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O mês vertiginoso do 11 de setembro, do adeus ao amigo, do voto útil


Lais Amaral Jr


Carta a um amigo cirista: estamos juntos!


O gesto do assumido eleitor de Ciro Gomes, o músico Tico Santa Cruz, em declarar sua adesão ao chamado ‘voto útil’, numa postagem no Twitter (que viralizou), é digno de aplausos. Eu tenho amigos que também desistiram de votar em Ciro, devido o momento delicado pelo qual passamos. Mas continuam ciristas.


É legitima a decisão desses amigos em escolher o Ciro como o candidato ideal. É legitimo acreditarem ser o plano de governo proposto por Ciro o melhor para o país. Só que o atual contexto subverte a lógica e nos põe diante de uma decisão que torna temerário querer mostrar para a sociedade que o país não se divide em duas concepções políticas, ideológicas. É nobre acreditar e defender suas ideias. Mas é preciso refletir sobre o nosso momento. Essa é, certamente uma eleição diferente de todas as outras das quais participamos. Estamos, realmente, situados entre votar pela civilização ou nos entregar à barbárie. Não adiantará de nada Ciro ter seus 7%, 10% dos votos, não ir adiante, Bolsonaro ir para o Segundo Turno das eleições e corrermos o risco da avalizarmos a continuidade da pavimentação dessa estrada que nos conduz ao fascismo, ao nazismo.


Samba-Jazz e Choro, escuta essa, na playlist da Spotify!


Onde estará Ciro e suas ideias num país mergulhado no caos de uma ditadura de extrema direita? Num país com as instituições corroídas por dentro, manietadas, e nas mãos do Führer tropical? E isso não é exagero meu amigo. Veja como o mundo se preocupa com o resultado das nossas eleições deste ano. Como disse Tico Santa Cruz, você não precisa fazer o “L”, se enrolar numa toalha ou abraçar o Lula. O voto útil, em Lula, é o voto para o país ser reencaminhado à Democracia, para que Ciro Gomes e outros, possam livremente defender suas posições e continuar tentando convencer a maioria de que há outros caminhos.


É apenas um intervalo nessa caminhada, amigo cirista. Você não vai negar as suas crenças políticas e ideológicas e sim dar uma contribuição para que nossa gente possa ter esperanças que um dia o país será melhor, que seus filhos terão futuro, e que isso possa acontecer, quem sabe, num futuro governo de Ciro Gomes. É hora de ter grandeza meu amigo. Ciro não vai desistir para não ser incoerente com tudo que fez até agora na campanha, da qual ele está refém. Mas você eleitor cirista, está livre para decidir. Não estará traindo seu líder e nem a si próprio. Estará sendo mais um valente ajudando a colocar nossa casa em ordem, realçando valores como tolerância, solidariedade, respeito ao próximo e liberdade. A vitória da reação a Bolsonaro tem que vir no Primeiro Turno. Estamos juntos!



A maioridade do 11 de Setembro


Domingo passado completou 21 anos o atentando às “torres gêmeas” em Nova York. Fora a infinidade de versões, sejam sérias, sejam teorias da conspiração, sejam o que for, o que sobra mesmo é o que diz Noam Chomsky em seu livro ’11 de Setembro’. A ação da Al Qaeda, organização supostamente responsável pelo atentado, foi na verdade uma reação a todas as agressões dos Estados Unidos a tantos países soberanos. E aí segue uma fileira de Guatemala, Granada, Nicarágua, Iraque, Afeganistão, Vietnã, Irã, entre outros (e por que não, o Japão de Nagasaki e Hiroshima) - Essa parte é minha. O livro, de 2002, editado pela Bertrand Brasil pode ser encontrado, bem baratinho, na Estante Virtual.



Adeus ao meu amigo Hugo


E foi nesse domingo, 11 de setembro, que recebi pela WhatsApp a informação sobre o falecimento do grande amigo, Hugo Freitas, um nobilíssimo morador de Mesquita, na Baixada Fluminense. Hugo estava internado há algum tempo, sofrendo com um câncer agressivo. Não resistiu. Há uma semana ainda dialogamos pelo mesmo WhatsApp, que era nosso canal de comunicação. A repercussão não demorou. O jornalista, e também amigo, Enock Cavalcanti, hoje radicado em Cuiabá, autor do ótimo Blog (Página do E) registrou a passagem, no Facebook. Outro amigo, o poeta Eucanaã Ferraz, muito amigo do Hugo, acompanhou de perto sua agonia e sentindo muito, definiu Hugo como uma personalidade exuberante. Numa crônica futura eu falo desse personagem. Mais gente deveria conhecê-lo. Personagens não morrem. Hoje não tem música. Parodiando Paulinho da Viola, ninguém compreenderia um samba nessa hora. Abraços!


 

Evandro Lima e seu lindo trabalho na Cedro Rosa.



 

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