O amigo José
Carlos Fernando Gross, para CRIATIVOS!
Um amigo, dileto amigo, disse-me certa feita que eu era um preguiçoso completo – aquele comentário me chocou, um amigo não deprecia o outro com tamanha ênfase. Neguei e me defendi.
Não gostei do que ouvi, mas hoje sou grato.
Tinha carradas de razão o José. Desde então, consciente desta marca, tenho procurado me corrigir; preguiça e falta de persistência.
Há muito tempo venho procurando escrever qualquer coisa sobre qualquer coisa. Tenho postergado este início; a desculpa é que quando começar não pararei mais. Tenho muito a opinar, conceituar, contar? Quem vai querer ler? Preguiça pura.
Escrevo a mão com papel e caneta; redigir no teclado não é fácil para mim.
Escrever admitindo que tenho algo a dizer exige persistência e determinação.
Os pensamentos passam por minha cabeça e escorrem rapidamente; que eu pensava há minutos – se foi – Vai voltar? Pode ser.
Tenho que ir anotando, fragmentos para depois juntar e procurar coerência.
Posso escrever sobre história; história do Brasil fascinante e analisada no seu conjunto; geografia ligada à história; os estreitos geográficos que continuam sendo o gargalo político e militar do mundo.
Sobre a importância do povo de um país para que unido forme uma nação; o peso da língua para as nações, seu conhecimento e identificação do passado comum, das lutas pela unidade territorial da defesa de seu espaço.
Música: um tema também fascinante; a arte mais criativa da humanidade; não é natural é absolutamente humana. Lenin dizia que se tivesse ouvido mais o concerto do Imperador de Beethoven teria esquecido a Revolução Russa.
Nosso país que sobrevive com alegria e tantas dificuldades, sem lutas intestinas, sem revolta sangrenta, povo dócil e altivo. Este momento do país e do mundo, áspero e muito pouco generoso que acredito passará. “Tout passe” nós também.
A inteligência unida à honestidade intelectual.
As dores musculares e a diabetes: o tempo finito, o derradeiro retrato na estante, a memória e a vaidade.
A miséria ao lado do meu carro que passa na favela da Mangueira onde uma mendiga catava o que comer na lixeira com dois filhos pequenos, um em cada mão.
Fecho a janela e olho em frente. Nada a fazer?
A escola de Chicago manda não fazer nada.
Fecho a janela e esqueço!
Escute a playlist da Spotify com músicas sobre o Rio de Janeiro.
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