OS CEM DIAS
Discute-se na mídia a importância de o atual governo poder anunciar, ou não, grandes progressos conseguidos em seus primeiros 100 dias de administração. Aqueles que são favoráveis a esta nova gestão defendem a irrelevância de qualquer julgamento com base nos primeiros 100 dias.
Outros, porém, apontam que a falta de realizações em tal período já é um indício de grande
inoperância. Temos alguns exemplos da importância dos primeiros 100 dias que relacionamos a
seguir.
Os primeiros “100 dias” que queremos destacar é o período que ocorreu entre o desembarque de
Napoleão Bonaparte na França, quando se evadiu da Ilha de Elba e até a sua abdicação.
Deslocando-se por estradas secundárias, arregimentando tropas no caminho, ele entra em Paris
praticamente sem resistência. Em poucas semanas ele arregimenta um novo exército de 150 mil
soldados, invade a Bélgica e Alemanha, mas acaba sendo derrotado em Waterloo. Ele volta para
Paris, abdica, é preso e deportado para a Ilha de Santa Helena, no meio do Oceano Atlântico,
próxima da África do Sul. Estes 100 dias ficaram assim como um prodígio de acontecimentos,
eventos, desde a mobilização de reservistas, formação do exército, e uma quase vitória de
Napoleão. Perdeu, mas perdeu por pouco.
Outros “100 dias” emblemáticos que a História registra, são aqueles que sucedem a data da posse do presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt, no início da década de 30 do século XX. O país estava em meio a uma grande depressão. Filas de desempregados esfomeados e veteranos da Primeira grande guerra desamparados tomavam as ruas. O sistema bancário estava praticamente quebrado. Roosevelt e sua equipe criaram, então, um amplo pacote de medidas em diversos campos: financeiro, sistema regulatório, energia, obras públicas e outros. Promoveram novas regras empresariais de governança, controle de holdings e de tarifas públicas. Este conjunto de ações, chamado de “New Deal”, foi submetido ao Congresso local que tudo aprovou. Tais medidas habilitaram os Estados Unidos a entrar na Segunda Guerra Mundial, quase uma década depois, como um país renascido e forte e vencê-la.
Dos eventos acima, entre outros, extrai-se a “mística” dos “primeiros 100 dias” como marca de
determinação e conhecimento do que deve ser feito. Governos de diferentes partes do mundo
trabalham com este foco quando assumem a gestão. Procura-se um criar um pacote emblemático de leis que reflitam as plataformas de campanha como um tributo de agradecimento ao eleitorado. Aqui no Brasil, temos o exemplo dramático do governo Collor de Mello, com a extinção de ministérios, privatização de empresas e congelamento de poupanças.
A última observação sobre os 100 dias é a que ocorre na troca de comando de uma empresa em
crise.
Neste exíguo prazo, uma nova filosofia de gestão deve ser colocada em prática. Há uma
reconhecida série norte-americana de livros sobre negócios chamada de “Os primeiros 100 dias”.
Ali se aponta um receituário que consta de cinco etapas: 1) Diagnóstico, 2) Medidas de
contenção de gastos, 3) Reorientação das linhas de produção, 4) Política de relacionamento com
credores e fornecedores e, finalmente, o imprescindível 5) Alinhamento de interesses entre
acionistas, gestores e empregados. Este conjunto é conhecido com o pacote de medidas
necessárias para a virada da empresa, ou, em inglês, o “turnaround”.
Os exemplos acima apontados - os 100 dias de Napoleão, o “New Deal” do Presidente Roosevelt
(que acabou se elegendo por três mandatos sucessivos) ou, no contexto empresarial, os
“turnarounds” - consolidaram os 100 dias como algo muito importante. Isto porque consolidou-
se a noção de que existe um problema se ao final de 100 dias as coisas não estão claras, os rumos não estão certos, ainda se discute quem ocupará o posto X ou o posto Y ou a equipe de gestão não está completa.
Vários fatores podem estar contribuindo para isso, mas o mais sério é não se ter planejado o que
era mais urgente começar. Enfim, estamos no dia 87 do atual governo. Faltam 13 dias para que
ocorra o milagre que o Brasil todo espera.
Escute!
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