Cosmopolitas: 12 artistas brasileiros em exposição coletiva no centro da cidade do Rio de Janeiro
O CCJF apresenta obras de artistas s que trabalham, na fotografia, questões em torno da política da natureza em seus mais variados elementos, através dos corpos, das ausências e dos territórios. Cada um(a), à sua maneira, cria formas específicas para pôr em prática essas composições. A cosmopolítica não tem a ambição de pacificar; pelo contrário, ela quer tornar toda negociação mais complicada, já que cada vez mais seres precisam ser consultados para a formação de um arranjo conjunto. Na composição dessa densa teia cósmica, a exposição conta com obras de 12 artistas, incluindo uma dupla e um coletivo, de diferentes partes do país, com trajetórias e histórias particulares. A reunião desses trabalhos e a proximidade que eles estabelecem entre si criam momentos para desacelerar o raciocínio. As imagens nos fazem hesitar para, assim, criar uma sensibilidade distinta em relação aos problemas que nos mobilizam. A ideia de uma cosmopolítica permite manter aberta a questão de quem e o que pode compor um mundo comum.
Curadoria:João Castilho e Pedro David
Música de alta qualidade.
A exposição baseia-se em três linhas de investigação que se sobrepõem. A primeira, cosmopolíticas da terra, reúne obras que expõem os diferentes acordos de vizinhança, em que os artistas se engajam no caminho para a constituição de um território. Na segunda, cosmopolíticas dos fantasmas, as obras são povoadas pelas sombras dos que não têm, não podem ter ou não querem ter voz política, mas desafiam a razão por, ainda assim, insistirem em compor a paisagem. Já em cosmopolíticas dos corpos, as obras mostram como os artistas fazem passar pelo corpo os diversos embates entre os entes humanos, os não humanos e os seus ambientes. Mas as camadas de sentido entre produção, fruição, curadoria e exibição podem fazer com que essas linhas se entrelacem, contaminem-se e se transformem para dar ao público a chance de redescobri-las e reordená-las de acordo com os próprios critérios.
Escute essa playlist de violão brasileiro, na Spotify. Repertório Cedro Rosa.
A cosmopolítica não é uma teoria a ser ilustrada. Trata-se de uma prática a ser vivida, desde a realização de cada trabalho, passando pelo processo de curadoria, até a circulação da exposição e seu contato com o público. Aqui, usamos a forma de uma mostra coletiva para tecer nosso comentário sobre tal complexidade em que nos propomos viver. Cada trabalho, de cada artista presente, traz-nos estratégias para negociar seu lugar no cenário global, com suas angústias, necessidades e possibilidades discursivas. As negociações, as alianças, as contradições e os fracassos ocorrem em todos esses níveis.
Artistas participantes
Araquém Alcântara Bárbara Lissa e Maria Vaz (Duo Paisagens Móveis) Breno Rotatori Denilson Baniwa Eustáquio Neves Francilins Gilvan Barreto Julia Baumfeld Luisa Dörr Paulo Nazareth Selvagem Ciclo de Estudos Tuane Eggers
Período: de 4 de março a 23 de abril
Horário: de 3ª a domingo das 11h às 19h
Galerias do 1º andar
Gratuito
Centro Cultural Justiça Federal Endereço: Avenida Rio Branco, 241 Centro – Rio de Janeiro – RJ
Telefone: (21) 3261.2550
A trilha sonora adequada
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