada uma.

Comecemos pela maior vítima: o pobre vertebrado aquático que se encontrava preso às mandíbulas do réptil. O pequeno lambarí, apesar de lhes faltar pernas, esperneava freneticamente tentando se soltar. Mas era infrutífero este esforço pois estava bem abocanhado.

Por sua vez, o ofídio, que eu não podia saber, devido a turbidez de minha visão, se era peçonhento ou não, jamais poderia sequer ter imaginado encontrar um humano de tão próximo, sobretudo em momento de ter sua presa presa à boca (desculpem o trocadilho). De minha parte, por ser ser pensante (desculpem, novamente) perdi um tempo valioso ao raciocinar diante do quadro que se apresentava à minha frente. Sem dúvida, um momento de enorme tensão.


Foi quando percebi que tudo estava em câmera lenta. Foi quando me dei conta do que realmente estava acontecendo, raciocinando diante daquele quadro que se apresentava diante de mim. E este momento mágico, tenso e dramático, já que o peixinho era o almoço da cobra e eu poderia ser picado, foi quebrado pelo réptil que rompeu a magia, já que instintivamente abriu a boca com o susto daquele fato ameaçador súbito e inesperado, O peixinho vendo-se livre, caiu na pedra e imediatamente num salto acrobático pulou para dentro d’água deixando em seu rastro um caminho de bolinhas de ar, sumindo nas profundezas do ribeirão. A cobra mais pasma ainda por ter perdido seu almoço e vendo-se a mercê daquele humano que a olhava também perplexo, tête à tête, como uma mola desprendida, retornou num átimo para dentro da mata e desapareceu, assim como apareceu.


E eu, sem saber o que fazer e sem conseguir refrear meu instinto de defesa (que já havia me ordenado também a sumir dali) mergulhei no rio buscando sua margem. Mas por ser maior e mais pesado, por conseguinte mais lento, a sensação de câmera lenta se tornou mais presente ainda. Ao chegar na segurança do outro lado do ribeirão, meu coração batia descompassadamente. Deitei para me acalmar e buscar fôlego. E, fiquei me perguntando de onde será que aquela cobra conseguiu pegar um peixe dentro da mata?


Bananal, 12 de abril de 2023

Luiz Inglês


 

Músicas da Roça

Samba Rural




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