FOME DO CÃO: A CIDADE QUE LADRA NAS TELAS DE IAN SALAMENTE
- Redação
- 22 de jul.
- 4 min de leitura
Prepare-se para uma porção caprichada de arte que te fará questionar tudo! No dia 23 de julho, às 19h, a Zipper Galeria abre as portas para "Fome do Cão", a primeira individual de Ian Salamente em São Paulo. E pode apostar: essa exposição é um prato cheio de reflexão sobre as entranhas da vida urbana.
Com a curadoria afiada de Rayssa Veríssimo – a mesma mente brilhante por trás de "Do sal ao estreito" no Centro Cultural Correios em 2025 –, "Fome do Cão" mergulha de cabeça nas margens da cidade, explorando as fissuras e belezas de um cotidiano muitas vezes invisível. A mostra é um mix poderoso de pinturas que revelam o olhar único de Salamente sobre o nosso dia a dia. Ah, e fica a dica: tem trabalhos inéditos e uma pintura que já foi destaque no 16º Salão dos Artistas Sem Galeria!
Nascido em Cabo Frio e radicado no Rio de Janeiro, Ian Salamente é um mestre em transformar o "comum" em "extraordinário". Grades, muros, bueiros, toldos, antenas parabólicas e até as camisas de futebol de várzea viram protagonistas em suas telas. Aquilo que a gente nem repara, sabe? Em suas obras, o que parecia insignificante ganha uma voz potente, revelando as contradições sociais que pulsam nas veias da cidade. É a vida urbana nua e crua, sem filtros!
E a "fome" no título, meu amigo? Ela vai muito além da literal. É a fome por afeto, por sustento, por um lugar no mundo, por reconhecimento. É o grito silencioso das múltiplas urgências que atravessam a experiência urbana. Sentiu o drama?
A curadora Rayssa Veríssimo jogou a real sobre a inspiração de Ian:
"Os cachorros que Ian pinta vivem na rua onde ele mora, e ele frequentemente os observa enquanto se alimentam dos restos do comércio local, ao final do dia. Retratados com marcas vermelhas, esses cachorros estabelecem uma relação com a iconografia de São Sebastião, símbolo de resistência contra a fome, representado pelas flechas em seu corpo. O cachorro, então, se torna uma figura de resistência que, assim como o santo, carrega no corpo os sinais de um sacrifício diário, mas que insiste em sobreviver aos moinhos da cidade."
Genial, né? Os cachorros de rua de Ian Salamente se transformam em verdadeiros ícones de resistência, assim como São Sebastião. Eles são a prova viva de que, mesmo diante das adversidades, a vida insiste em florescer. Uma metáfora poderosa para a luta diária de muitos nas grandes cidades.
Ian Salamente já brilhou no 16º Salão dos Artistas Sem Galeria, evento da Zipper Galeria que valoriza artistas que ainda não têm representação. E foi justamente por lá que ele foi descoberto e convidado para integrar o programa da galeria. Um talento que merecia ser visto!
SOBRE O ARTISTA
Ian Salamente (1997, Cabo Frio, RJ) é um artista visual e pintor que respira arte desde os 10 anos, quando começou a pintar a óleo em sua cidade natal. Sua produção é um mergulho nos símbolos urbanos da cultura brasileira e latino-americana, com uma pegada forte nas vivências do cotidiano. Em 2025, ele já nos presenteou com sua primeira individual, "Do sal ao estreito", no Centro Cultural Correios, e deixou sua marca no 16º Salão dos Artistas Sem Galeria na Zipper Galeria. Fique de olho, que esse nome promete!
SOBRE A CURADORA
Rayssa Veríssimo (2000, Cabo Frio, RJ) é artista e curadora com um currículo de peso! Mestranda em Artes Visuais pela PPGArtes-UERJ e bacharel pela mesma instituição (com direito a intercâmbio na Bélgica, chique né?). Desde 2024, ela coordena o ateliê da incrível Panmela Castro. Rayssa já foi selecionada para residências importantes e atuou como curadora em diversas exposições, como a própria "Do sal ao estreito" de Ian Salamente. Essa mulher é puro talento e visão!
NÃO PERDE POR NADA!
Exposição: Fome do cão Curadoria: Rayssa Veríssimo Abertura: 23 de julho de 2025, às 19h Período expositivo: 23 de julho a 23 de agosto de 2025 Local: Zipper Galeria – Rua Estados Unidos, 1494 – São Paulo, SP
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