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Tricolor de Coração




Eu cresci me embevecendo com meu pai falando de heróis tricolores como Tim, Carreiro, Marcos Mendonça, Hércules, Romeu, Pinheiro, Telê, Castilho, Veludo, Valdo...


Era um regalo ouvi-lo contar pela enésima vez a história do histórico Fla x Flu da Lagoa.

Fui pelas primeiras vezes ao Maracanã para ver o Fluminense de Telê Santana derrubar os favoritos Botafogo e Flamengo e ser o campeão carioca de 1969, o que rendeu uma paródia maravilhosa do tricolor Mário Lago com a música Se Você Pensa, de Roberto e Erasmo Carlos, apresentada na Resenha Facit, diante de uma mesa que reunia nomes como João Saldanha, Nelson Rodrigues, Sandro Moreira e Armando Nogueira.


Eu fui com meu pai assistir a um jogo do Fluminense e presenciei o encontro maravilhoso dos tricolores Mário Lago e Chico Buarque de Hollanda em frente à estátua do Belini.

Babei de orgulho ouvindo meu irmão Nal contando suas histórias como levantador do time de vôlei do nosso tricolor, comandado pelo histórico técnico Bené, até que também fui jogador ali naquelas quadras de vôlei, levando as mesmas broncas do mesmo Bené ("você é um bosta").

Vi o "ultrapassado" Paulo Amaral dirigir o "timinho" de 1970 de um jeito taticamente revolucionário, para se tornar campeão do torneio Roberto Gomes Pedrosa (o brasileirão da época).


No ano seguinte, estava no Maracanã pra ver o extraordinário ponta esquerda Lula (um cracaço) fazer aquele gol que levou os botafoguenses à loucura e nos deu mais um título.

Vi o Rivelino, como um mestre-sala, quase quebrar a coluna do Alcir em pleno carnaval.

Chorei quando a máquina tricolor perdeu para a invasão corintiana em pleno estádio Mário Filho.

Sofri demais com os sucessivos rebaixamentos e as sucessivas viradas de mesa que nos levaram à terceira divisão (até hoje, quando me cobram a armação da volta à série A, respondo que foi um esquema covarde montado para evitar que o Tricolor das Laranjeiras fosse o único time campeão das três principais divisões do futebol brasileiro).


Vibrei demais com o Casal 20 e aquele gol do Assis contra o Flamengo.

Nem sei dizer o que senti quando a Libertadores nos escapou por entre os cadarços das chuteiras.


Chorei muitas vezes, de tristeza e alegria, por conta do meu time de guerreiros.

Vi craques fazerem história usando a camisa do Fluminense e tive o prazer de ver um Fla x Flu com minha filha tricolor e meu filho flamenguista.


Parei de ir aos estádios há muitos anos, mas mantive acesa a chama da paixão.

Até que, um dia, motivado por uma reunião pré-carnavalesca do grupo Tricolores de Esquerda, me dei o direito de fazer um samba.


SOU TRICOLOR DE CORAÇÃO

SOU FLUMINENSE, TANTAS VEZES CAMPEÃO

O MELHOR DOS MEUS AMORES

DE MILHÕES DE TRICOLORES

QUE TEM NAS CORES O CALOR DO CORAÇÃO

A BELEZA DA ESPERANÇA

A CONFIANÇA DA FELICIDADE E DA PAZ

POR ISSO, FLUMINENSE, É QUE EU TE JURO

MEU FUTURO É TE AMAR PRA SEMPRE SEMPRE MAIS


Ê Ê Ê Ê Ê Ê Ê Ê

NENSE, NENSE

Ê Ê Ê Ê Ê Ê Ê Ê

NENSE, NENSE


Ê Ê Ê Ê Ê Ê Ê Ê

ME DÁ PRAZER

VER, TORCER, VENCER

VEM SER

NENSE, NENSE


Saudações tricolores.


Até a próxima esquina.


Até a próxima esquina.




 

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