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O BRASIL É SUSTENTÁVEL?



 

Na recente conferência mundial das nações unidas sobre clima realizada em Dubai, COP 28, o Brasil assumiu a responsabilidade de realizar a COP 30, o que deverá ocorrer em Belém do Pará, em 2025. A motivação é clara: atrair a atenção dos países mais ricos para, de alguma forma, colaborarem com o esforço de preservação da região amazônica, trazendo seus representantes para verificarem in loco as condições atuais. Neste ponto os visitantes certamente sairão apavorados com o que poderão constatar: um processo de devastação dos ambientes naturais que já reduziu os biomas da Amazônia em mais de 21%.

 

O Brasil parece continuar ignorando a relação entre causa e efeito, ou seja, aquilo que historicamente foi responsável por todo desenvolvimento da Ciência. Em nosso caso, a causa dos problemas ambientais da Amazônia é a ação do homem, apoiada, surpreendentemente, por políticas públicas que só tendem a agravar as consequências de ações individuais.

 

A primeira das políticas públicas que necessita imediata interrupção é a que favorece novos empreendimentos energéticos na área de petróleo na região e na chamada costa equatorial. Não há pretexto que justifique investimentos em produzir fontes poluentes quando o objetivo final é reduzir as emissões de gases de efeito estufa produzidas a partir desses projetos.

 

A segunda política pública é a redução de subsídios para a Zona Franca de Manaus, o que exigirá uma progressividade agressiva. Esses subsídios, como se sabe, criaram um núcleo de produção a custos gravosos em um local desprovido de condições competitivas naturais para as indústrias lá estabelecidas. Essa política, naturalmente, deve dar lugar a outras que mitiguem o efeito negativo sobre as populações carentes na referida eliminação de subsídios, que, na realidade, resulta em concentração de renda e a aumento de desigualdade social.

 

A terceira política pública a ser criada é a eliminação de planos mirabolantes de construir eixos de infraestrutura logística cruzando a Amazônia em todas as direções; estes eixos acabam servindo para facilitar a penetração de toda sorte de atividade ilegal, como o comércio de madeiras, garimpo ilegal e desmatamento. A Amazônia tem que ser vista tanto pelo Brasil como por seus vizinhos como um grande sistema natural em relação ao qual quanto mais se proteger a sua periferia evitando qualquer tipo de ação em seu interior, melhor. As atividades lá empreendidas devem ser muito bem planejadas do ponto de vista conservacionista.

 

A quarta política pública que deveria ser objeto de um debate sistematizado com base no riquíssimo acervo de experiências centenárias existentes é a formulação de uma estratégia completamente diferente de proteção e empoderamento das populações indígenas e dos habitantes locais. A experiência e o conhecimento de grandes estudiosos, como Beto Veríssimo, João Pacheco, João Moreira Salles e Sebastião Salgado, herdeiros da tradição de Rondon, Noel Nutels e dos irmãos Vilas Boas apontaria caminhos muito diferentes da atual burocracia dos órgãos ligados a esta causa. Sobram exemplos de experiências bem-sucedidas no Brasil e no exterior, mas faltam vontade política e senso de urgência para que os reais problemas dessa população sejam encarados.

 

Políticos e opinião pública têm se iludido e repetem um discurso que o Brasil tem uma matriz energética das mais limpas do mundo e um enorme potencial de se destacar no mundo de economias de baixo carbono. Nada disso foi construído com o apoio tanto de uns quanto de outros. Sendo mais resultados de políticas setoriais desenvolvidas na época que o país não possuía recursos para adquirir petróleo ou seus derivados.


Agora que as prioridades mudaram e a ação concertada de governo e iniciativa privada precisa ocorrer, ela está estagnada em virtude dos interesses econômicos nocivos para a região e para o mundo - ou das egoístas políticas paroquiais. É hora de acordarmos para o fato do que é a maior prioridade do mundo atual em vez de ficarmos assistindo às terríveis consequências iniciais das mudanças climáticas que o mundo sofre.


 

A criação de um hub de audiovisual, cultura e economia criativa pode impulsionar significativamente o desenvolvimento social e econômico de uma região.



Ao fornecer um ambiente propício para a produção e disseminação de conteúdo criativo, esse tipo de hub pode atrair investimentos, gerar empregos locais e promover a diversidade cultural.


Exemplos ao redor do mundo incluem o Silicon Valley nos Estados Unidos, conhecido por sua concentração de empresas de tecnologia e inovação, e o Distrito das Artes de Londres, que abriga uma variedade de galerias, estúdios e empresas criativas.



A Cedro Rosa Digital está impulsionando o segmento da música independente ao oferecer certificação de obras e gravações, facilitando a entrada de artistas no mercado mundial. Ao fornecer uma plataforma confiável para artistas independentes, a  Cedro Rosa Digital ajuda a promover a diversidade cultural e a democratizar o acesso à indústria da música.



Essas iniciativas não apenas beneficiam os artistas individualmente, mas também contribuem para o crescimento econômico e a vitalidade cultural de suas comunidades, tornando-se motores importantes para o desenvolvimento social e econômico de uma região.

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