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VAMOS FOCAR NA PRIORIDADE


José Luiz Alquéres, presidente do Conselho Estratégico da Casa FIRJAN

A literatura técnica de gestão do tempo aponta que ela deve começar pela classificação do que deve ser feito segundo quatro quadrantes, nos quais se alocariam as atividades importantes e urgentes no primeiro quadrante, as importantes e não urgentes no segundo quadrante, as menos importantes e menos urgentes no terceiro quadrante e as não importantes porém urgentes no quarto quadrante.


A tendência natural das pessoas e das instituições é efetua-las na seguinte ordem: primeiro quadrante, seguido do quarto quadrante, depois o terceiro quadrante e, em geral, as atividades do segundo quadrante, importantes, mas não urgentes, acabam sempre sendo postergadas. Ora, essas atividades são em geral as atividades de planejamento, que por não serem encaradas com prioridade acabam se transformando em importantes e urgentes, contribuindo para um total atravancamento das agendas públicas e pessoais.


A questão habitacional no Rio de Janeiro, ao longo dos tempos, foi sendo relegada e postergada para melhores dias e, com isso, nunca encarada de frente, o que faz com que um contingente de 3 milhões de pessoas na região metropolitana viva em condições sub-humanas, destituídos de mínimas condições de qualidade de vida e tendo a gravidade de sua situação ignorada pelos poderes públicos.


Essa população que vive em áreas de risco de inundações e deslizamentos de encostas ou de grande risco social sujeitas, pela ausência do Estado, ao domínio de facções criminosas e milícias, à margem de qualquer benefício de cidadania, atingiu o seu limite de resistência. Não se tendo encarado o problema por ações preventivas, agora urge sua correção pela assunção por parte do Estado da solução deste problema.


Qual o investimento necessário para sua solução? A construção de 1.200.000 habitações dignas para essa população custaria algo como R$ 150 bilhões, aí incluídos investimento das concessionárias de serviço público e a extensão de transporte eletrificado para seis grandes “vilas de equilíbrio” criadas no cinturão do anel rodoviário do Rio de Janeiro. Essas vilas possuiriam terrenos comerciais para instalação de supermercados, centros de serviço público, como saúde, educação, segurança e lazer para as respectivas populações. Sua implantação deveria ser nas faldas da Serra do Mar, colocando-as em abrigo às inundações e eventual elevação das marés.


Tão importante quanto o investimento em infraestrutura física, o investimento em infra estrutura social, inclusive no ordenamento das atuais populações que habitam atualmente áreas de risco, deveria ser cuidadosamente planejado, com a participação dessas populações deslocadas e o arrasamento das sub-habitações, que seriam dispensáveis.


É um programa para 15 anos, que talvez possam ser antecipados na medida em que a progressiva viabilização dessas concentrações urbanas em “vilas de equilíbrio” se demonstre sustentável. Ressaltamos que essa sustentabilidade virá se elas forem providas de equipamentos sociais de educação, saúde, lazer e segurança desde o primeiro momento, contando ainda com uma política de tarifação diferenciada de transporte.


Nessa questão dos transportes cabe se estudar a diferenciação do usual, cobrando-se uma tarifa simbólica para a conexão dessas “vilas de equilíbrio” aos limites da região metropolitana e não, como seria o normal, cobrar uma tarifa mais elevada para o transporte a pontos mais distantes.


Enfim, o que se quer é criar seis “vilas de equilíbrio”, densamente habitadas por populações de diferentes classes de renda, e acessíveis ao centro da metrópole, embora o trabalho à distância e a descentralização favorecida pela oferta do bom equipamento social devam limitar este movimento clássico dos subúrbios e áreas distantes da região metropolitana para o seu centro.


Quinze anos passam muito rapidamente. Os jogos panamericanos, que deram início a uma virada no Rio, infelizmente abortada, foram realizados em 2007. Vamos tratar já desse problema habitacional que se tornou importante e urgente pelo nosso egoísmo em não o enfrentar no seu devido tempo.


 

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