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OS PEDRAS



Conheço alguns que passei a apelidar como detentores de uma espécie de Síndrome da Minoria.

Síndrome da Minoria? Bem, foi a forma que eu encontrei de identificar pessoas refratárias ao que deu certo, porque se sentem fracassadas. E o fracasso, por vezes, leva à revolta, mesmo à intelectual.


Os que são, de fato, incompreendidos, verdadeiramente insatisfeitos com a situação das coisas, possuem um ar de contestação mais focado, geralmente embasados em inúmeras horas de leitura e/ou reflexões, ou até num bom senso natural. São discordantes, mas pensam. Possuem o que os fracassados e os revoltados de plantão não têm: discernimento. Sabem valorizar até aquilo com que não concordam inteiramente, veem as qualidades dos seus inimigos, pensam com o cérebro e não com o fígado, ponderam, recuam, reconhecem o valor das pessoas, ampliam, extraem, compartilham, planejam e avançam, mesmo cercados de coisas de que não gostam ou com que não se identificam. Planejam. Contribuem. E são desprovidos de vaidade tóxica, excessiva e/ou patológica.


Diferentemente dos tipos fracassados e dos revoltados - estes detonam geral. Ninguém presta, nada presta, caso fujam dos seus (deles) arcabouços umbilicais. Foram tão habituados a protestar contra tudo e todos, que não conseguem conforto no campo afirmativo. Talvez tenham medo de as pessoas os acharem uns completos idiotas. São inseguros quanto às suas próprias ações. Então se abrigam no lado onde conhecem bem: o da pedra na mão. São pessoas extremamente limitadas que veem a vida somente no entorno das suas próprias contrariedades. Desconfiam. Tecem longas complexidades quando o assunto é simples. Reduzem-se em apertadas simplificações quando o assunto é complexo. Acham que o mundo não é mais deles. Antes era melhor.


Hoje é ruim. Sabe por que pensam assim? Porque têm a necessidade do combate contra alguém ou contra alguma coisa - antes havia inimigo definido, mas hoje ele está espalhado além de suas (deles) compreensões revolucionárias de plantão. Não se desvincularam ainda da época em que se achavam úteis e integrados frente a um problema ou a uma bandeira. Tinham motivos e eram fiéis a verdades estabelecidas que os libertavam e os engrandeciam de maneira simultânea. O inimigo pulverizou-se. Criou camuflagens muitas vezes imperceptíveis. Quando não se percebe nada, ataca-se tudo.


E eu que pretendia inicialmente escrever sobre a quantidade de regravações que estou ouvindo no rádio da música brasileira - estão regravando Dominguinhos, Nara Leão, alguns rocks brasileiros da década de 80, Dorival, Guilherme Arantes e muitos outros. Há os que diriam que a opção é relevante, e é melhor que haja essas releituras porque trariam a consequente valorização de artistas de um passado recente. Há outros que diriam: esse pessoal não faz joça nenhuma e ainda estraga o que já foi feito anteriormente.


O que incomoda vale a pena.


 

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