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RIO DE JANEIRO, A LINDA ALDEIA




O ultimo sábado foi um dia radiante. Acordei tarde, com um lindo sol e, como de hábito, ouvindo as manchetes no rádio, já tive duas notícias que mudavam nosso panorama: a primeira, nas próximas eleições presidenciais o confronto esquerda e direita deverá ser entre candidatos novos. Renovação mais do que oportuna. A segunda, é que o Rio de Janeiro, de acordo com o IBGE, perdeu população ao longo dos últimos anos.


Parti para o Leblon, onde, no Bar Clipper, participei da benção do ônibus “URUBUS” que leva fanáticos torcedores do Flamengo ao Maracanã. Um ambiente familiar que me fez lembrar a velha Roma que, de um milhão de habitantes no auge do império, reduziu-se para apenas trinta mil em trezentos anos. Em outras palavras, cidades podem virar aldeias – e o Leblon tinha essa aparência: crianças, velhos, famílias, bandinha de música e um padre. Chopp e salgadinhos correndo à farta. Pessoas que, senão se conheciam, pelo menos se referenciavam. Cidadania também exige esse ambiente, que favorece a participação na vida comunal.


Peguei um táxi e parti para visitar a Igreja Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores, na Praça XV, centro da cidade. Eis que a voz conhecida de Jacyra Lucas, uma craque na comunicação empresarial e irmã da querida Liliana Rodrigues, no viva-voz do motorista, Roberto, reservava uma corrida para a Associação Comercial do Rio de Janeiro na segunda-feira, onde eu também estaria presente. A ideia do “Rio Aldeia” se reforçou naquele momento.


Chegando na Igreja, Claudio André de Castro, que liderou e bancou a sua reforma, maravilhosa, recém-inaugurada por Dom Orani, Cardeal do Rio, nos recebeu principescamente. Ninguém melhor para nos ciceronear na visita. Trabalho que, aliás, ele passa as manhãs de sábado e domingo a fazer com justo orgulho.


Saindo dali, fui tomar um café na Tabacaria Africana, a segunda loja mais antiga do Rio de Janeiro. A conversa com seu proprietário, Isaac de Almeida, um dublê de comerciante e arqueólogo, com reconhecidos trabalhos de escavações históricas no local, foi uma aula de História e sensibilidade. A Tabacaria é um ambiente extremamente acolhedor e fala de um passado nostálgico por meio de vários testemunhos e produtos expostos em suas prateleiras.


A fome apertou e depois de passar pela frente da restaurada sede histórica do Supremo Tribunal Federal, hoje um museu, fui almoçar no restaurante Cais do Oriente. Fantástico ambiente, iluminado por uma grande claraboia que proporciona uma incomparável e natural iluminação zenital. A cozinha e o serviço não decepcionam.


A impressão de aldeia teve continuidade quando encontrei, por acaso, no restaurante os queridos Inês e Sergio Costa e Silva, que, ao longo deste mês de julho, estão capitaneando mais uma edição do Festival de Harpas do Rio de Janeiro. Já os havia encontrado na véspera e voltei a encontrá-los, sem nada marcar, no dia seguinte.


A sucessão desses encontros entremeados de conversas agradáveis, inteligentes e afetuosas, sob as vistas de uma paisagem urbana tradicional, acolhedora e conhecida desde que eu me entendo por gente, não tem como não reforçar o amor a esta cidade que me viu nascer e que, na dinâmica das diversas atividades que presenciei: noticiário radiofônico, transporte público, serviço de bar, diversos grupos musicais, uma feira de antiguidades na Praça XV, a Igreja e sua grande obra de restauração, o centro da cidade, outrora morto, em plena vibração, enfim, o Rio vai reviver. Na realidade, o processo está em andamento. Todos os cariocas e amantes da cidade têm uma responsabilidade em contribuir para este renascimento.


Aristóteles, há quase 2.500 anos, escreveu que a grande cidade ideal deve funcionar como um organismo complexo formado por cidades pequenas que se complementam. Nosso planejamento urbano precisa voltar a praticar esta secular lição e vermos o Rio com os seus bairros/aldeias, cada um com suas qualidades e culturas, compondo uma grande cidade harmônica.


 

Arte e Cultura, milhoes de emprego, bilhoes de reais em renda e bilhoes de dólares em divisas



Além do impacto que o estudo do Observatório Itaú Cultural causou, ao esclarecer que a Cultura e a Economia Criativa geram 3.11% do PIB, no Brasil, outras informacoes sao fundamentais para se entender a importancia estrategica deste segmento.



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