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A AUTODESTRUIÇÃO DE UMA CIDADE




Roma, em seu auge, chegou a ter um milhão de habitantes. Dez séculos depois, sequer possuía cinquenta mil. Até o século XIX, havia a convicção geral que aquele panorama de uma cidade em ruínas e decadente seria resultado das inúmeras invasões bárbaras às quais a cidade havia sido submetida. Foi apenas a partir de então que o historiador Edward Gibbon, em sua magnifica obra “Declínio e Queda do Império Romano”, chamou a atenção para o fato da destruição física da cidade ser resultado das ações de seus próprios moradores. Estes, inicialmente destruindo templos e monumentos de seus deuses pagãos no início do cristianismo e depois saqueando construções desocupadas, ainda que de grande valor arquitetônico, haviam arrasado aquela que fora a maior cidade do ocidente.


Hoje em dia, estamos assistindo a uma outra forma de autodestruição, aquela produzida por algumas ações nocivas dos seus habitantes, demolidoras de suas instituições e desmoralizadoras da ordem pública, dentre elas, primeiro, a desobediência generalizada às normas e regulamentos que regem a vida em comunidade; em segundo, o desrespeito à autoridade constituída, a qual frequentemente estão associadas a corrupção ou a parceria com o crime; por fim, o desprezo à tolerância e à aceitação da diversidade, o que gera a enorme violência entre as pessoas.


A primeira dessas causas é o não respeito à Ordem, aqui entendida como aquele conjunto de disposições legais regulamentares ou hábitos culturais valorizados pelas coletividades civilizadas, quando decidem compartilhar a vida em espaços urbanos. Assim, o código de obras, o código de posturas municipais, o respeito à educação no trânsito, ao uso dos espaços públicos, com parques e calçadas, tudo que, na pratica, se constitui em respeito ao semelhante. Em sociedades em que o excesso de ordem predomina, acaba existindo autoritarismo e engessamento de atitudes. No extremo oposto, a liberdade sem limites leva à licenciosidade e à desordem civil. Portanto, e, matéria de Ordem, o equilíbrio deve ser a tônica.


A segunda causa, é o reconhecimento da necessidade de delegar a uma autoridade superior, legítima, aceita consensualmente, eleita democraticamente, o direito de promover a ordem e aplicar sanções aos que a descumprem. Isso exige duas coisas muito importantes: a participação dos cidadãos na vida pública e a dignidade das autoridades.


A terceira causa é entender que em se tratando de seres humanos uma enorme diversidade é de se esperar e a vida urbana exige um grande respeito a tudo que diferencia as pessoas: cor da pele, religião, condições sociais, hábitos e outras manifestações que de todos requererão flexibilidade e tolerância. Nem mesmo as autoridades devem fugir de considerar este aspecto ao exercer o seu papel, pois se arriscam a incorrer em abuso de poder quando exageram na interpretação do mandato que recebem por delegação da sociedade.


As grandes metrópoles do século XX estão sofrendo o que se pode considerar essas três causas. Podemos associa-las a “cupins” que devoram as instituições e que, portanto, precisamos desinfetá-las, exterminando tais agentes nocivos.

 

A economia criativa emerge como uma solução inspiradora para revitalizar centros urbanos em declínio e comunidades remotas, impulsionando o desenvolvimento econômico e cultural.



Três exemplos notáveis incluem a transformação de antigas fábricas em espaços de arte e tecnologia, o resgate de tradições culturais locais para gerar renda sustentável e a promoção de startups de base comunitária.


Em centros urbanos degradados, iniciativas têm transformado áreas industriais abandonadas em hubs criativos. Exemplo disso é o bairro de Poblenou, em Barcelona, onde antigas fábricas deram lugar a espaços de coworking e centros de inovação.

Nas pequenas comunidades, projetos focados na preservação de artesanato tradicional, como cooperativas de artesãos, têm proporcionado fontes de renda alternativas, fortalecendo a identidade cultural e a economia local.



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Através desses exemplos, fica evidente como a economia criativa pode ser um motor poderoso para a revitalização urbana e o fortalecimento de comunidades, oferecendo oportunidades inovadoras e sustentáveis para diversos setores, como a música independente impulsionada pela Cedro Rosa Digital.

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