top of page

O Nal


Antônio Henrique Lago.

Antônio do avô paterno.

Henrique do avô materno.

Lago de Lago mesmo.


Esse é o Nal (de general, porque, como irmão mais velho, sempre gostou de mandar nos outros).

Pelo que eu soube, foi um excelente levantador do time de vôlei do Fluminense nos anos 1960.

Se formou no clássico (naquela época tinha disso) do colégio Melo e Souza.

Teria sido um grande advogado, se quisesse, como, aliás, teria sido bom demais em qualquer coisa, porque desde criança desenvolveu a mania irritante de ser bom em tudo.

Quase foi guerrilheiro.


Escolheu ser jornalista (quase um guerrilheiro).

Já como repórter da Última Hora, no início da carreira, foi obrigado a ver seus amigos de faculdade e militância passando por um corredor polonês nas escadarias de um quartel da PM.

Vomitou.

Mas escreveu a matéria, a melhor matéria.

E, como jornalista, escreveu HISTÓRIA.


Cobriu e chefiou a cobertura de grandes eventos, nacionais e internacionais.

Foi ele quem acompanhou Inês Etienne Romeu na localização da Casa da Morte, em Petrópolis (RJ), de onde ela foi a única sobrevivente (quem quiser saber mais sobre essa história é só pesquisar).


Sinceramente, se alguém quiser saber um pouco mais sobre o Brasil das últimas décadas do século XX deveria entrevistá-lo, ou contratá-lo.


Da minha parte, só posso dizer que sempre quis ser tão bonito como ele, com aquele queixo enorme.

Sempre quis ser como meu irmão mais velho.

Inteligente feito ele.


Quis sempre ler tão rápido como ele, que sabia os segredos da leitura dinâmica.

E, como ele, sempre quis saber o jeito de saber de tudo.

Queria pra mim aquele físico bonito, que caía tão bem tanto em blusas de Ban-Lon quanto naquele uniforme horrível do CPOR.


Queria, como ele, ter fumado cigarros Lincon e cantado "se a meleca cheirasse" pelas ruas de Copacabana, e dançado tuíste na sala do nosso apartamento da rua Bolívar, numa daquelas festas da nossa vida.


Eu nunca disse ao meu irmão o quanto o amo e o quanto tenho orgulho de ser seu caçula.

Mas pode ter certeza, Nal, eu te amo muito e tenho muito orgulho de você e de ser seu irmão.

Antes que eu comece a chorar, quero dizer que ele, o Nal, completou 74 primaveras em agosto.

Tudo de bom, irmãozão.

Parabéns, velhão.


Até a próxima esquina.


 

Música.


Família Mário Lago na Música



 

Leia mais!

 

Samba-jazz e Chorinho do Brasil!



Música do Brasil



Cedro Rosa Digital cria Plataforma mundial de Música, em 10 idiomas,

para gerir direitos autorais e licenciar músicas, em parceria com grandes players mundiais.

Conheça mais de 3 mil músicas certificadas.


Veja como participar aqui.


+ Confira também

destaques

Essa Semana

bottom of page