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O PAPEL DAS EMPRESAS NO FUTURO DOS PAÍSES


José Luiz Alquéres, editor

  

O estudo da História nos mostra que a formação dos estados nacionais resulta de um processo evolutivo para o qual concorrem seus modos de produção, hábitos e costumes de populações, crenças religiosas, características étnicas e uma profusão de circunstâncias que vão se manifestando ao longo do tempo.

 

Além disso, os grandes países comerciais sempre se notabilizaram pelas suas cidades costeiras, entrepostos que organizavam fluxos de bens e serviços para outros, enquanto os países de grandes dimensões e interiores constituem-se em economias agrárias mais voltadas para dentro, no sentido de um menor intercâmbio com outros.

 

As instituições políticas dos países, por inspiração das cidades costeiras na Grécia Clássica caminharam para florescer na democracia, estruturando-se em torno de pessoas, seus interesses de classe e suas estruturas de poder. O nome “democracia” vem de “demos”, povo, em grego.

 

Com a evolução, o intercâmbio de bens e serviços entre regiões se estruturou nas atividades industriais e comerciais conduzidas por organizações denominadas empresas, entidades que congregam pessoas em torno de finalidades específicas de produção de bens e serviços. Ao longo do tempo, as empresas se tornaram as entidades que reúnem a maior proporção da população dos países. Em seu conjunto, possuem mais empregados, colaboradores e dependentes que qualquer partido político, sindicato, torcida de clube de futebol e, mesmo, quase sempre, seguidores de uma das muitas religiões existentes.

 

Pela natureza competitiva que as empresas possuem, o seu agrupamento em associações muito frequentemente busca a defesa de interesses comuns a um determinado setor, como, por exemplo, a agroindústria, a indústria têxtil, a indústria de petróleo, e outras. Essas associações procuram influenciar o processo político através de seus lobbies frente aos poderes executivo, legislativo e judiciário, focadas no que importa para os segmentos que representa, o que contribui para a dificuldade na composição de soluções que atendam à sociedade como um todo.

 

A construção de um país, ou, melhor dizendo, a reconstrução de um país frente aos desafios disruptivos no ambiente físico, nas relações de trabalho, nos modos e costumes das pessoas, suas ideologias e concepções do mundo e nas mudanças econômicas, hoje esbarra na enorme diversidade de opiniões dos indivíduos e na falta de canais adequados para representá-los no plano político. Os sindicatos, os partidos políticos e até mesmo os grupamentos religiosos, hoje enfrentam dissidências internas crescentes, que, ao que tudo indica, só tendem a ampliar as disputas e enfraquecer a união de interesses.

 

No cenário traçado, as entidades que, por sua natureza, possuem uma grande convergência interna no tocante aos seus objetivos, são as empresas. Para sua própria sobrevivência, já perceberam que não devem viver como antigamente, apenas focadas em resultados financeiros. Hoje, já se estruturam para atender suas crescentes responsabilidades em relação ao ambiente físico, econômico, social e político que as envolve.


Protocolos de comportamento, como o chamado ESG, promovido pela Organização das Nações Unidas, impõem um padrão de comportamento acima das próprias legislações dos países e a obediência a essas regras se tornará impositiva no plano do comércio internacional. As regras do ESG se voltam a que todo tipo de produção seja crescentemente amigável em relação ao meio-ambiente, favorecendo a redução das emissões de carbono e a sustentabilidade do planeta.

 

Torna-se, assim, necessário que as empresas reivindiquem, no plano político, um papel direto tão importante quanto os difusos interesses das pessoas, suas associações ideológicas, religiosas ou corporativistas. Como responsáveis pela geração de riqueza que sustenta a população mundial, as empresas têm legitimidade para ter um papel institucional no quadro político, diretamente ou através de suas associações plurais. Atualmente, elas são apenas chamadas, via aumento dos impostos que são obrigadas a recolher, para sustentar a criatividade oriunda da total falta de compromisso com o futuro das representações políticas criadas por estruturas de poder que o tempo tornou obsoletas.


Contrariamente as pessoas físicas que falecem, as empresas, bem chamadas pessoas jurídicas, podem ter existência indefinida e, portanto, a elas devem ser imputados maiores deveres e responsabilidades em relação ao futuro da humanidade.


Escute aqui o artigo.




 

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