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Foto do escritorJosé Luiz Alquéres

O CENTRO DO RIO TEM JEITO?

A resposta é sim. mas temos que exigir que sejam utilizadas muitas competências e especialmente muita criatividade e inovação. Pensar o tema veio da oportunidade de participar ,a convite de Iara Nagle ,de um Webinar da ABEA - Associação Brasileira das Engenheiras e Arquitetas, entidade fundada pela Engenheira Carmen Portinho em 1937, grande engenheira e desenhista industrial, também fundadora da ESDI. A bem da verdade o tema era como fazer das calçadas do Rio algo atrativo. Com aquele privilégio do primeiro a falar poder influenciar os demais , parti logo para focar o problema nas calçadas do centro do Rio, onde a Prefeitura desenvolve o projeto Reviver Centro. É uma excelente iniciativa. Os centros das cidades que cresceram muito até meados dos anos 70, no mundo inteiro, se tornaram disfuncionais ; são em geral especializados em comércio e serviços que o ocupam pouco mais de um terço do dia. Na maioria, seus edifícios se tornaram obsoletos: dois choques do petróleo e uma transição energética afastaram os automóveis e a internet, o 5G e a Inteligência Artificial - IA para os íntimos - modificaram totalmente a sua razão original de existir.

No debate viemos a consensar, eu e os dois debatedores, de muito maior gabarito, Economista Sérgio Besserman e Paisagista Cecilia Herzog, que um projeto deste tipo para ser bem sucedido, necessita cumprir vários requisitos. Deve ser pensada a continuidade através uma entidade própria, estatal no início , mas aberta a que este controle seja passado adiante num modelo de governança adequado, que dê continuidade ao longo das mutantes e sucessivas administrações públicas. Estatal no início, porque o primeiro aporte de recursos tem que ser para construir hotéis de passagem e centros de habitação popular para moradores de rua e de baixa renda. A infraestrutura física disponível no centro encontrará assim o seu mais nobre uso: resgatar uma vexaminosa dívida social. Mas há que haver uma rationale econômica no projeto. Para isso discutimos a definição do que se entende por Centro do Rio, a meu ver a área entre a costa da Baía de Guanabara e uma via de circulação que sairia do Cais do Porto ( um dia será realmente maravilha) na Pequena África, desceria pela Camerino, Av Passos, Av República do Paraguai e chegaria à Av Augusto Severo e Beira-Mar. Mas pode ter outra definição. O importante é que nessa aí o metro quadrado do imóvel não vale em média 3 mil reais, mas se a área inteira for retrofitada pode chegar a 12 mil reais em 12 anos. Isso significa uma valorização bruta de 12 por cento ao ano. Há que se considerar no cálculo da valorização, abater os investimentos necessários, o que poderá ser feito ao se distinguir suas duas origens - os públicos e os privados. Bancos multilaterais poderão ser utilizados e esse projeto poderá ser paradigmático para outras cidades.


Ouça Brasileiro da Gema, de Tuninho Galante e Marceu Vieira.


A prioridade dos investimentos públicos é fácil estabelecer. Começa por criar nesta área habitação decente para os que têm necessidade, como os moradores de rua, trabalhadores de rua, assalariados de baixo poder aquisitivo. Existem muitas áreas sem uso no interior dos quarteirões, onde hoje, durante o dia , se abrigam ônibus e vans piratas . Projetos de sua utilização com recuperação dos sobradinhos do tempo do Império que definem estes quarteirões, permitirão dar vida e criar condições de recuperar as calçadas. Há 15 anos a Light desenvolveu com a Cia City, responsável pelos bairros Jardins, de São Paulo , o projeto denominado Rua Larga, não implementado por conflitar com a orientação diversa dada aos projetos ligados à Olimpíada do Rio. Outra tarefa importante a ser empreendida pela dita Companhia Imobiliária, em conjunto com a Associação Comercial, Firjan e Clube dos Diretores Lojistas é criar legislação de apoio e incentivo ao comércio de rua . As secretarias de fiscalização de posturas e da fazenda tem que realmente conduzir uma ação orquestrada para impedir ambulantes e outras formas de informalidades que matam o comércio regular mas aspectos legais inibem algumas ações , bem como põe limites irreais às Secretarias Sociais no tocante à moradores de rua.


Ouça Meu Rio, Meu Vício, com Aurea Martins e o Cordão do Boitatá.


As intervenções arquitetônicas devem compatibilizar as calçadas com a densidade de ocupação de quarteirões, cabendo para isso tanto a demolição de alguns prédios quanto o alargamento das calçadas. Soluções modernas de ciclovias e transportes elétricos no interior deste perímetro permitirão o alargamento das calçadas, a sua arborização, a criação de pracinhas, a transformação de Clubes como o Jóquei do Centro e o Ginástico em clubes de frequência maior , o verdejamento de coberturas , a construção de marquises que protejam transeuntes do calor excessivo e da chuva. Assim, tudo caracterizando uma área funcionalmente nova onde se concentra uma riqueza arquitetônica e cultural, uma orla marinha a receber instalações para o uso humano de uma baía de Guanabara despoluída e tudo . Os bairros vizinhos de Santo Cristo, Gamboa. Praça da República, Lapa , Catete e Glória se beneficiariam por indução e processos semelhantes neles ocorreriam a partir desta virada. É muito, é. Mas tem que ser iniciado já e com mentalidade empresarial. Muitos anos atrás Lacerda criou a Codesco. Companhia de Desenvolvimento de Comunidades que conduziu o belo Projeto de Brás de Pina urbanizando a favela lá existente. Marcílio Marques Moreira foi o seu Presidente. Está na hora de se pensar grande e com a atuação social na frente, eliminando a chaga aberta que transformou o nosso centro da cidade.



Ouça a música VELHO MALANDRO, de Gisa Nogueira.

Homenagem à Lapa boêmia, no Rio de Janeiro.


 

Assista a Live com José Luiz Alqueres, Cecilia Herzog, Iara Nagle e Sérgio Besserman

Revitalização do Centro do Rio de Janeiro





 

Rio de Janeiro em músicas.



Samba do Rio.


 

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