Geofísica Forense: Quando a ciência desvenda mistérios
- Redação

- 9 de set.
- 3 min de leitura

Quando pensamos em solucionar crimes ou buscar desaparecidos, a imagem que nos vem à mente é de investigadores e detetives. Mas a ciência também tem um papel crucial nesse trabalho. A geofísica forense é uma área que utiliza métodos geofísicos para auxiliar na solução de crimes, tragédias e questões ambientais.
Um dos nomes de referência no Brasil é o professor Jorge Luís Porsani, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP. Ele é especialista no uso do Ground Penetrating Radar (GPR), ou georadar, uma tecnologia de ponta que consegue “enxergar” o que está escondido sob a terra.
Segundo o professor, o GPR é uma metodologia de alta resolução, não destrutiva, ideal para encontrar corpos ou objetos enterrados clandestinamente. Embora seja uma ferramenta versátil, usada para estudos geológicos, ambientais e até arqueológicos, sua fama mundial veio de um caso específico.
Casos que marcaram a história da geofísica forense
Um dos exemplos mais icônicos do uso do GPR aconteceu na chamada "Casa dos Horrores", em Londres, em 1994. A polícia investigou o local e, com o radar, encontrou anomalias no quintal e dentro da casa. A escavação revelou ossadas enterradas, algumas até dentro das paredes. O sucesso do método naquele caso ganhou destaque global e provou seu potencial para auxiliar na perícia criminal.
No Brasil, o professor Porsani também atuou em buscas complexas. Ele participou da procura por desaparecidos da ditadura militar em Xambioá, no Tocantins. A equipe localizou ossadas em um cemitério clandestino, e a tecnologia permitiu direcionar a escavação.
A tragédia de Brumadinho, em 2019, trouxe um desafio único. A lama com alto teor de argila e água era um obstáculo técnico para o GPR. "Não tínhamos o direito de recusar", lembra Porsani, ressaltando o compromisso com a sociedade. A equipe foi ao local, testou a tecnologia e conseguiu mapear anomalias a até três metros de profundidade. O trabalho, embora não tenha encontrado corpos, foi fundamental para poupar esforços e recursos, indicando áreas onde não havia nada soterrado. Como o professor explica, a geofísica ajuda a encontrar uma "agulha em um palheiro", mas desde que se esteja no palheiro certo.
Tecnologia no horizonte
O futuro da geofísica forense já está sendo desenhado. Porsani aponta que o uso de drones para carregar as antenas do GPR permitirá mapear grandes áreas de forma mais rápida e precisa, incluindo terrenos de difícil acesso. A inteligência artificial também será uma aliada na interpretação dos dados, mas não substitui a experiência do geofísico, que é essencial para analisar e validar as informações.
Para preparar os futuros profissionais, o IAG-USP mantém laboratórios práticos. Nesses "sítios controlados", são enterrados objetos de diferentes materiais para simular alvos reais, incluindo experimentos para entender a decomposição de corpos, o que garante um treinamento de alto nível para os desafios da geofísica forense.
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