"Trilha da Memória" celebra história e reflexão na Pequena África
- Redação
- há 9 horas
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Neste sábado, 13 de setembro de 2025, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) realizará a quinta edição da "Trilha da Memória: uma jornada pela Pequena África". A iniciativa, que faz parte do Programa de Cultivo da Memória do Núcleo de Atenção e Promoção à Justiça Social (Napjus) e se alinha ao Pacto Nacional do Judiciário pela Equidade Racial, busca promover um resgate histórico e a reflexão sobre a construção social das desigualdades raciais no Brasil.
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O ponto de partida será o Museu de Arte do Rio (MAR), na Praça Mauá, com início às 9h. O percurso incluirá paradas em locais de grande relevância histórica, como o Mercado de Escravizados, o Cais do Valongo (reconhecido como Patrimônio Mundial pela UNESCO) e o Cais da Imperatriz, culminando no Cemitério Pretos Novos. A condução da trilha ficará a cargo da historiadora, turismóloga, guia de turismo, administradora e servidora do TJRJ, Tatiana Lima Brandão. Haverá tradução em Libras para garantir a acessibilidade.
Também estará presente a desembargadora Patrícia Ribeiro Serra Vieira, presidente do Comitê de Promoção da Igualdade de Gênero e de Prevenção e Enfrentamento dos Assédios Moral e Sexual e da Discriminação (Cogen-2º Grau). Com vasta formação acadêmica, incluindo mestrado pela PUC-Rio e doutorado pela Uerj, a desembargadora é professora titular da Unirio, onde desenvolve pesquisas em Direito Civil e Propriedade Intelectual.
Donga, o Pai do Samba e seus intérpretes. Repertório Cedro Rosa
Histórico da Iniciativa
A "Trilha da Memória" teve sua origem nos Comitês de Promoção da Igualdade de Gênero e de Prevenção e Enfrentamento dos Assédios Moral e Sexual e da Discriminação (Cogens), inspirada pelo Decreto nº 34.803 de 2011, que instituiu o Circuito Histórico e Arqueológico de Celebração da Herança Africana.
Originalmente concebida pelo Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN) como "Circuito de Herança Africana", a atividade foi pensada não apenas como uma visitação a locais históricos ligados à política colonial escravocrata, mas como um percurso que narra a trajetória de pessoas negras escravizadas que chegavam ao porto do Rio de Janeiro.
O objetivo central da trilha é promover o resgate histórico e a reflexão sobre as desigualdades raciais no Brasil, evidenciando as contradições entre o apagamento histórico da identidade racial e o racismo dentro do contexto da atuação estatal. A primeira edição, realizada em 25 de maio de 2024, reuniu cerca de 80 participantes, com um número crescente de inscritos nas edições subsequentes. Para esta quinta edição, 130 pessoas já confirmaram presença antecipadamente.
O Percurso Completo
O tour abrange a região conhecida como "Pequena África", uma área significativa da Zona Portuária do Rio de Janeiro. O circuito inclui:
Praça Mauá
Igreja de São Francisco da Prainha
Painel Hilário Jovino
Casa da Escrevivência
Largo de São Francisco da Prainha
Pedra do Sal
Mirante do Morro da Conceição
Jardim Suspenso do Valongo
Largo do Depósito
Espaço Cultural Casa da Tia Ciata (externo)
Mercado de Escravizados
Cais do Valongo
Cais da Imperatriz
Docas Pedro II
Praça da Harmonia e a Revolta da Vacina
Cemitério Pretos Novos
O Cemitério Pretos Novos funcionou como local de sepultamento entre 1772 e 1830 para escravizados que não sobreviviam aos maus-tratos e à travessia transatlântica. Sua localização foi esquecida por cerca de 160 anos, sendo redescoberta em 1996. Em 2005, Merced Guimarães, uma das pessoas que participaram da redescoberta, tornou-se fundadora do Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos, dedicado a salvaguardar a memória dos restos mortais ali enterrados.
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