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CHURCHILL – A FORMAÇÃO DE UM DEMOCRATA


José Luiz Alquéres, editor

 

O livro recente de Andrew Roberts, Churchill – Walking with Destiny, não é apenas mais uma publicação sobre esse grande estadista do século XX. Ele é, também, um documento importante sobre a construção de uma personalidade invulgar a partir de muito estudo da história, exploração de talentos individuais, uma grande ambição e a capacidade de ir mudando suas convicções ao longo do tempo. Quem ler essa biografia verá que Churchill muda seguindo caminhos derivados da vontade coletiva do eleitorado britânico.

 

No início da sua vida política, o jovem Churchill é um oficial do exército que busca a glória arriscando a sua vida em batalhas na Índia e, depois, na África do Sul. Sua ideologia é o maior radicalismo imperialista, considerando os indianos e os africanos raças inferiores, incapazes de se governar e que deveriam viver permanentemente agradecidos pelo Império Britânico conduzir as suas respectivas sociedades. Churchill nunca perdeu de todo essa visão imperialista, pois a ela correspondia manter a grandeza atingida pela Inglaterra no auge da Era Vitoriana, aquela na qual “o sol nunca se punha nas terras do Império”, uma maneira poética de representar a sua longa extensão.

 

Usando os seus dotes excepcionais de escritor e a faculdade do Exército permitir que seus oficiais escrevessem crônicas para os jornais e revistas, Churchill enviava regularmente para a Inglaterra, e era remunerado por isso, seus artigos. Em linguagem épica, valorizando seus atos de heroísmo e do Exército Britânico, adquiriu muita popularidade, o que o fez ser eleito membro do parlamento logo que chegou de volta à Inglaterra.

 

Churchill era um aristocrata, descendente do duque de Marlborough, o grande general inglês vencedor de batalhas contra Luís XIV, da França, e que foi premiado com fundos para construção do palácio de Blenheim, o mais fantástico castelo da Inglaterra, mais imponente mesmo do que qualquer um de propriedade dos reis. Sobre isso, ele dizia que a família Churchill havia moldado grandes construções e elas, por sua vez, haviam moldado o caráter de seus descendentes.

 

Tendo sido excluído da propriedade desse palácio pela lei que regia a sucessão na Inglaterra, Churchill foi também não qualificado para pertencer a Câmara dos Lordes, que funciona como o Senado naquele país, mas que é preenchida por hereditariedade. Esse primeiro aspecto, de conquistar pelo voto popular o seu assento na Câmara dos Comuns é um primeiro movimento seu em direção à democracia e a falar uma linguagem compreensível para o grande público.

 

Sua atuação na Câmara é intensa, participando sempre dos debates e dos grupos de pressão, notabilizando-se por uma combativa defesa do imperialismo inglês e por ser radicalmente contrário ao voto feminino, ou seja, nada democrático.

 

A defesa do imperialismo inglês vai leva-lo a participar de um ministério quando seu grupo político chega ao poder. Escolhido para o comando da Marinha, demonstra uma grande visão estratégica empenhando-se na modernização da frota inglesa, o que será fundamental para o seu domínio mundial dos mares, consagrado na I Guerra Mundial.

 



Escute o texto aqui.


Sofre, porém, uma enorme derrota ao propor e falhar na operação militar de tomada de Galipoli, na entrada do estreito que liga o Mediterrâneo ao Mar Negro. Perdendo o posto de Ministro da Marinha, abre mão do seu mandato, pede a sua reintegração no Exército, e vai comandar um Regimento, na linha de frente, escapando da morte por muitas vezes.

Continua escrevendo os seus artigos e começa, também, a escrever livros, como a biografia do seu antepassado, o duque, a biografia de seu pai e a história dos povos de língua inglesa, que lhe valerão, mais tarde, o prêmio Nobel de literatura.

No período entre as guerras, Churchill é o arauto do reequipamento da Marinha, do Exército e da nascente Força Aérea, a RAF, o que após anos de ostracismo o fará primeiro-ministro nove meses após o início da II Guerra Mundial.

Desde então, a sua defesa dos ideais de liberdade, de democracia, de condenação do nazismo e do fascismo e a sempre presente condenação do comunismo, o tornaram conhecido como o maior paladino da democracia e da civilização cristã ocidental. Seu exemplo de intransigência em relação à governos que, sob as mais variadas escusas, atentam contra a liberdade, é até hoje uma grande inspiração na cultura política do Ocidente.

Leiam o livro! Está traduzido para a nossa língua!

 

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