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Valmir Maia, um vascaíno em Barbacenae sempre de olho nas entre linhas da História


Valmir Maia_escritor_fonte: Lais Amaral

Valmir Maia, é professor e escritor de romances com bases na história. Se define como humanista e vascaíno, "por causa da mais bela história do futebol brasileiro". Nasceu em Resende-RJ, onde trabalhou no Arquivo Histórico da cidade e na Secretaria Municipal de Educação. Atualmente reside em Barbacena-MG, cidade que escolheu para viver e atuar como professor de História. É formado pela UNIRIO e especialista em História do Brasil.


Tem três livros publicados e um em gestação, que pretende lançar ainda este ano. Valmir é coautor do livro Resende Passado e Presente, vencedor do prêmio Eugênia Severo (resgate e preservação da memória) – Instituto de Estudos Valeparaibanos (IEV) 2016. Em 2021 lançou A Tragédia de Abril, vencedor do prêmio Macedo Miranda (destaque cultural / literatura) – Prefeitura Municipal de Resende (2021) e em 2022, publicou A Verdadeira Liberdade

 

CRIATIVOS - Ser escritor ou ser professor fazia parte dos seus sonhos de criança? 

 

VALMIR MAIA – Não, nem no mais longínquo sonho. Trabalhei mais de vinte anos em indústrias químicas. Somente quando meus filhos foram para a universidade é que voltei a pensar em estudar novamente. Minha vida mudou quando fui fazer a faculdade de História.

 

CRIATIVOS - A motivação para o primeiro livro foi o envolvimento com a história de Resende, trabalhando no Arquivo Histórico ou foi a vivência com o ensino na Secretaria de Educação? 

 

VALMIR MAIA – Com certeza foi no Arquivo Histórico. Aquela atmosfera é carregada de energias diversas que impregna na gente. Viver alguns anos trabalhando ao lado do saudoso Claudionor Rosa me contagiou com a história de Resende. Foi justamente esse envolvimento com a história de Resende que me levou para a Secretaria Municipal de Educação.

 

CRIATIVOS - Na sua opinião, o livro, no seu formato físico, ainda é um objeto de relevância no contexto atual, ou já caminha para o rol dos objetos em desuso, como a velha antena de TV, a lâmina de barbear, a dentadura postiça, entre outros? 

 

VALMIR MAIA – Ele já está se adaptando aos novos formatos, no entanto, acredito que sempre terá sua relevância no formato físico. Manuseamos um livro não só pela leitura em si, mas também pela memória afetiva que o cheiro do papel nos traz. As novas tecnologias, como a inteligência artificial, podem nos ajudar na literatura, porém jamais substituirá a emoção do ser humano na criação de histórias, que são sentidas por outro ser humano ao serem lidas.

 

CRIATIVOS - Você concorda com a opinião de que a Ficção Histórica pode ajudar no ensino, na absorção da História? Pode ser útil nas escolas?  

 

VALMIR MAIA – Concordo plenamente. Os alunos só se interessam pela História quando se sentem parte dela e a trama ficcional os atraem para dentro da História. Já tive a honra de participar desse processo. Uma escola de Resende-RJ (E.M. Noel de Carvalho) e outra de Barbacena-MG (Escola Bilíngue Angher) já adotaram meu primeiro livro A Tragédia de Abril, para turmas de sexto e oitavo ano. Ambas me convidaram para conversar com os alunos e foi a experiência mais incrível que já vivi como professor de História.

 

CRIATIVOS – Quem você admira na literatura? Qual o autor ou autores você mais lê e que até podem tê-lo influenciado? 

 

VALMIR MAIA – Muitos autores me influenciaram e continuam me influenciando, porque, como na vida, a literatura está sempre se reinventando. Autores como Gabriel García Marquez, Jorge Amado, alguns contemporâneos, como, Airton Souza e Tiago Novaes, além dos clássicos da pesquisa histórica.

 

CRIATIVOS - Barbacena é uma cidade emblemática sobre vários aspectos. A história local já mexe com sua inspiração?  

 

VALMIR MAIA – Sim, tenho pensado muito em escrever alguma coisa sobre Barbacena, mas, ainda não me sinto seguro. É uma cidade cuja história se assemelha, em vários aspectos, com a história de Resende. E, a história de Resende foi construída, em grande parte, pelos mineiros.

 

CRIATIVOS - Dá pra adiantar alguma coisa sobre o novo projeto de livro? 

 

VALMIR MAIA – Sim, já estou na fase final e pretendo lançar no segundo semestre desse ano. Se trata da terceira e última parte da trilogia do casarão do Paço Municipal. Esses três livros são ambientados no mesmo local, mas em tempos diferentes (1884, 1913 e 1964 -1968) e essa terceira parte se passa no período militar.

 

CRIATIVOS - Valmir, fale algo que gostaria de falar e eu não perguntei.  

 

VALMIR MAIA – Primeiramente agradecer a oportunidade. Gostaria também de salientar a importância da história local e regional, principalmente, nas escolas. Mais eventos literários são necessários para atingirmos mais leitores. Temos uma diversidade imensa de pessoas escrevendo, com qualidade, na nossa região. Por isso insisto que devemos ler mais nossos autores locais.


Lais Amaral Jr, para o portal CRIATIVOS!

 

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