Santos Dumont: A Reinvenção do Supercomputador Brasileiro e o Salto da IA Nacional
- Redação

- 17 de jul.
- 5 min de leitura

O Brasil dá um passo decisivo em sua infraestrutura tecnológica com a significativa atualização do supercomputador Santos Dumont. Localizado em Petrópolis, este polo de processamento avançado, gerido pelo Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), reforça seu papel central no panorama da pesquisa e inovação, especialmente no campo da Inteligência Artificial (IA).
Este aprimoramento representa o primeiro aporte de investimentos do Governo Federal, alinhado ao Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) 2024–2028.
O PBIA, lançado durante a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, é uma iniciativa estratégica que prevê um investimento robusto de R$ 23 bilhões ao longo de quatro anos. Seu objetivo primordial é posicionar o Brasil como uma referência global em inovação e na aplicação eficiente da IA, assegurando a soberania tecnológica do país.
A execução desta atualização é liderada pela Eviden (Grupo Atos), uma potência em tecnologia de computação avançada e infraestruturas de IA, em parceria com a NVIDIA, pioneira em computação acelerada e inteligência artificial. "Essa nova atualização do Santos Dumont tem como objetivo ampliar sua capacidade de processamento, permitindo maior robustez nos cálculos destinados à pesquisa, especialmente com o uso de inteligência artificial", explica Fábio Borges, presidente do LNCC.
Poder Computacional e Sustentabilidade Integrada
A base tecnológica da nova fase do Santos Dumont é a arquitetura BullSequana XH3000 da Eviden, projetada e fabricada na França. Esta expansão resultou em um aumento de quatro vezes na capacidade de processamento, elevando o supercomputador para 18,85 petaflops, o que significa trilhões de operações por segundo. Tal desempenho representa um crescimento de aproximadamente 575% em relação à sua especificação original de 2015.
A sustentabilidade é um pilar fundamental neste projeto. O supercomputador incorpora um sistema patenteado de refrigeração líquida direta de alta eficiência (Direct Liquid Cooling – DLC), também desenvolvido pela Eviden. Este sistema permite uma densidade cinco vezes maior do que as soluções tradicionais de refrigeração a ar, otimizando drasticamente a eficiência energética. Com o uso de água em temperatura ambiente para resfriamento, o DLC consegue capturar mais de 98,5% do calor gerado pelos componentes, uma melhoria notável em comparação com os 80% dissipados na versão inicial.
"As tecnologias de computação e inteligência artificial são a base de qualquer avanço científico e inovador, permitindo que pesquisadores enfrentem os maiores desafios da humanidade", destaca Luis Casuscelli, Head de HPC na América do Sul da Eviden, Grupo Atos. Ele ressalta o orgulho da Eviden em participar da expansão do Santos Dumont, um testemunho da colaboração de mais de uma década com o LNCC e do compromisso do Grupo Atos com a cooperação franco-brasileira.
Avanço Tecnológico: Detalhes da Nova Arquitetura
A atualização do Santos Dumont é composta por cinco partições distintas, incorporando as tecnologias mais avançadas do mercado:
Partição Principal: Inclui 62 blades BullSequana XH3145-H, cada um equipado com processadores Intel® Xeon® Scalable de 4ª geração e 4 GPUs NVIDIA H100 interconectadas por NVLINK.
Segunda Partição: Baseada em 20 blades BullSequana XH3420, totalizando 60 nós, cada um com 2 processadores AMD EPYC™ 9684X.
Terceira Partição: Constituída por 36 blades BullSequana XH3515-H, equipados com 4 NVIDIA Grace Hopper Superchips, também conectados por NVLINK.
Quarta Partição: Compreende 6 blades, com 18 nós, cada um equipado com 2 APUs AMD Instinct™ MI300A.
Nós Adicionais: Quatro nós são equipados com o mais recente CPU NVIDIA Grace Superchip.
Todos os nós são interconectados por uma malha NVIDIA Infiniband NDR não bloqueante, operando a 400 Gbps. A solução Enterprise da NVIDIA é fundamental para o desempenho, especialmente com as CPUs Grace conectadas a GPUs Hopper nas blades BullSequana XH3515-H, otimizadas para processar grandes volumes de dados com máxima eficiência energética para IA.
"Com cada nova atualização, a capacidade de processamento aumenta, os horizontes da pesquisa se expandem, e o supercomputador também se torna menor e mais eficiente, garantindo menor consumo de energia", pontua Márcio Aguiar, diretor da divisão Enterprise da NVIDIA para a América Latina. Ele reforça a parceria da NVIDIA com o LNCC, Eviden, Petrobras e o Governo Federal, visando o desenvolvimento de IAs nacionais de ponta.
Impacto e Acesso à Pesquisa Nacional
O supercomputador Santos Dumont, um projeto desenvolvido no LNCC – Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) – e construído com apoio da Petrobras, já foi empregado em milhares de projetos de pesquisa por cientistas brasileiros. Um exemplo notável foi a Dra. Ana Teresa Vasconcelos, que o utilizou para sequenciar o genoma da COVID-19 em 2020. A infraestrutura está disponível para uso por qualquer pesquisador ou instituição nacional que necessite de sua capacidade computacional.
Os avanços em supercomputação e Inteligência Artificial, como os concretizados no Santos Dumont, são catalisadores para a inovação em múltiplas áreas, desde a medicina e a engenharia até as ciências sociais e, pertinentemente, o setor de entretenimento e, em particular, o musical. A capacidade de processar e analisar dados em escala massiva abre portas para o desenvolvimento de novas ferramentas e otimização de processos em indústrias criativas.
Inovação e Acesso na Música Independente
No contexto da evolução tecnológica e da digitalização da economia criativa, empresas como a Cedro Rosa Digital exemplificam a aplicação de plataformas avançadas para democratizar o acesso e otimizar a gestão de ativos musicais. A Cedro Rosa Digital é uma empresa brasileira focada em fornecer serviços essenciais para artistas independentes e produtores musicais, capacitando-os a navegar com sucesso no mercado global.
Principais Funções e Serviços da Cedro Rosa Digital:
Distribuição Digital Global: A plataforma permite que artistas e detentores de direitos autorais distribuam suas músicas para as principais plataformas de streaming e lojas digitais em escala mundial, como Spotify, Deezer, Apple Music, Amazon Music, YouTube Music, TikTok e muitas outras. Isso garante alcance global sem a necessidade de intermediários tradicionais.
Gestão de Direitos Autorais e Royalties: A Cedro Rosa oferece ferramentas e suporte para o registro e a gestão dos direitos autorais das obras, assegurando que os artistas recebam os royalties devidos pela execução e utilização de suas músicas.
Licenciamento para Mídia (Sync Licensing): Um dos serviços mais estratégicos é o licenciamento de músicas para uso em produções audiovisuais. Isso inclui filmes, séries, comerciais de TV e rádio, videogames, documentários e outros projetos de mídia. Este serviço cria uma importante fonte de receita e visibilidade para os artistas, conectando suas obras a grandes projetos.
Curadoria e Promoção: Além da distribuição, a Cedro Rosa também se envolve na curadoria de playlists e na promoção de músicas de seu catálogo, buscando novas oportunidades de exposição para os talentos que representa.
Transparência e Suporte ao Artista: A empresa se compromete com a transparência nos relatórios de desempenho e oferece suporte para que os artistas compreendam e maximizem o potencial de suas carreiras digitais.
A Cedro Rosa Digital, ao alavancar plataformas digitais e processos otimizados, exemplifica como a tecnologia — em um nível acessível e aplicado — pode empoderar criadores e garantir que a produção musical independente brasileira encontre seu espaço e reconhecimento em um mercado global cada vez mais conectado.
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