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A música e o bolso

A pandemia veio comprovar que sem a música a gente morreria de solidão, angústia e tédio. Nos momentos do isolamento, enquanto a ciência sai à procura de uma vacina, a música vai cuidando da alma, através de CDs , mídias musicais e até debaixo do chuveiro.

Mas música não é capim – que , aparentemente, surge do nada.


A música precisa de agentes para a sua criação e sua manifestação. É aí que entram os compositores, intérpretes e instrumentistas, mostrando o caráter social da música, já que esses agentes precisam de grana para pagar o aluguel, se alimentar, se vestir , comprar remédio etc...


Profissionalmente, temos que pensar a música como se ela fosse uma cara com diversas expressões : os gêneros. Inicialmente, dividamos esse organismo em duas espécies : a música clássica e a música popular, e fiquemos com a segunda opção, que é a minha praia.

Entendo os gêneros musicais divididos em dois setores : o da Indústria cultural – que interfere no gosto estético - , e o da cultura de massa – onde a empatia estética ocorreria espontaneamente.


O samba – que seria um exemplo de cultura de massa -, há algum tempo, tornou-se o primo pobre dessa atividade, onde a música é tomada como um artigo de consumo.

O enredo “ Xica da Silva “, de 1963, do Salgueiro, foi um divisor de águas na história do samba, pois o seu samba-de-enredo – de autoria de Anescarzinho e Noel Rosa de Oliveira – chamou a atenção da mídia fonográfica e radiofônica para as obras criadas pelos compositores das Escolas de samba... e começou chover na horta do samba.


No final dos anos 70, os sambas-de-quadra das Escolas de samba começam a perder a ´primazia para os “ sambas do Cacique de Ramos “, que passam a prevalecer no repertório dos discos e nas grades das programações das emissoras de rádio. Enquanto este ciclo se desenvolve, os gêneros apadrinhados pela Indústria cultural vão ganhando força, até conseguirem dominar todos os espaços das mídias musicais de massa e atrair multidões para os seus shows espetaculares.


O samba, além de perder os seus redutos – morros e favelas, agora chamados de comunidades – para o funk, foi exilado da programação das emissoras de rádio que atingem um público massivo. E a coisa veio piorando... Chegamos ao ponto em que uma parcela significativa dos profissionais do samba tiveram que recorrer aos espaços abertos – praças e ruas – para poderem exercer o seu ofício e ganhar uns caraminguás.

Nas rodas-de-samba que rolam nos espaços abertos, esses profissionais têm que contar com a boa vontade e o espírito de solidariedade da galera presente.

Atualmente, de modo geral, o samba – e estou me referindo ao chamado samba de raiz – está de chapéu na mão.


Quanto aos direitos autorais – que dizem respeito aos compositores - , nada a comentar aqui, já que eles são um capítulo à parte...


 

Toninho Nascimento é um grande compositor brasileiro.

Suas músicas fazem sucesso nas vozes de Clara Nunes, Roberto Ribeiro, Paulinho da Viola e Elizeth Cardoso, entre outros, alem de terem sido enredo da GRES Portela, no Carnaval carioca.

Suas obras inéditas estão disponíveis para gravações na Cedro Rosa.


Conheça algumas perolas aqui.


O que é meu / Toninho Nascimento e Toninho Geraes ( escute )

Ginga de Angola / Toninho Nascimento e Evandro Lima ( escute )

Aruandê, Aruandá / Thiago da Serrinha e Toninho Nascimento ( escute )

 

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Compositores, bandas e artistas podem registrar suas musicas e fazer contratos de distribuição e licenciamento e empresas da midia como TVs, Radios, produtoras de cinema e conteudo em geral podem licenciar essas obras devidamente certificadas diretamente no site da Cedro Rosa.

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