Sobrevivência, cultura e missão da segurança compartilhada no morro e nas comunidades

Carlos Janan
há 9 horas
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Carlos Janan

O dia em que o morro descer e não for carnaval

Ninguém vai ficar pra assistir o desfile final

Na entrada, rajada de fogos pra quem nunca viu

Vai ser de escopeta, metralha, granada e fuzil

Guerra civil"

Wilson das Neves /Paulo Cesar Pinheiro

O morro desce todos os dias, pra trabalhar e lutar. São operários, babás, seguranças e até policiais. O morro desce e padece pra ganhar o pão de cada dia, cuidam dos nossos filhos enquanto os seus próprios cuidam de si, quando é possivel vão para a escola pois a merenda talvez seja a unica alimentação do dia .

O morro desce pra cantar, amar, dançar, sonhar e alguns até para roubar, na sua grande maioria o morro é feito de gente preta e parda, que reza, ora e clamam por dias melhores, pois seus ancestrais foram escravizados e muita das vezes sua fé é perseguida .

O morro também desce pra votar sabendo que nada vai mudar, mas tem esperança que um dia tudo vai melhorar, seus filhos serão protegidos pelo estado como os filhos do asfalto. O morro só desce porque precisa sobreviver, o morro vai a praia , vai tocar e encantar .

Nosso principal ativo cultural o samba também desceu o morro e foi para o mundo. Fico a me perguntar quando subimos o morro o que levamos além do que ja sabemos, precisamos refletir e pensar alternativas para que fuzil e droga sejam as únicas "ferramentas " que sobem no morro.

Eessa missão é de todos nós que vivemos no asfalto , talvez deveríamos iniciar entendendo que nossa segurança só chegará no momento em que o morro também for seguro e ele só será seguro quando tivermos um tratamento justo e igual para aqueles que habitam lá, concordo que precisamos libertar este território mas temos que agir dentro do estado democrático do direto.

O que vale pra Francisco tem que valer para Chico a lei é pra todos seja do morro ou do asfalto, branco ou preto, rico ou pobre . Vamos virar essa página, o bem é maior que o mal e se todos do bem se juntarem não haverá mal que seja vencedor , que Deus nos ajude .

Cultura Brasileira em Ascensão: Do Oscar ao Hub de Inovação Criativa

O setor criativo brasileiro atravessa uma fase de notável consolidação. No audiovisual, o ano de 2025 reforçou essa potência, com grandes bilheterias e reconhecimento global: a conquista do Oscar por "Ainda Estou Aqui" e a nomeação de "O Agente Secreto" para 2026 atestam a qualidade e relevância das nossas produções.

Essa excelência se reflete também no domínio digital. No streaming, o Brasil é um dos líderes globais no consumo de conteúdo nativo, com 93,5% das músicas mais ouvidas no país sendo nacionais. O consumo de artistas brasileiros no Spotify cresceu 31% em 2024, sinalizando uma indústria musical robusta e geradora de receita significativa.

Hub de Inteligência e Engenharia Sociocultural

Acompanhando essa evolução, o Portal CRIATIVOS expande seu papel. Com um avanço de 20% na audiência orgânica natural, o portal caminha para se tornar um Hub de Inteligência na intersecção de cultura, tecnologia e mercado.

Essa transição é estratégica e conta com projetos vitais, como o CERTIFICA SOM (Cedro Rosa / UFCG, com apoio de Embrapii e SEBRAE) para rastreabilidade de obras. Além disso, existe em formatação a iniciativa da Cátedra Economia Criativa + Cultura + Tecnologia Aplicada, em parceria com o CBAE/UFRJ, visa capacitar e gerar conhecimento focado no desenvolvimento do setor.

O foco central é a criação, por Cedro Rosa e CRIATIVOS, de um sistema de engenharia sociocultural. Este projeto ambicioso busca integrar o potencial criativo brasileiro em um ecossistema internacional que não só gera desenvolvimento e renda, mas promove inclusão e fortalece o posicionamento global do país. O Brasil brilha, construindo as bases para uma Economia Criativa sustentável e de alto impacto.