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TRUMP: HÁ MALES QUE PODEM VIR PARA O BEM

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O conjunto de atitudes erráticas que vêm sendo adotadas pelo presidente dos EUA está causando uma grande perturbação nos fluxos internacionais do comércio. Em uma primeira leitura, elas parecem indicar que os EUA estão fechando a sua economia e, com isso, levando o mundo inteiro a se recompor em torno de umas poucas áreas de concentrações regionais de comércio.


A primeira delas seria a Europa, com a contribuição do norte da África e Oriente Médio.

A segunda, caso venha a ser bem sucedida, seriam os países liderados pela China que compõem a iniciativa “One Road One Belt”, também comparada a uma “Nova Rota da Seda”.


A terceira, a Rússia e seus satélites, contíguos ou afastados geograficamente.

A quarta, o Sudeste asiático. Enquanto isso, o resto do mundo, como Índia, Brasil, América Latina, ficariam espremidos por altas barreiras alfandegárias dificultando relações saudáveis de comércio com os EUA e estes centros do poder comercial. Não há dúvida que em torno da China, na próxima década (possivelmente até mais tempo), o crescimento será superior do que em qualquer outra parte.

 

Olhando por este prisma, a consequência das atuais ações de Trump terá sido a precipitação de um estado de coisas que, de qualquer forma, seria enfrentado dentro de poucos anos, o que nos leva a tentar adotar medidas preventivas contra futuros desastres. Podemos citar algumas:

 

1 – Diversificar o comércio de tal maneira que não dependamos mais do que uns 8% de qualquer país para as nossas exportações, e, mesmo assim, compondo pautas de produtos bem diversificadas que procurem incluir itens difíceis de serem fornecidos por outros países para nossos países clientes, vinculando-os em contratos de longo prazo;


2 – O segundo ponto seria adotar em nosso serviço diplomático um caráter mais comercial, sem prejuízo do excelente trabalho político que está na tradição do Itamaraty. Isso significa a formação de quadros em relações internacionais com ampla vivência no comércio exterior e no acompanhamento do mundo dos negócios interno a cada um dos nossos principais parceiros comerciais;


3 – Enfatizar um discurso de neutralidade política e alinhamento com princípios universais éticos que nos blinde contra manifestações de nossos governantes acerca de preferências pessoais sobre pessoas ou regimes políticos de outros países. Salvo, evidentemente, em casos onde se verifiquem ações diretas contra o Estado brasileiro.

 

Não é exagero dizer que a reação às ações do presidente Trump mostrou que não estávamos preparados – seja do ponto de vista da comunicação, seja do ponto de vista comercial ou da política internacional – para nos apresentarmos frente ao mundo de maneira forte.


Mostramo-nos passivos, ou quase isso, esperando até o último dia para saber se a imposição de tarifas anunciadas seria prorrogada ou não, se o presidente norte-americano iria atender um telefonema do nosso presidente ou não - ou se as equipes técnicas de cada país, ou equipes empresariais dos segmentos afetados, agiriam de forma mais pragmática, para o que a banca internacional teria sido de muita utilidade como detentora de créditos em relação a todas essas partes.


Além disso, Trump deixou patente quão fraco estava nosso Executivo, posicionando-se com idas e vindas, entre ameaças e anúncios de que teria disposição para conversar, sem que nada de suas atitudes fosse útil à causa do Brasil, pelo contrário, só nos tornou ridículos.


Destacaram-se também algumas demonstrações públicas de brasileiros no exterior aplaudindo sanções comerciais contra seu país, o que é algo que certamente não será esquecido, além de se constituir flagrante violação do conceito de patriotismo. Por surpreendente que possa parecer, algumas instituições brasileiras, em aparente reconhecimento de excessos anteriores, resolveram “maneirar” sua atuação, usando um pouco mais de boas maneiras e menos bravatas ao intervirem em assuntos que talvez devessem ficar restritos a níveis operacionais do governo.

 

No conjunto, vamos enfrentar nos próximos meses e anos um processo custoso de adaptação a uma nova realidade mundial. Para isso, não podemos sair demonizando país A ou país B. Pelo contrário, devemos redefinir uma política externa compatível com um mundo multilateral, onde nossos interesses soberanos não possam ser negociados a partir de qualquer tipo de ameaça externa.


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