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Áreas de institutos de pesquisa não podem ser vendidas em São Paulo, decide TJ-SP



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Sem recurso do estado, processo transitou em julgado. Ação que motivou decisão foi movida pela Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC)


Campinas, 28 de maio de 2025 – O governo do estado de São Paulo está proibido de vender áreas pertencentes a Institutos de Pesquisa, a maioria fazendas experimentais, sem antes apresentar um plano de ação sobre pesquisas realizadas nestes locais, estudos econômicos e o montante da área a ser alienada. A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), proferida em abril, transitou em julgada nesta terça-feira (27), após o governo não recorrer à medida, determinada após ação movida pela Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC).


“Espera-se que a decisão do Tribunal de Justiça, ao determinar que estudos econômicos e sobre as pesquisas científicas sejam realizados antes de colocar à venda esse patrimônio, possibilite ao administrador enxergar, inclusive de forma numérica, que o valor social, econômico e ambiental que as pesquisas regionais geram supera com folga o valor patrimonial da área, mesmo as mais valorizadas pelo mercado imobiliário”, comentou Helena Goldman, advogada da APqC.



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O processo envolve a venda de 1,3 mil hectares, de 35 áreas da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), ligadas aos Institutos Biológico, Agronômico de Campinas (IAC), de Pesca, de Zootecnia (IZ) e da APTA Regional . As fazendas experimentais estão espalhadas pelo estado, nos municípios de Campinas, Cananéia, Dois Córregos, Gália, Iguape, Itapetininga, Itararé, Jaú, Jundiaí, Mococa, Monte Alegre do Sul, Nova Odessa, Palmital, Peruíbe, Pindamonhangaba, Piracicaba, Pirassununga, Registro, Ribeirão Preto, São Roque, Sertãozinho, Tatuí, Tietê e Ubatuba.


A ação da APqC foi movida após o governo convocar uma audiência pública para discutir a venda das propriedades, que foi impedida de ser realizada por uma liminar concedida em primeira instância.


No TJ-SP, além de importante necessidade de plano de ação e estudo econômico, o desembargador Kleber Leyser de Aquino estabeleceu prazo mínimo de dez dias para que essas informações sejam repassadas à comunidade científica antes de uma nova audiência pública.

“Esses eixos informativos são essenciais para o fim de respaldar a opinião da comunidade científica sobre a proposta de venda, tendo em vista ainda os impactos que ela pode causar no trabalho desenvolvido pelos institutos científicos”, escreveu o magistrado.

Segundo a APqC, a lista de fazendas inclui propriedades centenárias, historicamente usadas para gerar conhecimento científico e para agregar valor à produção agrícola em São Paulo e no Brasil.



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"Mais do que uma vitória da ciência, esta decisão do Tribunal de Justiça representa um sopro de esperança na defesa dos Institutos de pesquisa, das áreas de experimentação científica e dos pesquisadores que há mais de um século ajudam a enfrentar os desafios da sociedade, produzindo ciência de qualidade nas áreas de agricultura, saúde e meio ambiente", afirma Dra. Helena Dutra Lutgens, presidente da APqC.


Mobilização

O anúncio de que o governo pretendia vender áreas experimentais da agricultura gerou mobilização desde o ano passado. A Federação da Agricultura do Estado de São Paulo (Faesp) chegou a enviar um ofício ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) solicitando para "reconsiderar" a ideia de venda da Fazenda Santa Elisa, do IAC, que abriga o maior banco de germoplasma de café do Brasil e diversos estudos, como pesquisas sobre a macaúba, que desponta como alternativa de biocombustível . Um abaixo-assinado também foi realizado contra a venda da propriedade.

Em março, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) informou que estuda tombar fazendas que integram a chamada Rota do Café, que interliga o litoral paulista e o interior do Estado de São Paulo.


Lista de fazendas ameaçadas:

Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento em Agricultura Ecológica

São Roque, São Paulo


Entreposto Pesca

Iguape

Instituto de Pesca

Peruíbe

Chacrinha

Campinas

Residência Para Funcional

Nova Odessa

Residência Para Funcional

Nova Odessa

Alojamento Alunos PG-IZ, Conjugada com o Imóvel SGI 3229

Nova Odessa

Alojamento Alunos PG-IZ

Nova Odessa

Residência Para Funcional

Nova Odessa

Residência Para Funcional

Nova Odessa

Instituto Zootecnia - Terreno

Nova Odessa

Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Mococa

Mococa

Pólo Regional Desenv. Tecnol. Agroneg. do Leste Paulista

Monte Alegre do Sul

Pólo Regional Desenv. Tecnol. Agroneg. do Centro Sul

Piracicaba

Núcleo Regional De Pesquisa De Ribeirão Preto

Ribeirão Preto

Unidade De Pesquisa E Desenvolvimento De Tietê

Tietê

Centro Avançado de Pesquisa e Desenvolvimento de Bovinos de Corte

Sertãozinho

Centro Experimental de Campinas - Fazenda Santa Elisa

Campinas

Centro Avançado de Pesquisa e Tegnológica do Agronegócio de Cana

Ribeirão Preto

Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Jaú

Jaú

Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Ubatuba

Ubatuba

Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento da Galia

Gália

Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento de Itararé

Itararé

Área Experimental Agroflorestal Sustentável de Palmital

Palmital

Antiga Unidade de Pesquisa de Piscicultura e Ectiologia

Dois Córregos

Instituto de Pesca

Registro

Núcleo Regional De Pesquisa Do Litoral Sul | 3233

Cananéia

Ilha da Casca

Cananéia

Núcleo Regional De Pesquisa De Pirassununga (Parte Do Imovel Cedido Para A Prefeitura Municipal De Pirassununga)

Pirassununga

Centro Avançado de Pesquisa em Proteção de Plantas e Saúde Animal

Campinas

Centro Avançado de Pesquisa e Desenvolvimento de Engenharia e Automação - FUNDO IMOBILIÁRIO - L_16338 - 2016

Jundiaí

Unidade Regional De Pesquisa E Desenvolvimento De Itapetininga

Itapetininga

Unidade Regional De Pesquisa E Desenvolvimento De Pindamonhangaba

Pindamonhangaba

Núcleo Regional de Pesquisa de Tatuí “Armando Pettinelli” - FUNDO IMOBILIÁRIO L_16338

Tatuí

Instituto de Zootecnia

Nova Odessa




Veja como funciona.





Sobre a APqC

Fundada em 1977, a Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) representa servidores de 16 Institutos Públicos de Pesquisa do Estado, nas áreas de Meio Ambiente, Agricultura e Saúde. Além de criar o desenvolvimento da ciência, como instrumento de transformação socioambiental do Estado de São Paulo, a entidade tem como missão imposta em seu estatuto a defesa dos institutos e da carreira de pesquisador científico, criada em 1975, além do patrimônio público ligado à pesquisa, incluindo prédios históricos e fazendas experimentais. Uma entidade defende a recriação dos Institutos Florestal, de Botânica, Geológico e da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), extintos em 2020*.

Os pesquisadores representam pela APqC atuando nos institutos:


Meio Ambiente: Instituto Florestal*, Instituto de Botânica*, Instituto Geológico* (Integra a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, infraestrutura e logística).


Agricultura: APTA Regional, Instituto Agronômico de Campinas (IAC), Instituto Biológico, Instituto de Economia Agrícola (IEA), Instituto de Pesca, Instituto de Tecnologia de Alimentos, Instituto de Zootecnia (Integrama a Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento).

Saúde: Instituto Adolfo Lutz, Instituto Butantan, Instituto Dante Pazzaneze de Cardiologia, Instituto Lauro de Souza Lima, Instituto Pasteur, Instituto da Saúde, SUCEN*, Laboratório de Investigação Médica-LIM HC-USP (Integram a Secretaria de Estado da Saúde).


Mais informações: apqc.org.br




Entrevista com a Professora Joseana, líder do projeto CERTIFICA SOM, da Cedro Rosa.

Acesse agora nossa plataforma, música certificada disponível para download e licenciamentos.



Mulheres no Samba, excelente playlist na Spotify / Cedro Rosa.



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