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AUTOCRACIA, DEMOCRACIA, HIPOCRISIA.

 

Assiste-se hoje nas redes sociais e mesmo nos canais de televisão e outros meios de comunicação a discussão sobre Democracia, termo que adquiriu uma verdadeira sacralização como se pudesse ser tão perfeitamente definido que o mínimo desvio quanto a esta definição já causasse um enorme horror.

 

Na antiga Grécia, tido como inventora da Democracia, na cidade-estado de Atenas, não chegava a 10% do total de habitantes o número de possíveis eleitores, uma vez que não votavam mulheres, escravos, menores, estrangeiros, ainda que lá radicados e outros excluídos. Ao longo da história, o conceito foi evoluindo. Mesmo entre nós, já houve período em que não votavam os analfabetos ou aqueles que não possuíam propriedades, as mulheres e mesmo os militares, pois, servidores do estado – e não governo, não podiam exercer preferência partidária. Há 65 anos, quando entrei na Faculdade, menores de 18 anos não votavam.

 

O conceito de Democracia, o pior dos regimes com exceção dos todos os demais, segundo Churchill, tem sofrido interpretações variadas segundo a conveniência dos governantes. Ele mesmo era contrário ao voto feminino e considerava pretos e indianos raças inferiores.

 

Vamos citar alguns casos emblemáticos: Fernando Gabeira, grande jornalista, em uma entrevista a um repórter neófito que lhe perguntava sobre seu suposto passado de lutador pela Democracia, respondeu rindo: “Lutávamos pela Democracia qual nada, lutávamos pela ditadura do proletariado!”

 

O presidente Lula defendeu em várias ocasiões o regime venezuelano de Chávez e Maduro como o mais democrático das Américas. Mencionou para comprovar o que dizia o grande número de plebiscitos que realizaram. Embora depois da última “eleição” venezuelana ele tenha limitado seus comentários, o alinhamento entre Brasil, Venezuela e Nicarágua - e a troca de afabilidade com Vladmir Putin, parece indicar que ou não sabe o que é Democracia ou quer alimentar uma grande hipocrisia.

 

Após a Segunda Guerra Mundial até a queda do muro de Berlim coexistiram duas Alemanhas: A República Federal da Alemanha, capital em Bonn, com eleições regulares e a República Democrática Alemã que de democrática nada tinha: era uma autocracia comunista, cuja ruína antecedeu alguns meses a da antiga União Soviética.

 

É triste vermos no noticiário atual esta palavra tão importante para o futuro da humanidade ser utilizada levianamente tanto pelo governo como pela oposição, pelo Judiciário ou pelo Legislativo, pelos meios de comunicação e por respectivas agências reguladoras, como se a sua definição pudesse se adequar às conveniências momentâneas de cada um.

 

Konrad Adenauer, em sua sabedoria já denominava a Democracia uma planta frágil. Ele, sem conhecer os extremos de falta de escrúpulos que atingiria muitos políticos e jornalistas, estava absolutamente certo quanto ao Brasil. Nós brasileiros ao olharmos o mundo que nos cerca – com eleições para presidente da China com um único candidato vencendo por 2.300 votos a zero ou para os Estados Unidos, onde o presidente da república demite o comandante geral das forças armadas, um homem preto, criticando o incentivo a políticas de inclusão e diversidade nas organizações militares, acelera o desmonte de governança mundial que tão duramente evoluía desde o fim da Segunda Guerra – só podemos achar que o problema não é apenas nosso, é geral.

 

Espero que a ameaça comum da perda da sustentabilidade do planeta faça suas diversas nações acordarem para um futuro cooperativo, independente de qualquer regime político, embora que privilegie os direitos universais da humanidade.

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