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Sou diabético e digo SIM para a vacina


Eu descobri a diabetes em uma noite qualquer em sala de aula.


“SERÁ QUE A DIABETES TERÁ ALGUMA UTILIDADE UM DIA?”

Me lembro com se fosse hoje eu tentando fazer a chamada e não conseguindo enxergar os nomes na lista, coisa estranha para quem já estava acostumado com aquela rotina de olhar os nomes, chamar e anotar presença ou ausência.


A primeira coisa que pensei foi no meu grau. Será que aumentou tanto assim? E de repente?

“Meu Deus quando será que fui pela última vez ao oftalmologista?” Pra falar a verdade pensei em “oculista” mesmo, mas afinal de contas quantos graus eu uso? Astigmatismo e hipermetropia, pelo menos disso eu me lembrava.



 

Amo escutar MPB. Essa playlist do Youtube não para de tocar.

 

Voltar para casa dirigindo foi complicado, sem enxergar as placas, os mostradores do painel do meu carro, tudo embaçado como se eu não estivesse usando óculos, como se eu voltasse ao passado até os tempos de criança quando fiquei sabendo que precisaria usar óculos.


Era complicado quando criança, mas depois de adulto não teve mais jeito, era assumir o problema na visão e seguir em frente com meu amigo no rosto, lentes nem pensar, nunca me adaptei.


Foi por causa desse episódio que descobri a diabetes, meu grau triplicou, a boca seca, perdi bastante peso e tomei água como nunca antes havia feito em toda a minha vida.

“SERÁ QUE A DIABETES TERÁ ALGUMA UTILIDADE UM DIA?”


Jovem e com comorbidade, pelo menos o grau acabou recuando. Não voltou aos patamares de antes da doença, mas regrediu o suficiente para conseguir enxergar (um pouco) sem os óculos.


Ganhei um multifocal, agora eu não conseguia mais enxergar bem de perto também.

Medo de amputações, de problemas renais, não poder mais comer açúcar, cortar um monte de coisas que sempre gostei de comer e fazer exercício, talvez a parte mais difícil para um professor sedentário como eu.


“SERÁ QUE A DIABETES TERÁ ALGUMA UTILIDADE UM DIA?”


 

SoftSamba! Do que se trata? Vou escutar aqui na Spotify.

 

Em tempos de pandemia o medo aumentou e muito. Eu não queria pagar para ver e correr o risco de ter a doença que está ceifando vidas por todo mundo e o que é pior, ouvir que pessoas com doenças como a minha são mais suscetíveis a ter complicações por causa desse vírus.


Estou fazendo a minha parte, fico em casa quando é possível, uso máscara, álcool em gel e evito a todo custo aglomerações. Na verdade eu acho que eu seria um idiota se não fizesse isso.


Mas a pergunta permanecia:

“SERÁ QUE A DIABETES TERÁ ALGUMA UTILIDADE UM DIA?”

Com o início da vacinação no país é claro que fiquei ansioso, mas com 50, 51 anos eu sabia que minha vez demoraria a chegar.


“Os professores foram incluídos no grupo de risco e serão vacinados!”


Meu filho ficou eufórico com a possibilidade de eu ser vacinado, mas sou professor universitário, a vacina seria inicialmente para os professores do estado, tanto da rede pública quanto da rede privada.


“Tenta, não custa.”


Não funciona assim. Eu entendo a preocupação dele, mas eu sabia que teria que esperar a minha vez.

“SERÁ QUE A DIABETES TERÁ ALGUMA UTILIDADE UM DIA?”

A diabetes não serve pra nada, não tem utilidade... Ela te poda, te machuca se você não souber conviver com ela.



 

O melhor da Bossa Nova, nesta playlist.

 


É preciso entender o que se pode e o que não se pode fazer o que se deve e o que não se deve fazer e se adaptar.

Eu aprendi a conviver com as limitações que a minha diabetes me impôs, mas às vezes me pego pensando em todo caminho até aqui, restrições, mudança na alimentação, exercícios físicos e me pergunto:

“SERÁ QUE A DIABETES TERÁ ALGUMA UTILIDADE UM DIA?”


Bom, acho que hoje sou obrigado a responder que sim.

Eu realmente não sabia se a diabetes ia servir para alguma coisa um dia, mas brincadeiras à parte, o importante é que chegou a minha vez, vou receber a primeira dose da vacina daqui a pouco porque sou diabético, faço parte do grupo de risco, e quando esse texto for publicado e você estiver lendo, eu já terei iniciado o caminho rumo a imunização.

Respeito outras opiniões, se você acha que deve ou não tomar a vacina, eu estou indo de peito aberto e braço preparado, sem me preocupar com a marca ou com sua origem, afinal sou um pesquisador e por isso sempre acreditarei na ciência.


Espero que em breve outras pessoas, outros colegas, meus filhos, e toda população mundial possa ter acesso a esse líquido tão cobiçado, tão rejeitado, tão discutido e tão necessário.


Quando chegar a sua vez, por você, pelos seus e pelos outros, não hesite... VACINA SIM!


Paulo Eduardo Ribeiro, do Canal Ponte Aérea, para CRIATIVOS!


 

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