A alegria pode nocautear a tristeza

Assisti aos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro pela televisão. Me emocionei algumas vezes. Na verdade, muitas vezes. Unidos da Ponte, Unidos de Padre Miguel, nossa! E o Grupo Especial!? Sai debaixo! Se não fosse Morfeu insistir em me tombar em torno das quatro da manhã, juro que assistiria a todas. Perdi a querida Império Serrano, a Beija Flor e a Vila entre as grandes. Quase lamento a cerveja diurna nesses dias de ócio e aniversário de gente próxima. Eu disse, quase. Nada de heresias. Mas as danadas, que desceram bem, ajudaram o Deus do sono na fácil tarefa de me derrubar.
Antes que alguém pense que o efeito das tais geladas, ainda influencia o escriba, um breve aviso aos navegantes: as presentes linhas foram enviadas à Revista Digital Criativos na terça-feira pela manhã. A apuração do desfile estava prevista para o período da tarde desse dia. Portanto, ao escrever eu não sabia qual agremiação levantara o caneco. Foi um desfile épico. As Escolas passaram com seus componentes emocionados, cantando de verdade os sambas, felizes, muitos em lágrimas. Uma emoção contagiante. Se dependesse de mim, haveria um grande e estrondoso empate. Sou portelense, deixo isso bem claro, mas gosto de todas. Algumas com um carinho especial. Apenas com umas poucas, sou indiferente.