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Brasil e Criativos no Centro do Mundo



Reflexão sobre evento Agenda 2030/ Rio de Janeiro



Passei a última semana no Museu do Amanhã, onde aconteceu o evento Rio2030, planejado e organizado pela equipe da área da Secretaria de Estado de ambiente e Sustentabilidade do Estado do Rio de Janeiro (SEAS) , destacando-se como curadoras Ana Asti e Agatha Tomasi.


As agendas/painéis foram ocupadas por lideranças políticas do Rio, como economistas, juristas, especialistas em questões ambientais dentre outros.


Um dos temas que impactou os debates e a mim, em particular, foi colocado por Paulo Protasio, presidente executivo da Câmara de Indústria e Comércio do Rio de Janeiro (CAERJ), com o cartaz "O Brasil no Centro do Mapa". Foi destacada a importância do Brasil devido às suas dimensões geográficas, suas florestas preservadas, com a maior diversidade de espécies vegetais e animais no mundo, o potencial de gerar energias limpas e ainda as questões da poluição dos nossos oceanos com plásticos e a posição do país diante da crise ambiental.


Em diversas falas durante a RIO2030 o falecido Jaime Lerner era mencionado com suas ideias de inovação, acessibilidade, ocupação de espaços públicos para parques de uso coletivo e sua revolução arquitetônica na cidade de Curitiba.


No início dos anos 80 trabalhei na Prefeitura de Curitiba e tinha Lerner como um grande parceiro de inovação e de apoio para novas experiências.


Naquela época não existia o conceito de ESG para empresas, mas tanto Lerner e eu carregávamos a cultura judaica de sustentabilidade, solidariedade e justiça social.


Voltando à semana da agenda Rio2030 da semana passada, ouvi muitas experiências exitosas internacionais e nacionais.


Foram impactantes os relatos de lideranças do governo fluminense, como Nicola Miccione e Leonardo Soares sobre a CEDAE ( Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro), sua missão, visão e valores na nova gestão, a mudança de mentalidade a respeito dos objetivos e metas da empresa e sua estratégia de envolver empresas privadas para facilitar novos investimentos e serviços de qualidade.


Fomos apresentados às estatísticas que demonstravam o baixíssimo índice de investimentos em saneamento de governos anteriores , os problemas da geosmina e as as perspectivas das mudanças na área de saneamento e melhoria das condições sanitárias da população do estado do Rio de Janeiro, além dos efeitos dos investimentos e da participação de empresas privadas em saneamento, empregabilidade, saúde, sustentabilidade com dados que deixaram a plateia vibrando.


Havia uma diversidade de pessoas assistindo, com destaque para adolescentes do maior programa Ambiente Jovem, que tem 6.000 alunos que estão se capacitando em Educação Ambiental.


A ideia é preparar as novas gerações para enfrentar todos os tipos de poluição, escassez, e as crises climáticas, fenômenos já percebidos por toda humanidade.


Em breve seremos 8 bilhões!


Quanto mais eu ouvia, mais me recordava do que se pensava em Curitiba, para transformação social e econômica e como e o que se pensa, já que estive em missão especial por lá em março/22.


Dentre as participações, destacaram-se nas áreas do governo federal a Petrobras e o BNDES. Orçamentos de bilhões indicaram a riqueza e as possibilidades , mas as informações não faziam sentido com a realidade de milhões de brasileiros que ainda seguem sem educação e saúde dignas, sem saneamento, água potável, habitações decentes, com deficiência em alimentação, ou seja com péssimas qualidade de vida, em especial população do norte e nordeste.


No dia 20 de junho o BNDES completará 70 anos.


Inegável a participação do BNDES em diversos setores de nosso país. O que me chama a atenção é a área social, a desigualdade e o papel do banco neste quesito. Quais são os indicadores sociais que o banco usa para planejar a aplicação de seus recursos? Como o banco se vê no problema sanitário, na educação precária e nas implicações destas questões para o nosso bem estar e desenvolvimento.


Em meio a minhas indagações, volto ao arquiteto Jaime Lerner que pensou antes de tudo no fortalecimento do Instituto de Planejamento e Pesquisas Urbanísticas de Curitiba (IPPUC), fundado em 1965 e presidido por ele em1968.


O grande diferencial do arquiteto foi perceber há décadas a importância dos dados de pesquisas voltados para planejar e executar políticas públicas e a estratégia de só permitir atuar nos centros de pesquisas planejamento e nos centros decisórios, pessoal técnico qualificado, prevenindo escolhas duvidosas. O IPPUC é uma entidade técnica independente da área executiva e tem a missão de analisar, aprovar e ou reprovar iniciativas que tragam danos à população.


Lerner sempre soube que a acessibilidade poderia fazer toda diferença na vida das pessoas. E revolucionou o transporte de Curitiba.


Ao lado de Lerner como prefeito, fui gestora de um Centro Social Urbano ( CSU), aos 23 anos de idade e descobri o poder da inovação e da criatividade na vida das pessoas!


O CSU era um local com creche para liberar as mulheres para seus trabalhos e estudos; salas de cursos de artesanato e projetos de desenvolvimento comunitário. O mais impactante que realizamos foi a parceria entre prefeitura e moradores para melhorar as condições sanitárias local.


Por falta de recursos a prefeitura criou a indústria de manilhas artesanais, doava para os moradores e a comunidade as instalava em regime de mutirão.


Prestei concurso público na época e me tornei funcionária pública concursada com o nome do meu primeiro marido: Silvia Rosa Zonenschein.


Lerner e eu conhecíamos o modelo de kibutz que havia ajudado a ocupação territorial de Israel, onde ambos fomos trabalhadores voluntários.


Israel aos 74 anos é uma potência! Centenas de empresas unicórnios movem o país. A geografia é desértica, desprovida de combustível fóssil, com pouquíssimos recursos hídricos.


Que conclusões podemos obter a partir de todos estes relatos?


Nosso país é uma potência! O estado do Rio de Janeiro segue sendo a capital Cultural e Criativa do Brasil.


Recursos temos, e muitos!


Precisamos unir forças e fazer cumprir os propósitos das instituições nas áreas de Educação, Social, Trabalho, Saúde dentre outras.


As soluções estão em nós, desde que sejam criados grupos de técnicos especializados, criativos e respeitando o critério da diversidade.


 

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