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Foto do escritorPaulo Eduardo Ribeiro

Dor.







Dor...


Sentimento de angústia, de saudade, que sufoca, que aflige, que desespera, que redundâncias à parte, que dói...


Não me refiro a dor física, me refiro a aquele sentimento que faz doer o peito, faz refletir, que faz enxergar o quanto a gente muitas vezes é impotente, ou ainda o quanto a gente é indiferente ao que acontece a nossa volta.


Dor da perda, do luto, dor de saber que não poderemos mais rir juntos, abraçar, brigar, fazer as pazes, de saber que tudo aquilo que poderia ter sido dito agora não tem mais importância, não faz mais diferença.


Dor de ver poucos com tanto e tantos com pouco, com nada.

Dor de ver esses tantos sem nada fazendo muito por muitos, e esses tantos com muito fazendo nada também por tantos, por ninguém.


Dor de acordar numa segunda feira e lembrar quantos oram por um emprego, enquanto outros vociferam do conforto de suas salas com ar condicionado, diretamente do mundo mágico das redes sociais, o quanto a segunda feira é um dia ruim, ou que poderia não existir.

Dor de ver sonhos interrompidas nas tristes histórias de crianças sendo maltratadas e mortas em suas próprias casas, lugar sagrado onde elas deveriam estar protegidas, se sentirem protegidas.


Dor da falta de opção que obriga a busca por outras opções, como dos meninos da periferia sem alternativas, sem oportunidades, excluídos e invisíveis aos olhos da sociedade.

A dor do julgamento de quem não sabe nada sobre essa realidade, mas se sente em condições de julgar, apontar, criticar e criar soluções, afinal é sempre muito mais fácil acabar com a dor do outro.


Dor de ver a senhora no semáforo, ver as crianças, o senhor, todos na esperança que alguém abra o vidro e lhes dê uma moeda, que ouçam o grito de esperança traduzido em um pedaço de papelão escrito com letras trêmulas e às vezes difíceis de entender que a “FOME DÓI”.


Dor de ver animais sendo maltratados, sendo abandonados por “animais” travestidos de seres humanos, logo eles que não fazem mal ao seu semelhante, tampouco ao seu diferente.


Dor pelos muitos jovens e adultos que não conseguem ser ouvidos e que por isso acabam buscando alternativas que acabe de uma vez por todas com sua dor.

Infelizmente muitos acabam conseguindo silenciar o grito de desespero preso no peito optando por atos próximos ou dentro dos limites do desespero.


Dor de escrever esse texto e lembrar que nesse exato momento pessoas perdem a vida, outras perdem parentes, perdem a esperança, a dignidade, mas perdem também a oportunidade de fazer diferente, de mudar tudo que escrevi, de transforma a dor em alegria, em prazer... ainda bem que existem alternativas, aliás, sempre existem.


Você pode simplesmente continuar sofrendo como muitas pessoas fazem por anos e anos, carregando sua dor como um fardo que pesa que machuca e que por muitas vezes limita.

Pode arrastar aquela dor interminável, como se não houvesse como se livrar dela, causando sofrimentos muitas vezes dilacerantes e que trazem (sempre trazem) consequências muitas vezes trágicas.


 

Escute Réquien para as Vítimas da Covid, de Eurípedes Jr.


 

Eu por outro lado sempre penso qual o limite ou quando é possível deixar para trás esse sentimento. Acabei chegando a conclusão, claro que a minha conclusão, que nós somos os responsáveis por tentear encerrar esse ciclo.


Aceitar? Também é uma opção, talvez não uma opção para mim, prefiro seguir em frente, como diz o ditado: “sacudindo a poeira e dando a volta por cima”.


Eu escolho transformar minha dor, mesmo sabendo que muitas delas continuarão aqui comigo depois que eu terminar de escrever esse texto, mas com a certeza de que sempre que for possível eu farei alguma coisa para diminui-la, para que seja possível aprender, mesmo que seja com a dor do outro, para que assim eu possa continuar superando minhas dores e investindo no meu processo de constante evolução.


Paulo Eduardo Ribeiro, do Canal Ponte Aérea, para CRIATIVOS!


 

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