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O CACHORRO QUE SE RECUSOU A MORRER, no Centro Cultural Justiça Federal


O cachorro que se recusou a morrer - foto © Fernando Valle

Nesse drama bem humorado, a memória afetiva do ator-autor Samir Murad (o Dr. Silvério da novela Terra e Paixão), filho de imigrantes libaneses, mistura tempos e espaços, tocando uma dimensão onírica do real. O argumento de O cachorro que se recusou a morrer, novo espetáculo do ator e autor Samir Murad, que divide a direção com Delson Antunes, deriva de suas memórias e das histórias contadas por seu pai, um imigrante libanês em sua luta pela sobrevivência numa terra estranha. Conflito, êxodo, o novo mundo, casamento por encomenda, saúde mental afetada, são conteúdos que, como um mascate andarilho, o ator mambembe carrega em sua mala e pretende vender ao seu público. Dessas referências nasce um contato intimista e revelador entre artista, teatro e espectador. Após temporadas de sucesso, em teatros de Copacabana, Botafogo e Leblon, o espetáculo retorna em cartaz no dia 19 de novembro, no Centro Cultural Justiça Federal, localizado na Cinelândia, Centro do Rio, onde fica em cartaz até a segunda quinzena de dezembro, sempre aos domingos, às 16h.

Um casamento por encomenda e uma tríade formada pelo pai, a mãe e a irmã mais velha, afetada mentalmente (inclusive por internações) pelo casamento sem amor dos pais. Marcas que não desvanecem e perpassam por toda a relação familiar do autor-ator, extraídas não apenas de suas memórias, mas de relatos gravados por seu próprio pai antes de falecer. Conflitos que estão em cada um de nós e ajudarão a resgatar sentimentos no público, por meio de recursos cênicos despojados, apoiados principalmente pelo trabalho de corpo e voz do ator.

O texto oscila entre o drama e o humor, trazendo à cena uma cultura machista, forjada em dogmas religiosos que até hoje permeiam a maioria dos lares brasileiros. Em alguns momentos, projeções mesclam imagens criadas com fotos reais antigas, assim como da casa onde tudo se passou, o que acentua o clima dos escombros da memória. A forte presença da trilha sonora, marca a cultura árabe familiar. Não faltam ao espetáculo os gestos, a mímica e as pantomimas que emprestam emoção à palavra.



 

Música certificada para trilhas sonoras, na Cedro Rosa Digital.



 

Por trás de uma cena de família (da família do ator-autor), muitos aspectos da cultura árabe – alguns deles em gritantes conflitos com os costumes brasileiros – precisam ser revisitados. Começando pela submissão da mulher, a intolerância religiosa, o poder tribal do patriarca. – Quero lhes apresentar essa história porque acredito que ela cumpre a função essencial do Teatro: emocionar e provocar uma reflexão sobre a condição humana. Depois da trilogia Teatro, Mito e Genealogia – a partir de uma pesquisa de linguagem cênica, baseada em conceitos e práticas teatrais de Antonin Artaud –, representada pelos meus trabalhos anteriores: Para Acabar de Vez com o Julgamento de Artaud (2001); Édipo e seus Duplos (2018); e Cícero - A Anarquia de um Corpo Santo (2019), proponho com O cachorro que se recusou a morrer uma nova forma de narrativa, mais simples, mais contida e essencial. Meu foco, aqui, é a alma do texto. O diálogo com o público –, declara Samir Murad. Ficha técnica Criação, texto e atuação: Samir Murad Direção: Delson Antunes e Samir Murad Cenografia: José Dias Figurino e adereços: Karlla de Luca Desenho de Luz: Thales Coutinho Trilha Sonora: André Poyart e Samir Murad Direção de Movimento: Samir Murad Videocenário: Mayara Ferreira Assistente de direção: Gedivan de Albuquerque Assessoria de Imprensa: Ney Motta Programação Visual: Fernando Alax Fotos: Fernando Valle Produção executiva: Wagner Uchoa Realização: Cia Teatral Cambaleei, mas não caí…


 

Eliane Lage, a principal estrela da Cia Vera Cruz, pioneira no cinema nacional.



 

Serviço Local: Centro Cultural Justiça Federal Endereço: Av. Rio Branco, 241, Centro, Rio de Janeiro. Próximo a Estação Cinelândia do Metrô Rio. Informações: 21 3261-2550 Temporada: 19 de novembro a 17 de dezembro, aos domingos, às 16h. Valor do ingresso: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia-entrada) Vendas na bilheteria do Teatro ou antecipadas pelo site Sympla: https://www.sympla.com.br/produtor/ocachorro Capacidade de público: 141 pessoas Classificação: 10 anos Duração: 75 minutos Drama bem humorado

 

As artes, o teatro, a música, o cinema e a economia criativa desempenham um papel crucial no desenvolvimento de um país, promovendo o pertencimento cultural e impulsionando setores econômicos.



Ao gerar empregos e renda, essas expressões artísticas contribuem para o fortalecimento da identidade nacional e a diversificação da economia.


 

Mulheres no Samba, escute agora!



A Cedro Rosa Digital tem sido uma peça fundamental no estímulo ao mercado de música independente global. Através da certificação, distribuição e licenciamento de obras e gravações, a empresa proporciona segurança aos artistas independentes, garantindo a proteção de seus direitos autorais. Além disso, ao facilitar o acesso dos artistas ao mercado internacional, a Cedro Rosa Digital contribui para o aumento das divisas do país, fortalecendo a presença da música independente brasileira no cenário global e impulsionando a receita do segmento.

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